De Rosa Maria Egipcíaca à Linn da Quebrada: uma tradição literária de resistência e transgressão na autoria feminina afro-brasileira

Autores

  • Júlia de Campos Lucena

DOI:

https://doi.org/10.22456/1981-4526.105878

Palavras-chave:

autoria feminina, autoria negra, crítica feminista, história da literatura

Resumo

Este artigo tem por objetivo analisar traços da trajetória autoral e da produção literária de autoras afro-brasileiras a partir das formulações do pensamento feminista (sobretudo de Donna Haraway), que desafiam a crítica literária e a história da literatura a trabalhar com critérios de análise calcados na variação como norma. Observo, principalmente, características da construção identitária feminina e afrodescendente particular e coletiva na perspectiva do que Haraway (1980) chama uma “consciência ciborgue”, ou de oposição, que convive dialeticamente com a tradição literária canônica, impondo-lhe modulações ao exigir seu espaço de reconhecimento; e a (auto)representação da condição de marginalização, dos processos emancipatórios e das manifestações de resistência via letramento. As autoras escolhidas para a análise se originam nas margens e implodem as noções fixas do fazer literário e da identidade feminina, além de alinharem-se, revelando uma tradição letrada e uma herança cultural de resistência da escritura feminina afro-brasileira.

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Publicado

2020-08-03

Como Citar

Lucena, J. de C. (2020). De Rosa Maria Egipcíaca à Linn da Quebrada: uma tradição literária de resistência e transgressão na autoria feminina afro-brasileira. Nau Literária, 16(2), 166–186. https://doi.org/10.22456/1981-4526.105878