AUTOPERCEPÇÃO DE SAÚDE DE IDOSAS PRATICANTES DE ATIVIDADES FÍSICAS E FATORES ASSOCIADOS

Autores

  • Emanuelly Casal Bortoluzzi Educadora Física pela Universidade Federal de Santa Maria. Mestranda em Envelhecimento Humano na Universidade de Passo Fundo, bolsista PROSUP/CAPES
  • Julia Pancotte
  • Marlene Doring Universidade de Passo Fundo
  • Daniela Bertol Graeff Universidade de Passo Fundo
  • Ana Sant'Anna Alves Universidade de Passo Fundo
  • Marilene Rodrigues Portella Universidade de Passo Fundo
  • Helenice de Moura Scortegagna Universidade de Passo Fundo
  • Bernadete Maria Dalmolin Universidade de Passo Fundo

DOI:

https://doi.org/10.22456/2316-2171.64619

Palavras-chave:

Envelhecimento, Atividade física, Saúde da Mulher, Autopercepção

Resumo

O objetivo do estudo foi verificar a autopercepção de saúde de idosas praticantes de atividade física e fatores associados. Foi realizado um estudo transversal, recorte do estudo longitudinal do Centro de Referência e Atenção ao Idoso, no período de 2014 e 2015. Aplicou-se um questionário estruturado com questões sociodemográficas, comportamentais e clínicas. Participaram idosas que realizavam uma ou mais oficinas de exercícios físicos, como alongamento, ioga, pilates no solo, treinamento funcional e dança, no mínimo duas vezes por semana, há pelo menos um mês. Realizou-se análise descritiva e inferencial. Participaram do estudo 293 idosas, com idade média de 69 anos (± 6,9). A autopercepção de saúde foi relatada como positiva por 75,4% das idosas, e com relação a autopercepção de saúde negativa, não houve referência a saúde muito ruim e menos de 1% para saúde ruim. Na comparação de sua saúde no dia da entrevista com a de um ano atrás, 29,5% consideraram melhor e 56,8% igual, comparando com pessoas da mesma idade 62,5% referem estar melhor e 33,8% igual. Quanto a doenças crônicas, a maior frequência foi de hipertensão (58,6%), seguida por arritmia cardíaca (17,1%) e diabetes (11%). Houve associação entre autopercepção de saúde negativa e escolaridade, diabetes, arritmia cardíaca e uso de medicação. Conclui-se que a autopercepção de saúde pode ser influenciada pela escolaridade, condições clínicas, adesão e continuidade da prática de exercícios físicos em grupo.

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Biografia do Autor

Emanuelly Casal Bortoluzzi, Educadora Física pela Universidade Federal de Santa Maria. Mestranda em Envelhecimento Humano na Universidade de Passo Fundo, bolsista PROSUP/CAPES

Bacharel em Educação Física pela Universidade Federal de Santa Maria, Mestranda em Envelhecimento Humana na Universidadde de Passo Fundo e bolsista CAPES

Julia Pancotte

Fisioterapeuta, mestre em Envelhecimento Humano pela Universidade de Passo Fundo

Marlene Doring, Universidade de Passo Fundo

Enfermeira. Docente do Programa de mestrado em Envelhecimento Humano na Universidade de Passo Fundo. Doutora em Saúde Pública pela USP.

Daniela Bertol Graeff, Universidade de Passo Fundo

Docente no curso de Medicina da Universidade de Passo Fundo

Ana Sant'Anna Alves, Universidade de Passo Fundo

Nutricionista. Docente no curso de Nutrição na Universidade de Passo Fundo

Marilene Rodrigues Portella, Universidade de Passo Fundo

Enfermeira. Docente e coordenadora do Programa de mestrado em Envelhecimento Humano na Universidade de Passo Fundo

Helenice de Moura Scortegagna, Universidade de Passo Fundo

Enfermeira. Docente do Programa de mestrado em Envelhecimento Humano na Universidade de Passo Fundo

Bernadete Maria Dalmolin, Universidade de Passo Fundo

Doutora em Saúde Pública pela USP. Vice-Reitora de Extensão e Assuntos Comunitários da Universidade de Passo Fundo.

 

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Publicado

2018-12-30

Como Citar

Casal Bortoluzzi, E., Pancotte, J., Doring, M., Bertol Graeff, D., Sant’Anna Alves, A., Rodrigues Portella, M., de Moura Scortegagna, H., & Dalmolin, B. M. (2018). AUTOPERCEPÇÃO DE SAÚDE DE IDOSAS PRATICANTES DE ATIVIDADES FÍSICAS E FATORES ASSOCIADOS. Estudos Interdisciplinares Sobre O Envelhecimento, 23(2). https://doi.org/10.22456/2316-2171.64619

Edição

Seção

Artigos originais