Binh Danh e seus Altares Ancestrais: exumando presenças aniquiladas pelo Khmer Vermelho

Autores

  • Fercho Marquéz-Elul Mestre em Artes Visuais - PPGAV-UFRGS

Resumo

Este artigo tem o objeto de lançar questões a partir da instalação Ancestral Altars – conjunto de fotogra as reveladas sobre folhas de plantas, produzidas a partir do processo de fotossíntese – do artista estadunidense-vietnamita Binh Danh acerca do genocídio de cambojanos e vietnamitas durante o governo repressivo do partido comunista Khmer Vermelho, liderado por Pol Pot, no Camboja de 1975 a 1979. A partir de sua instalação, ensaiam-se questionamentos acerca dos componentes da memória e seus limites conceituais, físicos e temporais presentes. Como demanda para que se atente à essas imagens prementes que nos são legadas, inquirir-se-á acerca da presença dos assassinados pelo regime a partir de sua ausência, da convocação visual a partir do que desaparece, quando paulatinamente as fotogra as vão se apagando, da voz em protesto daquele que se cala para forçadamente posar para fotogra as sistematicamente tomadas como parte do método de assassínio em massa.

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Biografia do Autor

Fercho Marquéz-Elul, Mestre em Artes Visuais - PPGAV-UFRGS

Doutorando em Poéticas Visuais (PPGAV-UFRGS/ Bolsista CNPq), mestre em Poéticas Visuais (PPGAV-UFRGS/ Bolsista CAPES). Participa do projeto de pesquisa As extensões da memória: a experiência artística e outros espaços, coordenada pela Prof.a Dr.a Maria Ivone dos Santos. Empreende investigação através de objetos tridimensionais sobre criação e instauração de processos artísticos em sua poética. Licenciado em Artes Visuais (DAV-UEL), investiga também questões como espacialidade, morte, palavra, memória, silêncio e a intersecção entre palavra e objeto.

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Publicado

2021-08-18

Edição

Seção

Dossiê