Notas sobre a abstração informal na historiografia da arte no Brasil.

Autores

  • Mayã Fernandes Universidade de Brasília - UnB, Brasília, DF, Brasil;
  • Vera Pugliese Universidade de Brasília - UnB, Brasília, DF, Brasil;

DOI:

https://doi.org/10.22456/2179-8001.98690

Palavras-chave:

Abstracionismo informal. Arte Contemporânea no Brasil. Historiografia da arte brasileira.

Resumo

Este artigo tem como objetivo analisar elementos da inscrição do abstracionismo informal na tensão entre o moderno e o contemporâneo na historiografia da arte no Brasil. Embora parte dessa fortuna crítica identifique na abstração uma persistência por parte de alguns artistas em utilizar do paradigma moderno para responder a questões contemporâneas, outros artistas parecem aludir ao abstracionismo informal, experimentando-se e incorporando processos abstratos em outras linguagens e poéticas. Deste modo, propomos contribuir para a necessária revisão do processo de historicização do abstracionismo no Brasil a partir da reflexão sobre alguns aspectos da exposição “Oito décadas da abstração informal”, realizada em 2018 no MASP, a fim de problematizar noções sobre o abstrato na contemporaneidade.

 

Abstract
This article aims to analyze the elements of the informal abstraction inscription in the tension between the modern and the contemporary in Brazilian art historiography. Although part of the critical fortune identifies the persistence of using a modern paradigm in abstraction in order to answer to contemporary questions, other artists such as Leda Catunda, Luiz Aquila and Tatiana Blass allude to informal abstractionism, experimenting with it and incorporating abstract processes in other languages and poetics. Therefore, we propose a contribution to the revision of the historicization process of abstractionism in Brazil investigating aspects of the exhibition “Eight decades of informal abstraction”, held in 2018 at MASP, in order to call into question the main notions about the abstract in a contemporary approach.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Mayã Fernandes, Universidade de Brasília - UnB, Brasília, DF, Brasil;

Doutoranda em Artes Visuais pela Universidade de Brasília, na linha de pesquisa Teoria e História da Arte (2019) com bolsa CAPES. Mestra em Metafísica, na linha de pesquisa Estética Antiga: Narrativa, Visualidade e Verdade, pela mesma Universidade (2018), com estágio de pesquisa na UBA (Buenos Aires/ARG). Graduada em Filosofia pela Universidade de Brasília (2016). Atualmente investiga a teoria metafísica e abstracionista em Plotino e Kandinsky.

Vera Pugliese, Universidade de Brasília - UnB, Brasília, DF, Brasil;

Professora e pesquisadora em Teoria e Historiografia da Arte do Departamento de Artes Visuais, Instituto de Artes, Universidade de Brasília, atuando também no Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais. Doutora e Mestre em Arte/Teoria e História da Arte (UnB), atualmente coordena Projeto de Fomento do CNPq e faz Pós-Doutorado na École des Hautes Études en Sciences Sociales, Paris (bolsista FAP-DF). 

Referências

BLASS, Tatiana. Tatiana Blass. Rio de Janeiro: Automatica, 2016.

BOIS, Yve-Alain; HOLLIER, Denis; KRAUSS, Rosalind; DAMISCH, Hubert. A Conversation with Hubert Damisch. The MIT Press, Vol. 85 (Summer, 1998), pp. 3-17. Disponível em: http://www.jstor.org/stable/779179

CAVALCANTI, Lauro. Abstratos informais. In: Oito décadas de abstração informal: 1940 -2010. Ministério da Cultura, Instituto Casa Roberto Marinho e Museu de Arte Moderna de São Paulo, 2018.

CHAIMOVICH, Felipe. Abstração informal após a vanguarda dos anos 1960. In: Oito décadas de abstração informal: 1940 -2010. Ministério da Cultura, Instituto Casa Roberto Marinho e Museu de Arte Moderna de São Paulo, 2018.

CHIARELLI, T. De Anita à academia: para repensar a história da arte no Brasil. In: Novos Estudos - CEBRAP, n.88, p.113-132, 2010 Disponível em: http://www.producao.usp.br/bitstream/handle/BDPI/2755/art_CHIARELLI_De_Anita_a_academia_para_repensar_a_2010.pdf?sequence=1&isAllowed=y. Acesso: 23/08/2016.

