MORTE RITUAL: REFLEXÕES SOBRE O “SUICÍDIO” SURUWAHA

Autores

  • Marcio Martins dos Santos Ministério Público Federal
  • Kariny Teixeira de Souza Universidade Federal do Amazonas

DOI:

https://doi.org/10.22456/1982-6524.7191

Palavras-chave:

práticas culturais, Amazônia, suicídio, morte ritual

Resumo

Este trabalho, ao analisar uma prática sócio-cultural do povo Suruwaha - a “morte ritual” – tem como objetivo problematizar e corroborar com a revisão conceitual do termo “suicídio”, considerando-o inapropriado para o que de fato ele representa neste caso específico. A reflexão deste caso, feita a partir de uma revisão de parte da literatura antropológica sobre esse povo, pretende evidenciar os riscos e limitações que pode ser acarretados por este “olhar ocidentalizado” em relação a uma prática indígena. A análise antropológica de questões relacionadas à “morte ritual” dos Suruwaha indubitavelmente nos conduz a interessantes leituras acerca dos resultados e significados do processo de contato da “sociedade ocidental” com os povos indígenas. Ao mesmo tempo, demonstra a complexidade das culturas ditas tradicionais enquanto objetos de estudo, uma vez que estas se mostram passíveis de constantes e complexas transformações e reelaborações.

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Biografia do Autor

Marcio Martins dos Santos, Ministério Público Federal

Marcio Martins dos Santos possui graduação em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2002) e mestrado em Antropologia Social pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2005). Atualmente é Analista Pericial em Antropologia do Ministério Publico Federal. Tem experiência na área de Antropologia, com ênfase em Antropologia Urbana, Antropologia Rural e Etnologia Indígena, atuando principalmente nos seguintes temas: religião, política, direitos humanos, povos indígenas, meio-ambiente e comunidades ribeirinhas.

Kariny Teixeira de Souza, Universidade Federal do Amazonas

Graduou-se em História pela Universidade Presidente Antônio Carlos (Barbacena/MG) em 1998. Como membro do Conselho Indigenista Missionário (CIMI) atuou, por oito anos, junto a diversos povos nos estados do Pará e Tocantins, em atividades de formação política ligadas ao reconhecimento e defesa dos direitos indígenas. Atualmente acaba de concluir o curso de pós-graduação lato sensu em Antropologia "Gestão para o Etnodesenvolvimento" e está iniciando o Mestrado em Antropologia Social na Universidade Federal do Amazonas (UFAM), além de trabalhar como pesquisadora do Projeto Nova Cartografia Social da Amazônia/ PPGSCA - UFAM.

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Publicado

2009-06-30

Como Citar

DOS SANTOS, M. M.; DE SOUZA, K. T. MORTE RITUAL: REFLEXÕES SOBRE O “SUICÍDIO” SURUWAHA. Espaço Ameríndio, Porto Alegre, v. 3, n. 1, p. 10, 2009. DOI: 10.22456/1982-6524.7191. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/EspacoAmerindio/article/view/7191. Acesso em: 29 mar. 2024.

Edição

Seção

ARTIGOS