Jogos de tabuleiro como ação terapêutica no tratamento quimioterápico de adultos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22456/1982-8918.117555

Palavras-chave:

Câncer, Atividades de lazer, Jogos , Brinquedos

Resumo

O estudo investigou o uso dos jogos de tabuleiro como ação terapêutica no tratamento quimioterápico de adultos do Centro de Pesquisas Oncológicas (CEPON) de Florianópolis/SC. Trata-se de uma pesquisa de campo, descritiva e exploratória, com abordagem qualitativa dos dados. Participaram do estudo 31 pacientes adultos, bem como 14 profissionais do setor de quimioterapia do CEPON. Os dados foram obtidos por meio de observações sistemáticas, observações participantes e entrevistas semiestruturadas. Posteriormente, foram organizados no software Nvivo 10 e analisados por meio da técnica de análise de conteúdo. Os jogos de tabuleiro, explorados como ferramentas complementares no tratamento quimioterápico de adultos, facilitaram a interação entre os envolvidos. A utilização das atividades lúdicas, durante as sessões de quimioterapia, fez com que os sinais e os sintomas imediatos do tratamento fossem minimizados, substituídos por sentimentos de alegria e descontração, pilares estruturantes da ludicidade.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Daliana Stephanie Lecuona, Universidade do Estado de Santa Catarina, UDESC.

Mestre em Ciências do Movimento Humano e graduada em Educação Física (Bacharelado) pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC). Membro do Laboratório de Pesquisa em Lazer e Atividade Física (LAPLAF, CNPq), do Centro de Ciências da Saúde e do Esporte (CEFID/ UDESC). Analista de Lazer no Departamento Regional do Serviço Social do Comércio (SESC) de Santa Catarina.

Samara Escobar Martins, Universidade Federal de Santa Catarina, UFSC.

Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Educação Física, do Centro de Desportos da Universidade Federal de Santa Catarina (PPGEF/CDS/UFSC), com bolsa da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (FAPESC). Graduada em Educação Física - Licenciatura, pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC). Membro do Laboratório de Pesquisa em Lazer e Atividade Física (LAPLAF, CNPq), do Centro de Ciências da Saúde e do Esporte (CEFID/ UDESC).

Maria Eduarda Tomaz Luiz, Universidade Federal de Santa Catarina, UFSC.

Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Educação Física, do Centro de Desportos da Universidade Federal de Santa Catarina (PPGEF/CDS/UFSC), com bolsa da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (FAPESC). Graduada em Educação Física - Licenciatura, pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC). Membro do Laboratório de Pesquisa em Lazer e Atividade Física (LAPLAF, CNPq), do Centro de Ciências da Saúde e do Esporte (CEFID/ UDESC).

Adriana Coutinho de Azevedo Guimarães, Universidade do Estado de Santa Catarina, UDESC.

Doutora em Motricidade Humana na área da Saúde e Condição Física pela Faculdade de Motricidade Humana - FMH/Universidade de Lisboa. Professora associada da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) do Centro de Ciências da Saúde e do Esporte (CEFID). Professora Permanente do Programa de Pós-Graduação em Ciências do Movimento Humano (Mestrado e Doutorado) do CEFID/UDESC. Líder do Grupo de Pesquisa Laboratório de Pesquisa em Lazer e Atividade Física (LAPLAF/CNPq). Membro da Academia Brasileira de Educação Física. Membro da Sociedade Internacional de Atividade Física e Saúde - ISPAH.

Alcyane Marinho, Universidade do Estado de Santa Catarina, UDESC.

Doutora em Educação Física pela UNICAMP (Campinas, SP). Professora adjunta da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), no Centro de Ciências da Saúde e do Esporte (CEFID). Professora Permanente do Programa de Pós-graduação em Educação Física (Mestrado e Doutorado) do Centro de Desportos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Professora Permanente do Programa de Pós-graduação em Ciências do Movimento Humano (Mestrado) do CEFID/UDESC. Líder do Laboratório de Pesquisa em Lazer e Atividade Física (LAPLAF, CNPq). Sócia fundadora da Associação Brasileira de Pesquisa e Pós-graduação em Estudos do Lazer (ANPEL).

Referências

AZEVÊDO, Adriano Valério dos Santos. O brincar da criança com câncer no hospital: análise da produção científica. Estudos de Psicologia, v. 28, n. 4, p. 565-572, 2011.

BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70; 2009.

BATAGLION, Giandra Anceski; MARINHO, Alcyane. Familiares de crianças com deficiência: percepções sobre atividades lúdicas na reabilitação. Ciência & Saúde Coletiva, v. 21, n. 10, p. 3101-3110, 2016.

BRASIL. Ministério da Saúde. Programa Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2001. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/pnhah01.pdf. Acesso em: 10 maio 2021.

CARVALHO, Talita Grazielle Pires et al. O brincar durante o período de hospitalização para tratamento de câncer pediátrico. Licere, v. 23, n. 4, p. 299-319, 2020.

CARVALHO, Talita Grazielle Pires et al. O olhar do paciente sobre o câncer infantojuvenil e sua percepção acerca de seus sentimentos e emoções diante do viodeogame ativo. Movimento, v. 24, n. 2, p. 413-426, 2018.

COSTA, Aline Isabella Saraiva; CHAVES, Marcelo Donizetti. Dor em pacientes oncológicos sob tratamento quimioterápico. Revista Dor, v. 13, n. 1, p. 45-49, 2012.

GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2010.

GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2008.

