Morfodinâmica da desembocadura da Lagoa de Tramandaí (RS, Brasil)

Autores

  • Ana F. SILVA Programa de Pós-graduação em Geociências, Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
  • Elírio E. TOLDO Jr. Centro de Estudos de Geologia Costeira e Oceânica, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Campus Agronomia, Av. Bento Gonçalves, 9.500, CEP 91.540-000, Porto Alegre, Brasil.
  • Jair WESCHENFELDER Centro de Estudos de Geologia Costeira e Oceânica, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Campus Agronomia, Av. Bento Gonçalves, 9.500, CEP 91.540-000, Porto Alegre, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.22456/1807-9806.78268

Palavras-chave:

laguna costeira, guia-corrente, estabilidade do canal de maré, dinâmica morfossedimentar.

Resumo

A comunicação de corpos lagunares com o oceano ocorre através de canais de maré (tidal inlets), os quais constituem-se em importantes feições na troca de sedimentos. Algumas vari- áveis (prisma de maré, geometria do canal, etc.) controlam sua morfodinâmica e podem modificar sua posição geográfica. O conhecimento dos fatores que comandam sua estabilidade é de extrema relevância para gerenciar a costa e conservar o ambiente lagunar. Neste trabalho foi analisada a estabilidade da desembocadura da Lagoa de Tramandaí, com base em dados hidrodinâmicos, sedimentológicos e morfológicos integrados em uma análise espaço-temporal. A desembocadura desta laguna está localizada entre as praias de Tramandaí e Imbé (litoral norte do Rio Grande do Sul) e encontra-se fixada com apenas uma estrutura tipo guia-corrente ao longo da margem esquerda. A metodologia utilizada consistiu de levantamento batimétrico, técnicas de geoprocessamento e cálculos das relações empíricas de estabilidade. Os dados obtidos permitiram observar que anteriormente à fixação da margem esquerda do canal, a migração da desembocadura acompanhava a direção preferencial da deriva litorânea, para NE. A análise das relações de estabilidade física permitiu concluir que o canal apresentava forte instabilidade antes da obra de fixação da desembocadura. Após a obra do guia-corrente, a seção transversal mínima foi fixada e não existem registros de assoreamento.

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Publicado

2017-02-27

Como Citar

SILVA, A. F., TOLDO Jr., E. E., & WESCHENFELDER, J. (2017). Morfodinâmica da desembocadura da Lagoa de Tramandaí (RS, Brasil). Pesquisas Em Geociências, 44(1), 155–166. https://doi.org/10.22456/1807-9806.78268