A TRANSCULTURAÇÃO NARRATIVA NOS “MANIFESTOS CURAU” DE VICENTE CECIM

Autores

  • Leomir Silva de Carvalho UFPA
  • Comissão Editorial Nau Literária

DOI:

https://doi.org/10.22456/1981-4526.43374

Palavras-chave:

Manifestos Curau, Transculturação narrativa, Viagem a Andara.

Resumo

Este artigo tem como objetivo analisar os “Manifestos Curau” como parte da narrativa transculturadora de Viagem a Andara: o livro invisível (1988) de Vicente Franz Cecim. Uma narrativa transculturadora segundo o crítico uruguaio Ángel Rama (1926–1983) é aquela que reorganiza os referentes da cultura regional utilizando-se de contribuições da modernidade. Este artigo utiliza-se do ensaio de Rama, “Literatura e cultura” (1982). Nele Rama propõe o que nomeia como narrativa transculturadora, que se evidencia na literatura de vertente regionalista, sobretudo após a Segunda Guerra Mundial, em escritores como Juan Rulfo e João Guimarães Rosa. Estes produzem obras nas quais a noção de regionalismo é ressignificada, ultrapassando a ideia de um localismo restrito, para um espaço transculturado, isto é, capaz de rearticular os dados da cultura da região. Os “Manifestos Curau”, “Flagrados em delito contra a noite” e “No coração da luz”, se inserem nesse contexto como norteadores de um discurso político-literário sobre a região. O primeiro foi lançado em ato público na abertura do Congresso da SBPC de 1983, em pleno Teatro da Paz. O segundo foi publicado no periódico Diário do Pará em 2003, no qual Cecim retorna ao primeiro examinando seu legado e lança um olhar sobre o futuro, se questionando acerca do que ainda pode ser feito pela Amazônia.

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Publicado

2013-12-01

Como Citar

de Carvalho, L. S., & Nau Literária, C. E. (2013). A TRANSCULTURAÇÃO NARRATIVA NOS “MANIFESTOS CURAU” DE VICENTE CECIM. Nau Literária, 9(2). https://doi.org/10.22456/1981-4526.43374