Prevalência de distúrbios osteomusculares em trabalhadores durante a pandemia de COVID-19 no Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22456/1983-8026.124265

Palavras-chave:

Teletrabalho; DORT; Ergonomia; COVID-19.

Resumo

Os distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (DORT) representam um importante problema de saúde pública em todo o mundo. Dada a situação especial ocasionada pela pandemia do novo coronavírus, surgiu a necessidade de conhecer quais as repercussões do modelo de trabalho adotado na saúde dos trabalhadores. Nesta perspectiva, este estudo teve como objetivo estimar a prevalência de DORT em trabalhadores durante a pandemia de COVID-19 no Brasil. Para tanto, um estudo exploratório-descritivo foi conduzido com 4.891 trabalhadores. As informações foram coletadas via internet, por meio de formulário estruturado. A sintomatologia dolorosa autorreferida pelos trabalhadores foi avaliada pelo Nordic Musculoskeletal Questionnaire (NMQ) e Visual Numeric Scale (VNS). Os resultados indicaram uma prevalência de DORT em 64% dos participantes, sendo a coluna lombar (79,5%), punhos/mãos (68,6%), pescoço (64,8%) e coluna dorsal (57,8%) as regiões anatômicas mais afetadas durante o teletrabalho. A intensidade da dor variou entre leve e forte, sobretudo entre as mulheres (p < 0,05). A sintomatologia dolorosa reportada neste estudo revelou-se com potencial de cronificação, o que pode resultar na incapacidade funcional permanente do trabalhador. Nesse sentido, as medidas de controle determinadas pelas autoridades competentes devem ser viabilizadas pelos empregadores para promover a saúde desses profissionais enquanto durar o trabalho remoto.

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Biografia do Autor

José Wendel dos Santos, Universidade Federal de Sergipe

Mestrando em Ciência da Propriedade Intelectual na Universidade Federal de Sergipe (UFS). Graduado em Engenharia de Produção pela UFS. Técnico em Segurança do Trabalho pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Sergipe (IFS). Atualmente é bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Atuou em projetos de pesquisa vinculados ao Programa Institucional de Iniciação Científica (PIBIC) e de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI) da UFS. Foi bolsista do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Fundação de Apoio à Pesquisa e à Inovação Tecnológica do Estado de Sergipe (FAPITEC/SE). Integrou o Grupo de Pesquisa em Engenharia de Produção (GPEP/UFS). Tem interesse em pesquisas na área de Engenharia do Trabalho, com ênfase em Ergonomia, Saúde e Segurança do Trabalho.

Henrique Martim de Moura, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Engenheiro de Produção pela Universidade Federal de Pelotas. Atualmente é aluno de mestrado no Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção e Transportes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Investigou as práticas de Gestão de SST e Ergonomia em indústrias de alimentos, com atuação prática em indústrias do setor. Tem interesse em áreas que envolvam gestão por processos, Ergonomia,Gestão de Projetos, metodologias de custeio e aplicação dos níveis de maturidade para mensuração do desempenho das organizações nos mais diversos segmentos Pesquisa temas relacionados a Macroergonomia e seus desdobramentos em aspectos organizacionais.

João Gabriel Santos Martins, Universidade Federal da Paraíba

Possui graduação em Engenharia de Petróleo pela Universidade Federal de Campina Grande (2019). Especialização em Engenharia de Segurança no Trabalho (2020). Técnico em Segurança do Trabalho (2021). Mestrando em Engenharia de Produção e Sistemas - PPGEPS/UFPB. Tem experiência e interesse na área de Engenharia de Produção, com ênfase em Higiene e Segurança do Trabalho.

Pedro Vieira Souza Santos, Universidade Federal de Pernambuco

Mestre em Engenharia de Produção (UFPE), membro do Grupo de Pesquisa em Sistemas de Informação e Decisão - GPSID. Graduado em Engenharia de Produção (UNIVASF), com experiência na área de Logística de Distribuição, Gestão da Produção, Gestão Ambiental, Administração estratégica e Relações Internacionais, com produção científica nas diversas áreas da Engenharia de Produção. Graduação adjunta em DUT Mesures Physiques no Institut Universitaire de Technologie de Blois - IUT / Université François-Rabelais (France - 2014). Técnico em Eletromecânica pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI/PE - 2010) com ênfase em usinagem e gestão da manutenção industrial. Atuante como Revisor de periódicos Nacionais e Internacionais nas áreas de Engenharias e correlatas. Tem interesse nos temas: Lean Manufacturing, Otimização de Processos Produtivos, Gestão ambiental, Logística e Educação em Engenharia de Produção. Atua como Supervisor de Produção e Professor Conteudista.

Luciano Fernandes Monteiro, Universidade Federal de Sergipe

Possui graduação em Administração de Empresas pela Universidade Estadual da Paraíba (1989), especialização em Gestão Empresarial na área de Recursos Humanos pela Universidade Estadual da Paraíba (1997), especialização em Engenharia de Produção pela Universidade Federal da Paraíba (2002), mestrado em Engenharia de Produção pela Universidade Federal da Paraíba (2005), doutorado em Engenharia de Processos pela Universidade Federal de Campina Grande (2012). Foi coordenador do curso de Engenharia de Produção e Chefe do Departamento de Engenharia de Produção (período: 07/09/2016 a 05/09/2020) na Universidade Federal de Sergipe. Atualmente é Professor Associado da Universidade Federal de Sergipe, do curso de Engenharia de Produção e está fazendo pós-doutorado na Universidade Federal da Paraíba.

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Publicado

2022-09-14