Receptáculos da fé: gêneses, tipologia, usos e estística dos oratórios baianos.

Autores

  • Claudio Rafael Almeida de Souza Universidade Federal da Bahia

DOI:

https://doi.org/10.22456/2179-8001.114247

Palavras-chave:

Oratório, Forma, Origens, Tipologia, Estilos Artísticos

Resumo

O presente estudo partiu do interesse de estudar as origens, tipologia, usos e estilística dos oratórios brasileiros que remontam dos séculos XVII, XVIII, XIX e XX, encontrados em residências, capelas, abrigos, museus e antiquários, principalmente dos museus baianos de Salvador e do Museu do Oratório – Ouro Preto/Minas Gerais. Considerando o objeto em estudo enquanto objeto devocional e obra de arte, a partir da análise de dados em livros, catálogos, sítios de internet tal como entrevistas, observação in lócus e análise de registro fotográfico dos artefatos, foi promovido um estudo da utilização, da composição plástica, das origens e influência estilística através dos ornatos da ornamentação dos mesmos. Desse modo, preocupou-se aqui também correlacionar sua estima enquanto cultura material e de memória visual que emerge dos lugares onde se localizam. O resultado permite ter conhecimento e explicitação da associação entre o formato, a composição plástica e tendências estilísticas dos objetos em questão. Estabelecendo assim, um processo de construção do conhecimento e consequentemente ampliando a informação sobre os exemplares brasileiros subsistentes.

Abstract

This study came from the interest of studying the origins, typology, uses and stylistics of Brazilian oratories dating back to the seventeenth, eighteenth, nineteenth and twentieth centuries, found in residences, chapels, shelters, museums and antique shops, especially the Oratory Museum - Ouro Preto/Minas Gerais. Considering the object under study as a devotional object and work of art, based on data analysis in books, catalogs, websites such as interviews, in locus observation and photographic record analysis of the artifacts, a study on the use, plastic composition, origins and stylistic influence through their ornamentation ornaments. Thus, it was also concerned here to correlate their esteem as material culture and visual memory that emerges from the places where they are located. The result allows to have knowledge and explanation of the association between the format, the plastic composition and stylistic trends of the objects in question. Establishing a process of knowledge construction and consequently expanding the information on Brazilian specimens.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Claudio Rafael Almeida de Souza, Universidade Federal da Bahia

Museólogo formado pela Universidade Federal da Bahia (2013).  Possui experiência nas seguintes áreas: Conservação Preventiva, Documentação Museológica, Ação Cultural e Educativa, bem como na Montagem de Exposições. Sua produção acadêmica versa sobre Patrimônio, Museu, Cultura Visual, Material e Imaterial, Identidade Cultural, Artes Visuais, Festa Popular e Preservação. Desenvolve pesquisa sobre Oratórios Domésticos Baianos dos Séculos XVIII, XIX e XX, Memória, Cultura Visual e Religiosidade Baiana.

Referências

BLUTEAU, Pe. Raphael. Vocabulário Portuguez e Latino. Volume 06: Letras O-P. No collegio das artes da companhia de JESU Lisboa: Officina de Pascoal da Sylva, Impressor de Sua Magestade Anno de 1712. 1720 Pág. 99 ORA

BUENO, Francisco da Silveira. Grande Dicionário etimológico prosódico da língua portuguesa: vocábulos, expressões da língua geral e científica. Contribuições do tupi-guarani. São Paulo: Lisa, 1988. v. 6

CANTI, Tilde. O móvel no Brasil; origens, evolução e características. Rio de Janeiro: Editora Lisboa.

FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa. 2° Edição. Revista e Aumentada. 41° Impressão. 1986.

FLEXOR, Maria Helena Ochi. Mobiliário Baiano. Brasília: IPHAN / Monumenta. 2009.

FLEXOR, Maria Helena Ochi. Igrejas e conventos da Bahia. Brasília: IPHAN / Monumenta, 2010.

FREIRE, Luiz Alberto Ribeiro. A talha neoclássica na Bahia. Rio de Janeiro. Versal. 2006.

GUTIERREZ, Angela. Museu do Oratório. 3. Ed. Belo Horizonte: Conceito, 2013. (Coleção Angela Gutierrez)

JONES, Owen. A Gramática do Ornamento. 1° ed. Editora:Senac:São Paulo, 2010.

LUCCOCK, John. Notas Sobre o Rio de Janeiro e Partes Meridionais do Brasil (1808-1818). São Paulo, Belo Horizonte, EDUSP/ Itatiaia Editora, 1975. p. 295

MOUTINHO, Stella; PRADO, Rubia Bueno; LONDRES, Ruth. Dicionário de artes decorativas e decoração de interiores. 9. ed. Rio de Janeiro: Lexikon, 2011.

RUSSO, Silveli Maria de Toledo. Espaço doméstico, devoção e arte: a construção histórica do acervo de oratórios brasileiro, séculos XVIII e XIX. 2010. 528f. Tese (Doutorado em Arquitetura e Urbanismo) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, São Paulo: 2010a. 2v

SÁ, Marcos Moraes. Ornamento e Modernismo. Editora: Rocco, 2005.

SANTOS, V. da S. Santo de Casa Faz Milagre: Desenho e Representação Dos Oratórios Populares Domésticos em Feira De Santana. Dissertação (Mestrado em Desenho, Cultura e Interatividade). – Setor de Artes, Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana, 2014.

SPELTZ, Alexandre. Estilos de Ornamentos. Tradução: Ruth Judice. Editora: Ediouro. 1994.

Arquivos adicionais

Publicado

2021-12-22

Como Citar

de Souza, C. R. A. (2021). Receptáculos da fé: gêneses, tipologia, usos e estística dos oratórios baianos. PORTO ARTE: Revista De Artes Visuais (Qualis A2), 26(46). https://doi.org/10.22456/2179-8001.114247

Edição

Seção

Artigo e Ensaio | Article and Essay