Palinomorfos do Campaniano (Cretáceo Superior) da Bacia de Pelotas, Rio Grande do Sul: implicações bioestratigráficas e paleoambientais

Autores

  • Eduardo PREMAOR Laboratório de Palinologia Marleni Marques Toigo. Departamento de Paleontologia e Estratigrafia, UFRGS. Programa de Pósgraduação em Geociências.
  • Paulo Alves de SOUZA Laboratório de Palinologia Marleni Marques Toigo. Departamento de Paleontologia e Estratigrafia, UFRGS. Programa de Pósgraduação em Geociências.
  • Mitsuru ARAI PETROBRAS/CENPES/PDEXP/BPA.
  • Javier HELENES Departamento de Geología, CICESE. Carretera Ensenada-Tijuana.

DOI:

https://doi.org/10.22456/1807-9806.17723

Palavras-chave:

Palinomorfos do Campaniano, Bacia de Pelotas, Rio Grande do Sul, implicações bioestratigráficas, implicações paleoambientais.

Resumo

Este trabalho apresenta os resultados da análise palinológica realizada em testemunhos de sondagem do poço BP-01 perfurado pela PETROBRAS na porção offshore da Bacia de Pelotas. Sete amostras entre 4.480 e 4.487 m de profundidade foram processadas, as quais revelaram uma associação palinológica bem preservada e diversificada. Os esporos, embora pouco diversificados, constituem o grupo de palinomorfos mais abundante, com destaque ao gênero Cicatricosiporites. Por outro lado, dinocistos, embora menos abundantes, apresentam maior diversidade, sendo representados por 34 táxons, incluindo o registro de 9 espécies inéditas para as bacias costeiras brasileiras. Palinoforaminíferos, ovos de copépodes, fungos e espécies de algas prasinofíceas são relativamente escassos. Em termos de idade, a análise da amplitude estratigráfica e dos níveis de extinção dos dinocistos registrados permitiu o posicionamento da seção no Campaniano (Cretáceo Superior). Os conjuntos palinológicos são indicativos de condições plataformais, em águas relativamente calmas. Contudo, a quantidade significativa de esporos, muitos dos quais em forma de tétrades, indica certa proximidade do continente. Além
disso, é confirmado o padrão de ampla circulação oceânica instalado já no Campaniano na bacia, ligando águas setentrionais e austrais do Atlântico Sul, com base no registro de dinocistos com comportamento biogeográfico mais cosmopolita.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Downloads

Publicado

2010-04-26

Como Citar

PREMAOR, E., SOUZA, P. A. de, ARAI, M., & HELENES, J. (2010). Palinomorfos do Campaniano (Cretáceo Superior) da Bacia de Pelotas, Rio Grande do Sul: implicações bioestratigráficas e paleoambientais. Pesquisas Em Geociências, 37(1), 63–79. https://doi.org/10.22456/1807-9806.17723