TY - JOUR AU - Lemos da Costa, Fabrício PY - 2021/07/17 Y2 - 2024/03/28 TI - Martim se tornou selvagem ao produzir a sua primeira flecha: um estudo de A maçã no escuro, de Clarice Lispector JF - Nau Literária JA - NL VL - 17 IS - 1 SE - DOSSIÊ CLARICE LISPECTOR: ILUMINAÇÕES PARA O TEMPO PRESENTE DO - 10.22456/1981-4526.116719 UR - https://seer.ufrgs.br/index.php/NauLiteraria/article/view/116719 SP - 161-180 AB - <span id="docs-internal-guid-6a5554b4-7fff-3427-045f-aead2ac1e6d7"><span>O presente estudo tem como objetivo desenvolver uma análise do romance </span><span>A maçã no escuro</span><span> (1961), de Clarice Lispector (1920-1977). Em nossa abordagem, consideramos a presença do selvagem como particularidade que desloca e mobiliza o itinerário de Martim pelo que chamamos de indomesticado. Assim, é o animal e o orgânico que fazem do herói um personagem incapaz de pertencer às formas acabadas e definidas. Dessa forma, sublinharemos um caráter inconstante no modo de ser de Martim, que o leva às experiências desorganizadoras do mundo, culminando numa neutralidade e esvaziamento de uma visão lógica, social e burocrática. Para este trabalho, recorremos às reflexões de Andrade (1972), Nunes (1979), Jardim (2016), Bataille (2018), Barthes (2003), Derrida (2005), Deleuze e Guattari (1980), Giorgi (2016), Santiago (2000, 2006), Nascimento (2012), Sá (1979, 2004), Sousa (2012), Viveiros de Castro (2002) e Librandi-Rocha (2012). </span></span> ER -