A LITERATURA INDÍGENA BRASILEIRA, O MOVIMENTO INDÍGENA BRASILEIRO E O REGIME MILITAR: UMA PERSPECTIVA DESDE DAVI KOPENAWA, AILTON KRENAK, KAKÁ WERÁ E ALVARO TUKANO

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22456/1982-6524.83424

Palavras-chave:

Literatura Indígena, Movimento Indígena, Ditadura Militar, Etnocídio, Resistência.

Resumo

Tendo por base a postura de ativismo, militância e engajamento da literatura indígena, procuraremos refletir sobre a correlação de literatura indígena brasileira, movimento indígena brasileiro e a questão da Ditadura Militar, haja vista que a emergência e a consolidação público-políticas desse movimento indígena ocorreram exatamente no contexto da Ditadura Militar e como reação aos processos de expansão socioeconômica rumo ao centro-oeste e ao norte do Brasil, promovidos e viabilizados por ela, situação que intensificou o etnocídio indígena. Nosso argumento central consiste em que podemos, a partir do estudo da literatura indígena, tomar conhecimento, pelo próprio relato autobiográfico, testemunhal e mnemônico dos indígenas, acerca de como sua situação social, que já era precária, foi piorada por tais projetos de expansão. Da mesma forma, esse estudo da literatura indígena também nos permite, em consequência, perceber o sentido e o direcionamento assumidos pelo movimento indígena no que tange a tais projetos, isto é, os povos, as lideranças e os intelectuais indígenas passaram a se organizar politicamente e a enraizar-se na esfera pública, política e cultural como forma de enfrentamento e de resistência a essa situação de etnocídio – sendo que a literatura por eles produzida é uma dessas ramificações do movimento indígena na esfera pública, política e cultural. E, assim, o estudo da literatura indígena nos permite ouvir a própria voz, a própria história dos indígenas por si mesmos, acerca de sua condição, de modo que a literatura indígena, em seu sentido aberto, anti-institucionalista, anti-cientificista e anti-tecnicista, lhes devolve a voz e o protagonismo estético-políticos.

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Biografia do Autor

Leno Francisco Danner, Universidade Federal de Rondônia

Doutor em Filosofia (PUC-RS). Professor de Filosofia e de Sociologia na Universidade Federal de Rondônia (UNIR).

Julie Dorrico, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).

Doutoranda em Teoria Literária pelo Programa de Pós-Graduação em Letras da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Mestre em Estudos Literários pelo Mestrado em Estudos Literários e Licenciada em Letras Português e suas respectivas Literaturas pelo Departamento de Línguas Vernáculas, ambos da Universidade Federal de Rondônia (UNIR).

Fernando Danner, Universidade Federal de Rondônia (UNIR).

Doutor em Filosofia (PUCRS). Professor de Filosofia no Departamento de Filosofia da Universidade Federal de Rondônia (UNIR).

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Publicado

2018-12-28

Como Citar

DANNER, L. F.; DORRICO, J.; DANNER, F. A LITERATURA INDÍGENA BRASILEIRA, O MOVIMENTO INDÍGENA BRASILEIRO E O REGIME MILITAR: UMA PERSPECTIVA DESDE DAVI KOPENAWA, AILTON KRENAK, KAKÁ WERÁ E ALVARO TUKANO. Espaço Ameríndio, Porto Alegre, v. 12, n. 2, p. 252, 2018. DOI: 10.22456/1982-6524.83424. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/EspacoAmerindio/article/view/83424. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

DOSSIÊ