Remoção Parcial de Dentina Cariada em Lesões Profundas: estudo de 19-30 meses de acompanhamento

Autores

  • Marisa Maltz UFRGS
  • Mauricio Moura Doutorando em Odontologia-Cariologia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Juliana Jobim Jardim UFRGS
  • Cyntia Marques UnB
  • Lilian Marly de Paula Universidade de Brasília
  • Heliana Dantas Mestrinho Universidade de Brasília

DOI:

https://doi.org/10.22456/2177-0018.16367

Palavras-chave:

Cárie dental, Dentina, Restauração dental, Amálgama de prata, Resina composta, Análises de sobrevivência

Resumo

O objetivo deste ensaio clínico controlado randomizado multicêntrico foi avaliar a efetividade da remoção parcial de dentina cariada seguida de restauração em única sessão (RPDC) em lesões de cárie profundas no Brasil (Porto Alegre e Brasília) após dois anos de acompanhamento. Critérios de inclusão: pacientes com ≥ seis anos de idade apresentando molares permanentes com lesões profundas primárias, ausência de alteração periapical, sensibilidade pulpar, ausência de dor espontânea e sensibilidade à percussão negativa. Os indivíduos foram randomicamente atribuídos ao grupo teste - RPDC, ou grupo controle - tratamento expectante (TE). O TE consistiu na remoção parcial de dentina cariada, capeamento pulpar indireto com cimento de hidróxido de cálcio, restauração provisória com cimento de óxido de zinco e eugenol, reabertura da cavidade após 60 dias, remoção da dentina cariada remanescente amolecida e restauração. Cada grupo foi dividido de acordo com o material restaurador: amálgama ou resina. Avaliações clínicas e radiográficas foram realizadas anualmente. Os desfechos considerados foram sensibilidade pulpar ao teste frio e ausência de alteração periapical. Foram executados 299 tratamentos, 153 RPDC e 146 TE. Não houve diferença entre os grupos em relação às características basais. Após dois anos de acompanhamento, foram avaliadas 181 restaurações e a taxa de sobrevivência dos tratamentos RPDC e TE foram 95,45% e 80,85%, respectivamente (p=0,001). Razões dos insucessos: pulpites, osteíte, hiperemia, necroses, extração e fratura da restauração. Nenhuma variável foi significativamente associada ao desfecho. A partir destes resultados, é possível concluir que a RPDC é um tratamento mais efetivo que o TE. (Número de registro no www.clinicaltrials.gov NCT00887952)

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Biografia do Autor

Marisa Maltz, UFRGS

Professora Titular do Departamento de Odontologia Preventiva e Social da Faculdade de Odontologia da UFRGS. Doutora em Odontologia pela Universidade de Gotemburgo (Suécia).

Juliana Jobim Jardim, UFRGS

Professora Adjunto do Departamento de Odontologia Preventiva e Social da Faculdade de Odontologia UFRGS. Doutora em Clínica Odontológica - Cariologia/Dentística pela UFRGS.

Cyntia Marques, UnB

Aluna do Curso de Mestrado da Faculdade de Ciências da Sáude da UnB.

Lilian Marly de Paula, Universidade de Brasília

Professora adjunto do Departamento de Odontologia da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade de Brasília. Doutora em Ciências da Saúde pela UnB.

Heliana Dantas Mestrinho, Universidade de Brasília

Professora adjunto do Departamento de Odontologia da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade de Brasília. Doutora em Ciências da Saúde pela UnB.

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Publicado

2010-05-17

Como Citar

Maltz, M., Moura, M., Jardim, J. J., Marques, C., de Paula, L. M., & Mestrinho, H. D. (2010). Remoção Parcial de Dentina Cariada em Lesões Profundas: estudo de 19-30 meses de acompanhamento. Revista Da Faculdade De Odontologia De Porto Alegre, 51(1), 20–23. https://doi.org/10.22456/2177-0018.16367

Edição

Seção

Artigos originais