Sara Duque e suas três fotos de Álvaro: sobre as ressignificações políticas, simbólicas e afetivas das fotografias dos desaparecidos

Autores

  • Rodrigo Montero Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Resumo

Este artigo apresenta e analisa os deslocamentos de uso e sentido das fotos de desaparecidos pelas ditaduras sul-americanas. Não poucas produções de arte utilizam essas imagens. Porém, foram os familiares das vítimas que primeiramente tiraram essas fotos de documentos e de álbuns familiares, deslocando-as das suas funções originais e dando-lhes novos usos. Re-contextualizadas, as fotos de desaparecidos ganharam sentidos políticos, afetivos, memorialísticos e até tumulares. A fotogra a Sara Duque con el diario de su hijo Álvaro [...] revela esses deslocamentos que, em de nitivo, respondem à necessidade de lidar com a especi cidade da ausência do desaparecimento tanto no nível social quanto no íntimo e particular.

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Biografia do Autor

Rodrigo Montero, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Doutor em História, Teoria e Crítica da Arte pelo PPGAV/UFRGS. Pesquisa o papel da arte como gesto de imagem, de memória e de testemunho diante das violências do desaparecimento, dos crimes de massa e dos genocídios a partir do século XX.

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Publicado

2021-08-18

Edição

Seção

Dossiê