GIULIANO, Renata Carolina; SILVA, Luciana Marcia dos Santos; OROZIMBO, Nataly Manhães. Reflexões sobre o brincar no trabalho terapêutico com pacientes oncológicos adultos. Psicologia: ciência e profissão, v. 29, n. 4, p. 868-879, 2009.

HUIZINGA, Johan. Homo Ludens: O jogo como elemento da cultura. 5. ed. São Paulo: Perspectiva, 2008.

INCA. ABC do câncer: abordagens básicas para o controle do câncer. 6. Ed. Rio de Janeiro: INCA, 2020.

INCA. Estimativa 2020: incidência de câncer no Brasil. Rio de Janeiro: INCA, 2019. Disponível em: https://www.inca.gov.br/publicacoes/livros/estimativa-2020-incidencia-de-cancer-no-brasil. Acesso em: 15 maio 2021.

KISHIMOTO, Tizuko Morchida. Jogos, brinquedos e brincadeiras do Brasil. Espacios en Blanco: Revista de Educación, v. 24, n. 1, p. 81-106, 2014.

LIMA, Kálya Yasmine Nunes; SANTOS, Viviane Euzébia. O lúdico como estratégia no cuidado à criança com câncer. Revista Gaúcha Enfermagem, v. 36, n. 20, p. 76-8, 2015.

LOPES, Diogo Gilberto. Jogos de tabuleiro: estudos dos sistemas visuais. 2013. 583 f. Dissertação (Mestrado em Design de Comunicação) - Escola Superior de Artes e Design, Matosinhos, Portugal, 2013.

MANFROI, Miraíra Noal et al. Singing group: the playful present in health promotion. In: BENIWAL, Anju; JAIN, Rashmi; SPRACKLEN, Karl (org.). Global leisure and the struggle for a better world. Cham: Palgrave Macmillan, 2018. p. 49-74.

MARINHO, Alcyane. Repensando o lúdico na vida cotidiana: atividades na natureza. In: SCHWARTZ, Gisele Maria. (org.). Dinâmica Lúdica: novos olhares. São Paulo: Manole; 2004. P. 189-204.

MARQUES, Elisandra et al. Lúdico no cuidado à criança e ao adolescente com câncer: perspectivas da equipe de enfermagem. Escola Anna Nery, v. 20, n. 3, p. e20160073, 2016.

MARTINS, Samara Escobar et al. Jogos, brinquedos e lúdico: um olhar sobre o brincar de crianças e adolescentes. In: Encontro Internacional Científico OTIUM/ Congresso Ibero-americano de Estudos do Lazer, Ócio e Recreação (CIELOR), 2020, Belo Horizonte. Anais [...]. Belo Horizonte, 2005. p. 957-966.

MEIRELLES, Renata; ECKSCHMIDT, Sandra; SAURA, Soraia Chung. Olhares por dentro do brincar e jogar, atualizados no corpo em movimento. In: MARIN, Elizara Carolina; GOMES-DA-SILVA, Pierre Normando (org.). Jogos tradicionais e Educação Física escolar. Curitiba: Editora CRV, 2016. p. 63-78.

MINAYO, Maria Cecilia de Souza. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 13. ed. São Paulo: Hucitec, 2013.

MINAYO, Maria Cecilia de Souza. Trabalho de campo: contexto de observação, interação e descoberta. In: MINAYO, Maria Cecilia de Souza; DESLANDES, Suely Ferreira; GOMES, Romeu (org.). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 27. ed. Petrópolis: Vozes, 2009. p. 61-77.

MOTTA, Alessandra Brunoro; ENUMO, Sônia Regina Fiorim. Intervenção psicológica lúdica para o enfrentamento da hospitalização em crianças com câncer. Psicologia: Teoria e Pesquisa, v. 26, n. 3, p. 445-454, 2010.

NAKAMURA, Jeanne; CSIKSZENTMIHALYI, Mihaly. The concept of flow. In: CSIKSZENTMIHALYI, Mihaly (org.). Flow and the foundations of positive psychology. Netherlands: Springer Netherlands, 2014. p. 239-263.

POLIT, Denise F; BECK, Cheryl Tatano. Essentials of nursing research: Appraising evidence for nursing practice. 8. ed. Philadelphia: Wolters Kluwer/Lippincott, Williams & Wilkins, 2014

SUNG, Hyuna et al. Global cancer statistics 2020: GLOBOCAN estimates of incidence and mortality worldwide for 36 cancers in 185 countries. CA: A Cancer Journal for Clinicians, v. 71, n. 3, p. 209-249, 2021.

WERLE, Verônica et al. Possibilidades lúdicas e humanizadas no contexto de atuação da Educação Física no Sistema Único de Saúde (SUS). Journal of Physical Education, v. 29, n. 1, p. e2976, 2018.

WIENER, Lori et al. ShopTalk: a pilot study of the feasibility and utility of a therapeutic board game for youth living with cancer. Supportive Care Cancer, v. 19, n. 7, p. 1049-1054, 2011.

Downloads

Publicado

2022-05-31

Como Citar

LECUONA, D. S.; MARTINS, S. E.; LUIZ, M. E. T.; GUIMARÃES, A. C. de A.; MARINHO, A. Jogos de tabuleiro como ação terapêutica no tratamento quimioterápico de adultos. Movimento, [S. l.], v. 28, p. e28029, 2022. DOI: 10.22456/1982-8918.117555. Disponível em: https://www.seer.ufrgs.br/index.php/Movimento/article/view/117555. Acesso em: 1 jun. 2023.

Edição

Seção

Artigos Originais