Escravismo urbano, racismo científico e direitos humanos na obra de viajantes europeus que visitaram o Brasil entre os anos 1800 e 1830
DOI:
https://doi.org/10.22456/1981-4526.126930Resumo
Durante o primeiro quarto do século XIX, o Brasil foi visitado por viajantes europeus que, em busca do exótico e do pitoresco, trataram de registrar as impressões de sua passagem pelo país. Entre as descrições das paisagens, dos costumes e da organização social, não poderiam ignorar em seus escritos a realidade escravista das cidades em que estiveram. Seu olhar, ainda que revoltado com a prática da escravidão, não se desvincula das noções racistas que fundamentaram a exploração da mão de obra escravizada nas colônias ou nascentes nações americanas. A escravidão aparece, para a maioria desses observadores estrangeiros, como parte do cotidiano incivilizado de centros urbanos brasileiros como Rio de Janeiro, Salvador e Recife. Este trabalho pretende fazer uma leitura de algumas dessas obras publicadas com o objetivo de avaliar como a representação da realidade escravista brasileira era balizada pelas noções oitocentistas de racismo científico e de direitos humanos, ao retratar um mundo considerado atrasado em relação à moderna realidade europeia de onde estes viajantes vinham.
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