Microfácies de carbonatos pensilvanianos da Formação Itaituba (Grupo Tapajós) no norte da Bacia do Amazonas, Urucará (AM)

Autores

  • Elane Sampaio de SOUSA UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS - UFAM
  • Roberto Cesar de Mendonça BARBOSA UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS - UFAM
  • Isaac Daniel RUDNITZKI UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO - UFOP

DOI:

https://doi.org/10.22456/1807-9806.92531

Palavras-chave:

Petrografia, Zonas faciológicas, Plataforma carbonática.

Resumo

A aplicação de técnicas microfaciológicas em exposições de carbonatos da Formação Itaituba (Grupo Tapajós), situados na borda norte da Bacia do Amazonas, permitiu contribuir na reconstituição paleogeográfica do Pensilvaniano da bacia, uma vez que as principais interpretações da unidade são baseadas em dados da borda sul devido a facilidade logística de acesso em condições amazônicas. A análise microfaciológica em 80 seções delgadas de uma sucessão carbonática de aproximadamente 30 m permitiu a individualização de 10 microfácies (MF): Mudstone recristalizado (MF1), Mudstone/wackestone com intraclastos (MF2), Mudstone/ wackestone com terrígenos (MF3), Dolomudstone/wackestone (MF4), Dolowackestone/ packstone com peloides (MF5), Wackestone/packstone bioclástico com foraminíferos (MF6), Packstone/grainstone oolítico (MF7), Grainstone com peloides (MF8), Grainstone com ooides rescristalizados (MF9) e Grainstone bioclástico (MF10). As microfácies foram agrupadas em 4 zonas faciológicas que remetem a instalação de uma plataforma carbonática com amplas planícies de marés com precipitação carbonática e evaporítica (sabkha), lagunas com circulação restrita e barras oolíticas/bioclásticas. Espessos depósitos interpretados como sabkha sugerem condições mais evaporíticas da plataforma carbonática quando comparados com exposições da borda sul da bacia. Os dados levantados nessa pesquisa, possuem caráter inédito e reforçam interpretações paleoambientais anteriores para a borda sul e auxiliam no refinamento da reconstrução das condições paleogeográficas da Formação Itaituba.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Elane Sampaio de SOUSA, UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS - UFAM

Possui graduação em Geologia pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM), também participou de pesquisas relacionadas a petrografia de rochas carbonáticas da Formação Itaituba- Grupo Tapajós borda sul e norte da Bacia do Amazonas. Possui Mestrado em Geociências na linha de pesquisa Geologia Sedimentar e Meio Ambiente, pelo Programa de Pós Graduação em Geociências - UFAM.

 

Roberto Cesar de Mendonça BARBOSA, UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS - UFAM

Possui bacharelado em Geologia pela Universidade Federal do Amazonas (2007) e mestrado (2010) no Programa de Pós-Graduação em Geologia e Geoquímica da Universidade Federal do Pará através da avaliação faciológica e estratigráfica de unidades sedimentares Neoproterozóicas do embasamento da Bacia do Amazonas. Obteve o título de doutor em 2014 junto ao Programa de Pós-Graduação em Geologia e Geoquímica da Universidade Federal do Pará com a tese ?Paleoambiente e proveniência da Formação Cabeças: evidências da glaciação Famenniana e implicações na potencialidade do reservatório?. Durante a pós-graduação participou de projetos de avaliação petrográfica e diagenética em testemunhos de sondagem e amostras de calha da PETROBRAS em rochas reservatórios das bacias do Amazonas, Solimões e Parnaíba. Atualmente é professor Adjunto I da Universidade Federal do Amazonas.

 

Isaac Daniel RUDNITZKI, UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO - UFOP

Concluiu a graduação em Geologia na UFAM (2009), mestrado (2011) e doutorado (2015) na área de Geologia pelo Programa de Pós-Graduação em Geologia e Geoquímica (PPGG) da UFPA. Realizou doutorado sanduíche no Institut de Physique du Globe de Paris, França em 2013 e 2014. Atualmente é professor adjunto do Departamento de Geologia da Universidade Federal de Ouro Preto (DEGEO/UFOP). Desenvolve pesquisas na área de Geociências, com ênfase em sedimentologia, petrografia sedimentar, estratigrafia, isótopos estáveis de carbono e oxigênio, e evolução de sistemas de sedimentação do Precambriano. Suas pesquisas e bolsas de estudos foram fomentadas por diferentes agências nacionais e internacionais (CNPq, CAPES, CAPES-PDSE, INCT-GEOCIAM e ANR-DZIANI), além de ter participado de projetos de pesquisa pela Petrobrás.

Downloads

Publicado

2021-04-16

Como Citar

SOUSA, E. S. de, BARBOSA, R. C. de M., & RUDNITZKI, I. D. (2021). Microfácies de carbonatos pensilvanianos da Formação Itaituba (Grupo Tapajós) no norte da Bacia do Amazonas, Urucará (AM). Pesquisas Em Geociências, 48(1), e092531. https://doi.org/10.22456/1807-9806.92531