A ressignificação da praça pública e do sebo como lugares de mediação cultural

Autores

  • Hélio Márcio Pajeú Universidade Federal de Pernambuco
  • Ana Carolina Correia Sobral Universidade Federal de Pernambuco

DOI:

https://doi.org/10.19132/1808-5245251.239-266

Palavras-chave:

Mediação cultural. Leitura. Espaços públicos. Praça do sebo. Recife.

Resumo

O trabalho apresenta parte de uma pesquisa etnometodológica, iniciada em julho de 2013, acerca da Praça do Sebo, localizada no centro da cidade do Recife, que desde 1981 abriga alfarrabistas, distribuídos em 19 boxes, tornando-se um espaço único na cidade para venda de livros antigos, novos, raros e usados. Procurou-se entender o conceito de praça pública e sua importância para a configuração da cidadania, a fim de estabelecer uma possibilidade de ressignificação dos espaços urbanos a partir da mediação cultural. Situa historicamente a relação dos sebos e livreiros com o espaço na construção de memórias coletivas e aborda a problemática do bibliotecário como produtor e mediador de cultura. Apresenta as práticas do projeto #MovimentePraçaDoSebo e alguns resultados alcançados, relatando as experiências e ações culturais já realizadas ao longo de seu desenvolvimento.

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Biografia do Autor

Hélio Márcio Pajeú, Universidade Federal de Pernambuco

Centro de Artes e Comunicação, Departamento de Ciência da Informação, Serviços de Informação

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Publicado

2019-01-01

Como Citar

PAJEÚ, H. M.; SOBRAL, A. C. C. A ressignificação da praça pública e do sebo como lugares de mediação cultural. Em Questão, Porto Alegre, v. 25, n. 1, p. 239–266, 2019. DOI: 10.19132/1808-5245251.239-266. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/EmQuestao/article/view/81463. Acesso em: 28 mar. 2024.

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