How to activate a place

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22456/2179-8001.98260

Palavras-chave:

Contemporary art. Quintino. Jailton Moreira. Place. Memory.

Resumo

Abstract

Through critical analysis of the work of Quintino (2002), by Jailton Moreira (São Leopoldo, 1960), this article studies aspects of the relationship between art and memory. It discusses, initially, the efficacy of the artistic creation in bereavement works (art as coping mechanism of a loss), and, afterwards, it observes how the piece of art aims to juxtapose the notions of time and space, place and memory. In essence, it debates the game played between the dear oblivion inherent to urban life – what the city dynamics eliminates, buries, and denies – and what family remembrance refuses to set aside.

Resumo

A partir do exame crítico de Quintino (2002), de Jailton Moreira (São Leopoldo, 1960), o presente trabalho investiga aspectos das relações entre arte e memória. Discute inicialmente a eficácia da criação artística no trabalho de luto (a arte como elaboração de uma perda) e, na sequência, observa como a referida peça logra justapor as noções de espaço e tempo, lugar e memória. No cerne, debate-se o jogo armado entre os esquecimentos caros à vida urbana – o que a dinâmica da cidade elimina, soterra e renega – e o que a rememoração familiar se recusa a deixar de lado.

 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Eduardo Veras, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Brasil

Professor do Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais (PPGAV) e do Bacharelado em História da Arte (IA-UFRGS). Doutor (2012) e Mestre (2006) pelo PPGAV/UFRGS, com ênfase em História, Teoria e Crítica de Arte. É membro do Comitê Brasileiro de História da Arte (CBHA) e da Associação Brasileira de Críticos de Arte (ABCA). Integra o Conselho Deliberativo da Fundação Vera Chaves Barcellos (FVCB) e o Comitê de Curadoria do Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli (Margs).

Referências

BASBAUM, Ricardo. Além da pureza visual. Porto Alegre: Zouk, 2017.

BORGES, Jorge Luis. Ficções. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.

BORGES, Jorge Luis. História universal da infâmia. São Paulo: Globo, 1989.

BUTOR, Michel. Les mots dans la peinture. Genebra: Éditions d’Art Albert Skira, 1969.

DANTO, Arthur. Após o fim da arte – A arte contemporânea e os limites da História. São Paulo: Odysseus Editora, 2006.

DAMISCH, Hubert; LEAL, Joana Cunha. Entrevista com Hubert Damisch conduzida por Joana Cunha Leal. In: Revista do Instituto de História da Arte, n. 3, 2007, p. 7-18. Universidade Nova de Lisboa, Lisboa.

FREUD, Sigmund. Luto e melancolia. In: Novos estudos. CEBRAP. São Paulo, n. 32, mar. 1992.

HALBWACHS, Maurice. A memória coletiva. São Paulo: Centauro, 2006.

HARLEY, Brian. Mapas, saber e poder. In: Confins – Revista Franco-Brasileira de Geografia, n. 5, 2009.

HUYSSEN, Andreas. Culturas do passado-presente – Modernismos, artes visuais, políticas da memória. Rio de Janeiro: Contraponto / Museu de Arte do Rio, 2014.

MACHADO DE ASSIS, Joaquim Maria. Dom Casmurro. Rio de Janeiro: Ediouro, s/d.

MASSEY, Doreen. Pelo espaço: uma nova política da espacialidade. Rio de Janeiro: Betrand Brasil, 2015.

NORA, Pierre. Entre memória e história: a problemática dos lugares. In: Revista Projeto História. São Paulo, v. 10, 1993, p. 7-28.

NUNES, Mônica Balestrin. Cartografia e paisagem: o mapa como objeto de estudo. In: Revista do Instituto de Estudos Brasileiros. IEB. Brasília, n. 65, dez. 2016, p. 96-119.

PANOFSKY, Erwin. O significado nas artes visuais. São Paulo: Perspectiva, 1991.

POLLAK, Michael. Memória, esquecimento, silêncio. In: Revista Estudos Históricos. Rio de Janeiro, v. 2, n. 3, 1989.

POLLAK, Michael. Memória e identidade social. In: Revista Estudos Históricos. Rio de Janeiro, v. 5, n. 10, 1992.

ROTH, Phillip. Indignação. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.

SARLO, Beatriz. Tempo passado: cultura da memória e guinada subjetiva. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.

SEEMANN, Jörn. Cartografia e cultura: abordagens para a geografia cultural. In: ROSENDAHL, Zeny; CORREA, Roberto Lobato (orgs.). Temas e caminhos da geografia cultural. Rio de Janeiro: Editora da UERJ, v. 1, 2010, p. 115-156.

SENETT, Richard. O declínio do homem público. São Paulo: Companhia das Letras, 1988.

TIBERGHIEN, Gilles. Imaginário cartográfico na arte contemporânea: sonhar o mapa nos dias de hoje. In: Revista do Instituto de Estudos Brasileiros. IEB, Brasília, n. 57, dez. 2013, p. 233-252.

VALÉRY, Paul. Variedades. São Paulo: Iluminuras, 1999.

VERAS, Eduardo. Entre ver e enunciar – O uso da entrevista em estudos sobre o processo de criação artística. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós Graduação em Artes Visuais, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2006.

VERAS, Eduardo. Entrevistas com artistas: canteiro virgem de conteúdo fértil. In: Porto Arte. Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Editora da UFRGS, Porto Alegre, v. 22, n. 37, 2017, p. 1-17.

Arquivos adicionais

Publicado

2019-11-25

Como Citar

Veras, E. (2019). How to activate a place. PORTO ARTE: Revista De Artes Visuais (Qualis A2), 24(42). https://doi.org/10.22456/2179-8001.98260