Evolução complexa de um meio-gráben: seção rifte da Bacia de Campos baseada em análise sismoestratigráfica

Autores

  • Patrycia ENE Programa de Pós-graduação em Geociências, Instituto de Geociências, Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
  • Juliano KUCHLE Departamento de Palentologia e Estratigrafia, Instituto de Geociências, Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
  • Renata ALVARENGA Programa de Pós-graduação em Geociências, Instituto de Geociências, Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
  • David IACOPINI Geology and Petroleum Geology, University of Aberdeen.
  • Karin GOLDBERG Departamento de Mineralogia e Petrologia, Instituto de Geociências, Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

DOI:

https://doi.org/10.22456/1807-9806.78108

Palavras-chave:

Bacia de Campos, sismoestratigrafia, bacia rifte, Eocretáceo, estratigrafia de sequências.

Resumo

A seção rifte da Bacia de Campos é composta pela porção basal a intermediária do Grupo Lagoa Feia, e inclui a principal rocha geradora da bacia, e rochas reservatório carbonáticas. A interpretação e o mapeamento sistemático de linhas sísmicas 2D em uma área chave da bacia onde ocorrem dois meio-grábens, integradas com dados de perfis litológicos de poço, e a construção de uma carta cronoestratigráfica, permitiram elaborar um modelo evolutivo para a fase inicial da bacia. Assim, foram definidas dez unidades sismoestratigráficas, superfícies limítrofes chave e três sismofácies, que representam os principais grupos litológicos da seção rifte: depósitos de falha de borda, depósitos ressedimentados de grãos finos e depósitos ressedimentados de grãos grossos. A estratigrafia da Bacia de Campos foi subdividida em tratos de sistema tectônico, que refletem sua evolução tectonoestratigráfica. O trato de sistema de início de rifte apresenta tectônica bem distribuída. O trato de sistema de alta atividade tectônica é marcado pela significativa movimentação das falhas de borda; e o trato de sistemas de baixa atividade tectônica é caracterizado por um processo de fault restriction. A análise de cada etapa evolutiva levou à proposição de um modelo tectonoestratigráfico. Inicialmente os sedimentos sin-rifte foram depositados em uma depressão sinformal sem a presença de falhas de borda. Com o contínuo rifteamento e aumento da atividade tectônica, a deformação concentrou-se nas falhas principais, resultando na formação de dois meio-grábens bem estruturados com bordas de falha bem definidas. Essa fase foi seguida por uma fase de movimentação incipiente das falhas de borda até cessar o rifteamento, resultando em um preenchimento complexo e interdependente entre as diferentes calhas da bacia durante seu desenvolvimento.

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Publicado

2015-02-27

Como Citar

ENE, P., KUCHLE, J., ALVARENGA, R., IACOPINI, D., & GOLDBERG, K. (2015). Evolução complexa de um meio-gráben: seção rifte da Bacia de Campos baseada em análise sismoestratigráfica. Pesquisas Em Geociências, 42(1), 45–60. https://doi.org/10.22456/1807-9806.78108