DECOLONIALIDADE E PERSPECTIVA NEGRA: RACISMO, POVOS INDÍGENAS E A DITADURA MILITAR NO BRASIL

Autores

  • Fernando da Silva Cardoso Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro
  • Joyce da Silva Tavares Centro Universitário do Vale do Ipojuca

DOI:

https://doi.org/10.22456/1982-6524.80267

Palavras-chave:

Colonialismo. Racismo. Indígenas. Brasil. Ditadura.

Resumo

Este ensaio apresenta algumas intersecções entre a matriz colonial racista e o apagamento histórico de graves violações de direitos humanos direcionadas pelo militarismo brasileiro a populações indígenas. O objetivo geral assumido é o de problematizar o imaginário etno-colonial-racista de dominação e violação de direitos indígenas no militarismo brasileiro a partir de uma perspectiva decolonial negra. Trata-se de um estudo bibliográfico, de caráter exploratório, que busca reler o tema eleito a partir de marcos teóricos decoloniais negros, visando apresentar novas lentes à leitura deste quadro. A discussão sobre como a ideologia etno-colonial-racista esteve presente, implicitamente, nas violências direcionadas a povos indígenas, através das ações militares, aponta para a necessidade de serem construídas novas chaves de leitura. Aponta-se que o quadro justransicional brasileiro, em relação aos povos indígenas, é marcado por uma abordagem que subalterniza marcadores étnico-culturais importantes. As notas construídas apontam que políticas justransicionais pautadas na noção de justiça étnico-coletiva podem evidenciar os marcadores etno-colonial-racistas de diferenciação que perfizeram as violências totalitárias e apontar para uma perspectiva de não-repetição que considere como o racismo e o colonialismo foram determinantes nesse contexto.

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Biografia do Autor

Fernando da Silva Cardoso, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro

Doutorando em Direito - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (2016). Mestre em Direitos Humanos - Universidade Federal de Pernambuco (2015). Especialista em Direitos Humanos - Universidade Federal de Campina Grande (2015). Bacharel em Direito - Centro Universitário do Vale do Ipojuca (2012). Professor Assistente, Subcoordenador de Pesquisa e Extensão e membro do Núcleo Docente Estruturante do Curso de Direito da Universidade de Pernambuco - Campus Arcoverde. Vice-Líder do Grupo de Estudos e Pesquisas Transdisciplinares sobre Meio Ambiente, Diversidade e Sociedade (UPE/CNPq). Membro do Núcleo de Estudos e Pesquisas de Educação em Direitos Humanos da UFPE. Pesquisador do Grupo de Pesquisas sobre Democracia, Gênero e Direito (PUC-Rio/CNPq), de Educação em Direitos Humanos, Diversidade e Cidadania (UFPE/CNPq), Movimentos Sociais, Educação e Diversidade na América Latina (UFPE-CAA/CNPq) e do Diversiones - Grupo de Pesquisa sobre Direitos Humanos, Poder e Cultura em Gênero e Sexualidade (UFPE-CNPq). Possui interesse/experiência nas áreas de: Estudos Empíricos em Direito, Direitos Humanos, Gênero, Justiça de Transição e Educação em Direitos Humanos.

Joyce da Silva Tavares, Centro Universitário do Vale do Ipojuca

Graduanda em Direito pelo Centro Universitário do Vale do Ipojuca (UNIFAVIP DeVry); Pesquisadora no Projeto de Iniciação Cientifica: Direitos humanos, violência, e diversidade humana no período ditatorial, no agreste pernambucano (1964-1985); Extensionista no DHiálogos: Ciclo de debates sobre sociedade e direitos humanos, aluna pesquisadora do Grupo de Estudos e Pesquisas Interdisciplinares sobre Direitos Humanos (GEPIDH/UNIFAVIP). Possui interesse nas áreas de Direitos Humanos, Justiça de Transição e Direito Constitucional.

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Publicado

2018-12-28

Como Citar

CARDOSO, F. da S.; TAVARES, J. da S. DECOLONIALIDADE E PERSPECTIVA NEGRA: RACISMO, POVOS INDÍGENAS E A DITADURA MILITAR NO BRASIL. Espaço Ameríndio, Porto Alegre, v. 12, n. 2, p. 365, 2018. DOI: 10.22456/1982-6524.80267. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/EspacoAmerindio/article/view/80267. Acesso em: 29 mar. 2024.

Edição

Seção

DOSSIÊ