COCCHIARALLE, Fernando; GEIGER, Anna Bella. Abstracionismo Geométrico e informal: A vanguarda brasileira nos anos 50. Rio de Janeiro: Funarte/Instituto Nacional de Artes Plásticas, 1987.

COUTO, Maria de Fátima Morethy. Mário Pedrosa, Ferreira Gullar e a abstração informal no Brasil. Novos estudos, nº58, 2000, p. 203-2013.

DAMISCH, Hubert. Remarks on Abstraction. October, 127, Massachusetts Institute of Technology, Winter 2009, pp. 133-154.

Di CAVALCANTI, Emiliano. Realismo e abstracionismo. In: Boletim Satma : Sul América Terrestres Marítimos e Acidentes (Rio de Janeiro, Brasil). No. 23 (1949), 46-51.

ESCOUBAS, Eliane. Investigações fenomenológicas sobre a pintura.

KRITERION, Belo Horizonte, nº 112, Dez/2005, p. 163-173

GULLAR, Ferreira. Teoria do Não Objeto. In: Apologia crítica: suplemento dominical do Jornal do Brasil. Rio de Janeiro: Contra capa, 2015, p. 162.

KANT, Immanuel. Crítica da Faculdade do Juízo. S. C. da Misericórdia do Porto _c_p_a_c - Edições Braille, Porto, 1997.

KUNDERA, Milan. A vida está em outro lugar. São Paulo: Companhia das letras, 2012.

LOPES, A. In: Identidade ou identidades artísticas brasileiras? In: Anais do XXII Colóquio do Comitê Brasileiro de História da Arte, 2002. Disponível em: http://www.cbha.art.br/coloquios/2002/textos/texto08.pdf. Acesso: 20/02/2014.

LYOTARD, Jean-François. O pós-moderno explicado às crianças. 2a ed. Lisboa: Dom Quixote, 1993, p. 21-24.

MONTEIRO, Fabiana Della Coletta. Geração 80: sentidos atribuídos e produção de contexto para a arte contemporânea em São Paulo. Revista-Valise, Porto Alegre, v. 7, n. 13, 2017.

Disponível em: https://seer.ufrgs.br/RevistaValise/article/viewFile/66671/43760

MORAIS, Frederico. In:Dan Galeria expõe as pinturas de Luiz Aquila. Org. : Gláucia S. Cohn. Dan Galeria, Rio de Janeiro RJ, 1993, p. 24.

MUSEU NACIONAL DE BELAS ARTES, Rio de Janeiro. Arte em Diálogo: Criação, Produção, Processo… Luiz Aquila. Rio de Janeiro: 2008. v. 7, 28p.

NOVAES, Adauto (org). O Olhar. São Paulo: Companhia das letras, 1988.

NUNES, Fabricio Vaz. Waldemar Cordeiro: da arte concreta ao “popconcreto” Dissertação de mestrado. Universidade de Campinas, SP : [s.n.], 2004.

OLIVEIRA, E. D. G.; FERREIRA, A. W. A construção de um acervo: princípios e estratégias de classificação. Patrimônio e Memória (UNESP), v. 9, 2013, p. 96-112.

OSORIO, Luiz Camillo. Ensaio escrito para exposição Galeria Millan, São Paulo, 2005. Disponível em: http://www.galeriamillan.com.br/artistas/tatiana-blass/textos/luiz-camillo-osorio Acesso em: 28/1/2019

PEDROSA, Mário. "Prefácio" do catálogo da segunda exposição do grupo Frente, Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, julho de 1955. In: Cocchiarale, Fernando e Geiger, Anna Bella. Abstracionismo geométrico e informal. A vanguarda brasileira nos anos cinquenta. Rio de Janeiro: Farte, 1987, p. 232.

REIS, Paulo. Arte de vanguarda no Brasil: os anos 60. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2006.

VALLIER, Dora. A arte abstrata. São Paulo: Martins Fontes, 1980.

Arquivos adicionais

Publicado

2020-12-22

Como Citar

Fernandes, M., & Pugliese, V. (2020). Notas sobre a abstração informal na historiografia da arte no Brasil. PORTO ARTE: Revista De Artes Visuais (Qualis A2), 25(44). https://doi.org/10.22456/2179-8001.98690