AUTOPERCEPÇÃO DE SAÚDE DE IDOSAS PRATICANTES DE ATIVIDADES FÍSICAS E FATORES ASSOCIADOS
DOI:
https://doi.org/10.22456/2316-2171.64619Palavras-chave:
Envelhecimento, Atividade física, Saúde da Mulher, AutopercepçãoResumo
O objetivo do estudo foi verificar a autopercepção de saúde de idosas praticantes de atividade física e fatores associados. Foi realizado um estudo transversal, recorte do estudo longitudinal do Centro de Referência e Atenção ao Idoso, no período de 2014 e 2015. Aplicou-se um questionário estruturado com questões sociodemográficas, comportamentais e clínicas. Participaram idosas que realizavam uma ou mais oficinas de exercícios físicos, como alongamento, ioga, pilates no solo, treinamento funcional e dança, no mínimo duas vezes por semana, há pelo menos um mês. Realizou-se análise descritiva e inferencial. Participaram do estudo 293 idosas, com idade média de 69 anos (± 6,9). A autopercepção de saúde foi relatada como positiva por 75,4% das idosas, e com relação a autopercepção de saúde negativa, não houve referência a saúde muito ruim e menos de 1% para saúde ruim. Na comparação de sua saúde no dia da entrevista com a de um ano atrás, 29,5% consideraram melhor e 56,8% igual, comparando com pessoas da mesma idade 62,5% referem estar melhor e 33,8% igual. Quanto a doenças crônicas, a maior frequência foi de hipertensão (58,6%), seguida por arritmia cardíaca (17,1%) e diabetes (11%). Houve associação entre autopercepção de saúde negativa e escolaridade, diabetes, arritmia cardíaca e uso de medicação. Conclui-se que a autopercepção de saúde pode ser influenciada pela escolaridade, condições clínicas, adesão e continuidade da prática de exercícios físicos em grupo.
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