Depoimentos e vivências de mulheres nos cursos de computação da Universidade Tecnológica Federal do Paraná
DOI:
https://doi.org/10.22456/1982-1654.59144Palavras-chave:
Computação, Tecnociência, Feminismo, MulheresResumo
Este artigo apresenta um estudo sobre mulheres na computação, no contexto específico da Universidade Tecnológica Federal do Paraná. De modo a delimitar o tema e construir a argumentação, fundamenta-se na história da tecnociência, da computação, nos estudos em Ciência, Tecnologia e Sociedade, e nos estudos feministas. Com base na literatura, assume-se que a computação vem sendo historicamente construída no intuito de manter as barreiras que dificultam a participação plena de mulheres e de outras minorias. A metodologia utilizada é a pesquisa qualitativa. Os dados foram coletados através de entrevistas, onde algumas mulheres puderam externar suas vivências, façanhas e percalços nestes cursos. Suas falam corroboraram o estudo teórico realizado previamente e confirmaram que um dos fatores que mais prejudicam o acesso das mulheres nas Ciências Exatas é a idéia equivocada que a sociedade construiu a respeito das mulheres, atribuindo-lhe falsas limitações por causa de seu sexo.Downloads
Referências
BANYARD, Kat. The Equality Illusion: The Truth about Women and Men Today. Londres: Faber and Faber, 2010.
BIJKER, Wiebe E.; PINCH, Trevor. "The Social Construction of Facts and Artifacts: Or How The Sociology of Science and the Sociology of Technology Might Benefit Each Other". In: BIJKER, Wiebe E.; HUGHES, Thomas P.; PINCH, Trevor; DOUGLAS, Deborah G. The Social Construction of Technological Systems. Cambridge: MIT Press, 1987.
CALEFFE, Luiz Gonzaga; MOREIRA, Herivelto. Metodologia da Pesquisa para o Professor Pesquisador. Segunda edição. Rio de Janeiro: Lamparina, 2008.
CARVALHO, Marilia Gomes; CASCAES, Tânia Rosa F.; SPANGER, Maria Aparecida Fleury Costa. "Ciência e Tecnologia sob a Ótica de Gênero". In: CARVALHO, Marília Gomes de; CASAGRANDE, Lindamir Salete; LUZ, Nanci Stancki da (org). Construindo a Igualdade na Diversidade: gênero e sexualidade na escola. Primeira edição. Curitiba: Editora UTFPR, 2009.
DE DECCA, Edgar Salvadori. O Nascimento das Fábricas. Décima edição. São Paulo: Editora Brasiliense, 1995.
DWORKIN, Andrea. Pornography: Men possessing women. Nova York: Plume, 1989.
EDWARDS, Paul N. "Industrial Gender: Soft/Hard". In: LERMAN, Nina; MOHUN, Arwen; OLDENZIEL, Ruth. Gender and Technology: a reader. Baltimore: The Johns Hopkins University Press, 2003.
ENSMENGER, Nathan. The Computer Boys Take Over: computers, programmers, and the politics of technical expertise. Cambridge: MIT Press, 2010.
FINE, Cordelia. Delusions of Gender: The Real Science Behind Sex Differences. Nova York: Icon Books, 2005.
FIRESTONE, Shulamith. A Dalética do Sexo: um estudo da revolução feminista. Tradução de Vera Regina Rabelo Terra. Coleção de Bolso. Rio de Janeiro, Editorial Labor do Brasil, 1976.
FRANCIS, Jo; FUENGI, John. Lovelace & Babbage and the Creation of the 1843 'Notes'. IEEE Annals of the History of Computing. IEEE Computer Society. v. 25. n. 4. Outubro de 2003. Disponível em: <http://dl.acm.org/citation.cfm?id=1436041> — Acesso em 3 de junho de 2014.
HALL, Stuart. Representation: Cultural representations and signifying practices. Londres: SAGE Publications, The Open University, 2003.
HANISCH, Carol. The Personal is Political: The Women's Liberation Movement classic with a new explanatory introduction. CarolHanisch.org. 2006. Disponível em: <http://carolhanisch.org/CHwritings/PIP.html> — Acesso em 3 de junho de 2014.
JEFFREYS, Sheila. Beauty and Misogyny: harmful cultural practices in the West. Londres, Nova York: Routledge, 2005.
LIGHT, Jennifer S. "When Computers Were Women". In: Technology and Culture. v. 39. n. 3. Maryland: The Johns Hopkins University Press, 1999. Disponível em: <http://labweb.education.wisc.edu/steinkuehler/elpa940/readings/Light.pdf> — Acesso em 7 de dezembro de 2012.
McGAW, Judith A. "Why Feminine Technology Matter". In: LERMAN, Nina; MOHUN, Arwen; OLDENZIEL, Ruth. Gender and Technology: a reader. Baltimore: The Johns Hopkins University Press, 2003.
SCHIEBINGER, Londa. O Feminismo Mudou a Ciência? Tradução de Raul Fiker. Bauru: EDUSC, 2001.
SCHOLZ, Roswitha. O Valor é o Homem: Teses sobre a socialização pelo valor e a relação entre os sexos. Tradução de José Marcos Macedo. Revista Novos Estudos - CEBRAP. n. 45. Julho de 1996. p. 15-36. Disponível em: <http://obeco.planetaclix.pt/rst1.htm> — Acesso em 17 de março de 2014.
SINCLAIR, Stacey; HARDIN, Curtis D. e LOWERY, Brian S. Self-Stereotyping in the Context of Multiple Social Identities. Journal of Personality and Social Psychology. v. 90. n. 4. p.529–542. 2006. Disponível em: <https://psych.princeton.edu/psychology/research/sinclair/pubs/self%20
stereo%20and%20multiple%20identiti es.PDF> — Acesso em 10 de junho de 2013.
TELES, Maria Amélia de Almeida. Breve História do Feminismo no Brasil. Coleção Tudo é História. São Paulo: Editora Brasiliense, 1999.
VIEIRA PINTO, Álvaro. Ciência e Existência: problemas filosóficos da pesquisa científica. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979.
VIEIRA PINTO, Álvaro. O Conceito de Tecnologia. Volume 1. Rio de Janeiro: Editora Contraponto, 2005.
WAJCMAN, Judy. El Tecnofeminismo. Tradução de Magalí Martinés Solimán. Primeira Edição. Madri: Ediciones Cátedra, 2006.
WINNER, Langdon. The Whale and the Reactor: a search for limits in an age of high technology. Chicago: University of Chicago Press, 1986. Disponível em: . Acesso em 5 de dezembro de 2012.
WOLF, Naomi. O Mito da Beleza: Como as imagens de beleza são usadas contra as mulheres. Tradução de Waldéa Barcellos. Rio de Janeiro: Rocco, 1992.
YIN, Robert K. Estudo de Caso: Planejamento e Métodos. Tradução de Ana Thorell. Quarta edição. Porto Alegre: Bookman, 2010.