Diante dos olhos: a representação enargética da matéria sociopolítica da escravidão n’A Cachoeira de Paulo Afonso de Castro Alves

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22456/1981-4526.77772

Palavras-chave:

enargeia, persuasão, dramaticidade, poesia abolicionista, Castro Alves

Resumo

No poema A Cachoeira de Paulo Afonso, Castro Alves emprega dispositivos dramáticos de modo a conferir concretude e vividez (enargeia) à representação lírica da escravidão. Advindos tanto da poética clássica quanto das matrizes românticas europeias, tais procedimentos retóricos objetivam a persuasão do público leitor/ouvinte, convidando-o, empaticamente, a se posicionar contra a instituição escravista. No presente artigo, analisaremos alguns recursos dramáticos empregados em monólogos e diálogos das personagens escravas n’A Cachoeira de Paulo Afonso, considerando suas implicações na produção da enargeia, em observação às ideias castroalvinas quanto à finalidade edificante da arte e à missão do gênio romântico.

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Biografia do Autor

Giovanna Gobbi Alves Araújo, Universidade de São Paulo

Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Literatura Brasileira do Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas da Universidade de São Paulo e bolsista CNPq. Mestra em Literatura Brasileira pela mesma instituição. Seu interesse de pesquisa incide nas redes de significações simbólicas configuradas a partir das dimensões histórico-política, retórica e pictórica da produção poética brasileira do século XIX.

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Publicado

2018-12-02

Como Citar

Gobbi Alves Araújo, G. (2018). Diante dos olhos: a representação enargética da matéria sociopolítica da escravidão n’A Cachoeira de Paulo Afonso de Castro Alves. Nau Literária, 14(2). https://doi.org/10.22456/1981-4526.77772