A dialética entre a Identidade e a Cidade, mediada pela Memória, representada em <i>Mãos de Cavalo</i>

Autores

  • Aline Venturini Universidade Federal do Rio Grande do Sul

DOI:

https://doi.org/10.22456/1981-4526.24612

Palavras-chave:

identidade, cidade, memória, consciência.

Resumo

Propomos, neste artigo, analisar a dialética identitária entre o personagem Hermano da obra Mãos de Cavalo, de Daniel Galera e a cidade de Porto Alegre, considerando a transformação gradual do personagem e do espaço urbano. A mudança sinaliza para um sujeito e uma cidade fragmentadas. O conflito de Hermano é ter visto seu amigo Bonobo ser assassinado e nada ter feito para salvá-lo. Esse tormento o acompanhou durante toda a vida e a possível resolução poderia estar no retorno ao bairro Esplanada, palco do acontecimento, o que propicia uma catarse, que o ajudaria a reviver o que ficou em suspenso durante muitos anos. Ocorre, então, uma espécie de retomada do passado e o confronto do personagem com suas diversas faces e conflitos. O trabalho estrutura-se a partir de três perspectivas do personagem, quais sejam, a relação entre distância geográfica dele e o bairro Esplanada; o tempo transcorrido entre a infância e a idade adulta e a memória; a consciência na ressignificação do passado. Os sentidos que resultam dessas três perspectivas se dão em função da cidade de Porto Alegre, no bairro Esplanada, quando a personagem completa 30 anos, e, em sua maturidade sente- se capaz de estabelecer relações entre a infância, a juventude e a maturidade, do que decorre a busca do passado, que de certa forma, determina o presente.

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Biografia do Autor

Aline Venturini, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Mestranda em Estudos Literários pela Universidade Federal do rio Grande do Sul, pelo programa de Pós Graduação scrictu sensu. Professora municipal de Passo Fundo de Artes, Língua Portuguesa, Literatura Brasileira e Língua Espanhola.

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Publicado

2012-10-22

Como Citar

Venturini, A. (2012). A dialética entre a Identidade e a Cidade, mediada pela Memória, representada em <i>Mãos de Cavalo</i>. Nau Literária, 8(1). https://doi.org/10.22456/1981-4526.24612