A CONSTRUÇÃO DE MODELOS REALÍSTICOS DE RESERVATÓRIOS SILICICLÁSTICOS ATRAVÉS DA INTEGRAÇÃO DE ESTUDOS DAS HETEROGENEIDADES DEPOSICIONAIS E DIAGENÉTICAS EM UMA ABORDAGEM DE UNIDADE DE FLUXO

Autores

  • José A. B. DAUDT BP America.
  • Claiton M. S. SCHERER Instituto de Geociências - Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
  • Luiz F. De ROS Instituto de Geociências - Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
  • Karin GOLDBERG Instituto de Geociências - Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

DOI:

https://doi.org/10.22456/1807-9806.37478

Palavras-chave:

heterogeneidade de reservatório, diagênese, unidade de fluxo, qualidade de reservatório

Resumo


Nesse artigo, é apresentada uma abordagem para caracterização e desenvolvimento de reservatórios baseada na análise de heterogeneidades deposicionais, suas hierarquias e como essas heterogeneidades devem ser focadas em um modelo de unidade de fluxo. O termo unidade de fluxo genética como utilizado nesse artigo representa um elemento que tem uma escala definida, correspondendo a um subsistema de deposição (associação de elementos arquiteturais), parte de uma unidade estratigráfica de quarta ordem. Essas unidades são utilizadas para prover controles geológicos consistentes para a análise da variabilidade da qualidade do reservatório, em escala de campo de petróleo, especialmente em projetos que estejam em estágios de melhoria avançada de recuperação de fluido. Essa necessidade de dependência de escala para a definição das unidades de fluxo contrasta com as definições anteriores. A capacidade preditiva de um modelo baseado em unidades de fluxo genéticas reside no reconhecimento dessas unidades em perfis elétricos, considerando um arcabouço de estratigrafia de alta resolução. O impacto dos processos diagenéticos nas variações entre porosidade e permeabilidade também é discutido nesse artigo, com ênfase na integração dessa análise ao processo de modelagem de reservatórios. Em alguns casos, o efeito da diagênese ou de outros processos pós-deposicionais (fraturamento, por exemplo) pode comprometer a aplicabilidade da abordagem por unidades de fluxo genéticas como é proposto aqui.

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Biografia do Autor

José A. B. DAUDT, BP America.

Possui graduação em geologia pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (1988) e doutorado em GEOCIÊNCIAS pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2009). Atualmente é geologo senior da equipe de exploração do Golfo do México na PETROBRAS AMERICA, USA. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Estratigrafia, Sedimentologia e caracterização de reservatórios siliciclásticos. 

Claiton M. S. SCHERER, Instituto de Geociências - Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Geólogo, graduado na UFRGS em 1991. Desenvolveu Mestrado (1994) e Doutorado (1998) no Curso de Pós-graduação em Geociências da UFRGS, abordando a estratigrafia e sedimentologia dos depósitos mesozóicos da Bacia do Paraná. É professor no Departamento de Paleontologia e Estratigrafia, IG-UFRGS, onde ministra as disciplinas de Estratigrafia II e Trabalho de Campo III. É Orientador de mestrado e doutorado no curso de Pós-graduação em Geociências da UFRGS desde 1998, sendo regente das disciplinas Estratigrafia Avançada, Análise Estratigráfica e Sistemas Deposicionais Siliciclásticos . Ministra os cursos Sequências Juro-Cretáceas da Bacia do Paraná e Arquitetura de fácies, geometria e heterogeneidades de reservatórios fluviais e eólicos na PETROBRAS. Realiza pesquisa nas áreas de arquitetura de fácies, estratigrafia de seqüências e análise de bacias sedimentares, tendo publicado inúmeros artigos sobre o tema em periódicos nacionais e internacionais. Coodena projetos de pesquisa em inúmeras Bacias Brasileiras. 

Luiz F. De ROS, Instituto de Geociências - Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Possui Graduação em Geologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1980), Mestrado em Geologia pela Universidade Federal de Ouro Preto (1985) e Doutorado em Mineralogia e Petrologia pela Universidade de Uppsala, Suécia (1996). Trabalhou 9 anos nas áreas de exploração e no Centro de Pesquisas da Petrobras. Desde 1990 é Professor Adjunto da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, e desde 2004, Editor Associado do Journal of Sedimentary Research. Tem experiência na área de Petrologia Sedimentar, atuando nos seguintes temas: diagênese de rochas sedimentares clásticas, proveniência de arenitos, geologia de rochas-reservatório de petróleo, sistemas especialistas de computação para caracterização e interpretação de rochas sedimentares. 

Karin GOLDBERG, Instituto de Geociências - Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Possui graduação em Geologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1992), mestrado em Geologia pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (1995) e Ph.D. pelo Department of Geophysical Sciences, University of Chicago, U.S.A. (2001). Atualmente é professora do Departamento de Mineralogia e Petrologia e pesquisadora do Programa em Geologia do Petróleo da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Desenvolve projetos na área de Geologia do Petróleo e Paleoclimatologia. Suas linhas de pesquisa incluem (1) sedimentologia, diagênese e predição de qualidade de reservatório em depósitos clásticos e (2) sedimentologia, geoquímica e paleontologia aplicadas a estudos paleoclimáticos. 

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Publicado

2012-08-31

Como Citar

DAUDT, J. A. B., SCHERER, C. M. S., De ROS, L. F., & GOLDBERG, K. (2012). A CONSTRUÇÃO DE MODELOS REALÍSTICOS DE RESERVATÓRIOS SILICICLÁSTICOS ATRAVÉS DA INTEGRAÇÃO DE ESTUDOS DAS HETEROGENEIDADES DEPOSICIONAIS E DIAGENÉTICAS EM UMA ABORDAGEM DE UNIDADE DE FLUXO. Pesquisas Em Geociências, 39(2), 109–125. https://doi.org/10.22456/1807-9806.37478