Duplo negativo
Resumo
O presente trabalho aborda uma série de monotipias a partir de ossos e dentes realizadas por mim. Os fragmentos de corpo utilizados como matriz indicam o rastro de uma presença que se torna ausente e se assume enquanto perda; a imagem duplicada carrega o original ausente como fantasma. Cada impressão é diferente, e, ao imprimir repetidamente a mesma matriz, o múltiplo que resulta deste procedimento é um negativo do original. A impressão é pensada como a inscrição de um original perdido que retorna na imagem, e a sua repetição responde à lógica do trauma como tentativa de elaboração da perda. O múltiplo – que é a nal a cada vez produzido como um duplo, uma resposta individual à perda original – se apresenta como sintoma dessa perda.
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