ESTRATÉGIAS DE VISIBILIDADE EM CONTEXTO PANDÊMICO: O MAPEAMENTO DA PANDEMIA DA COVID-19 ENTRE POVOS INDÍGENAS NO MARANHÃO

Autores

  • Ana Caroline Amorim Oliveira Universidade Federal do Maranhão-UFMA https://orcid.org/0000-0002-9337-6335
  • Daisy Damasceno Araújo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IFMA)
  • Rodrigo Theophilo Folhes Agência Estadual de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural do Maranhão, AGERP/MA
  • Kátia Núbia Ferreira Correa Grupo de Pesquisa Estado Multicultural e Políticas Públicas (CNPq/DESOC/UFMA).

DOI:

https://doi.org/10.22456/1982-6524.116828

Palavras-chave:

Pandemia da Covid-19, Estratégias metodológicas, Povos indígenas, Maranhão.

Resumo

Este artigo objetiva apresentar as estratégias de mapeamento, qualificação e visibilidade dos dados da Covid-19 entre os povos indígenas no estado do Maranhão, refletindo sobre os impactos do novo coronavírus na vida destes povos e sobre a realidade de assistência à saúde destinada a eles. A pesquisa possui uma abordagem qualitativa apresentando os resultados do mapeamento realizado de maio a agosto de 2020 e as estratégias metodológicas provocadas pelo contexto pandêmico para o desenvolvimento da pesquisa em meio digital (MILLER, 2020). Tomamos como base quatro fontes de informações estatísticas para a coleta dos dados: os boletins epidemiológicos produzidos nos âmbitos federal, estadual, municipal e as informações disponibilizadas pelas organizações indigenistas e indígenas, nos respectivos sítios eletrônicos. Identificamos inicialmente uma ausência de informações sobre os casos de Covid-19 entre povos indígenas nas fontes oficiais e, quando publicizadas, não contemplavam as especificidades dos povos acometidos pelo vírus, apresentando dados genéricos e generalizados, nos impedindo de compreender a realidade sanitária de forma específica e diferenciada. Assim, a pandemia se alastrou nos territórios indígenas e que as estratégias do governo contribuíram para tal quadro.

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Biografia do Autor

Ana Caroline Amorim Oliveira, Universidade Federal do Maranhão-UFMA

Docente do Curso de Ciências Humanas/Sociologia da Universidade Federal do Maranhão-UFMA. Docente do Programa de Pós-Graduação em Cultura e Sociedade-PGCULT

Daisy Damasceno Araújo, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IFMA)

Doutora pelo Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais da Universidade Federal do Maranhão (2019) e Mestre pelo mesmo Programa (2012). Professora de História do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IFMA), desde 2012, lotada no Campus Coelho Neto. Possui graduação em História pela Universidade Estadual do Maranhão (2009). É integrante do Grupo de estudos, pesquisa e extensão LIDA (Lutas sociais, Igualdade e Diversidades), do Grupo de Pesquisa Estado Multicultural e Políticas Públicas (GEPEMPP), do Integra (IFMA) e do Núcleo de Estudos Afro brasileiros e Indígena (NEABI) do IFMA. Atualmente desenvolve pesquisas referentes às comunidades remanescentes de quilombos no Estado do Maranhão e compõe o Coletivo Mururu/Rede (CO)VIDA de Mapeamento da Covid-19 entre Povos Indígenas no Maranhão. É autora do livro "Aê meu pai quilombo, eu também sou quilombola": o processo de construção identitária em Rio Grande - MA, publicado em janeiro de 2020. A tese de Doutorado (2020) recebeu indicação para concorrer ao prêmio de Melhor Tese pelo PPGCSOC (UFMA) no Concurso Brasileiro ANPOCS de Obras Científicas e Teses Universitárias em Ciências Sociais 2020

Rodrigo Theophilo Folhes, Agência Estadual de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural do Maranhão, AGERP/MA

Possui graduação em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2001), mestrado em Sociologia e Antropologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2004) e doutorado em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Maranhão (2018). Tem experiência na área de Antropologia, com ênfase em Etnologia Indígena, atuando principalmente nos seguintes temas: Estado e povos indígenas, políticas indigenistas, suas práticas de poder, projetos de desenvolvimento e conflitos socioambientais.

Kátia Núbia Ferreira Correa, Grupo de Pesquisa Estado Multicultural e Políticas Públicas (CNPq/DESOC/UFMA).

Possui doutorado em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Maranhão (2016). Possui Mestrado em Sociologia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2002). Possui graduação em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Maranhão (1998).). É autora do livro: Muita terra para pouco índio? O processo de demarcação da Terra Indígena Krikati. É pesquisadora do Grupo de Pesquisa Estado Multicultural e Políticas Públicas (CNPq/DESOC/UFMA). Tem experiência na área de Antropologia, atuando em pesquisas na área de Políticas Indigenistas de Terra, Relações Interétnicas e Etnologia. Atualmente, pesquisa movimentos identitários de caráter étnico na forma de processos de etnogênese no Maranhão. Desenvolve também pesquisa sobre a pandemia da COVID-19, compondo juntamente com outros pesquisadores o Coletivo Mururu/Rede (CO) Vida de Mapeamento da Covid-19 entre os Povos Indígenas no Maranhão.

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Publicado

2021-08-30

Como Citar

AMORIM OLIVEIRA, A. C.; ARAÚJO, D. D.; FOLHES, R. T.; CORREA, K. N. F. ESTRATÉGIAS DE VISIBILIDADE EM CONTEXTO PANDÊMICO: O MAPEAMENTO DA PANDEMIA DA COVID-19 ENTRE POVOS INDÍGENAS NO MARANHÃO. Espaço Ameríndio, Porto Alegre, v. 15, n. 2, p. 98, 2021. DOI: 10.22456/1982-6524.116828. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/EspacoAmerindio/article/view/116828. Acesso em: 18 abr. 2024.

Edição

Seção

DOSSIÊ