IMITAÇÃO E FAZER PRECONCEITO: CIRCULAÇÃO DE OBJETOS, ROUPAS, MODAS E JEITOS ENTRE OS WAJÃPI (AMAPÁ)

Autores

  • Camila Galan de Paula Universidade Federal do Vale do São Francisco

DOI:

https://doi.org/10.22456/1982-6524.71186

Palavras-chave:

corpo, vestimentas, roupas, circulação de mercadorias, Wajãpi (Tupi-guarani)

Resumo

Em aldeias wajãpi no Amapá, muitos rapazes e homens ostentam penteados à Neymar; mulheres jovens repartem os cabelos de lado; meninas pequenas trajam apenas calcinhas. Diversas práticas e ornatos que parecem à primeira vista ter seu uso oriundo nas cidades amapaenses remetem a relações de pessoas wajãpi com outros povos indígenas: os sutiãs inspirados nas mulheres wajãpi das aldeias do Camopi (Guiana Francesa), o lambadão xinguano. As imitações de práticas corporais e o uso de objetos cujas origens são atribuídas a outros grupos (indígenas e não indígenas) são profusos. Este artigo pretende explorar algumas considerações de meus interlocutores wajãpi a respeito de dinâmicas ligadas à aquisição e circulação desses objetos, roupas, modas e enfeites. Inicialmente analiso a ideia de imitação, a partir de um diálogo entre meus dados e a bibliografia acerca dos corpos ameríndios. A partir dessa dinâmica da imitação, revelam-se também certas relações sociopolíticas entre diversas pessoas e famílias wajãpi: imita-se aquilo que alguém fez primeiro; esses iniciadores, por sua vez, buscam diferenciar-se, fazendo preconceito ou disputa.

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Biografia do Autor

Camila Galan de Paula, Universidade Federal do Vale do São Francisco

Colegiado de Antropologia, UNIVASF

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Publicado

2017-06-30

Como Citar

GALAN DE PAULA, C. IMITAÇÃO E FAZER PRECONCEITO: CIRCULAÇÃO DE OBJETOS, ROUPAS, MODAS E JEITOS ENTRE OS WAJÃPI (AMAPÁ). Espaço Ameríndio, Porto Alegre, v. 11, n. 1, p. 64, 2017. DOI: 10.22456/1982-6524.71186. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/EspacoAmerindio/article/view/71186. Acesso em: 18 abr. 2024.

Edição

Seção

ARTIGOS