Estudo bibliométrico sobre moda em teses e dissertações na área das Ciências da Comunicação
DOI:
https://doi.org/10.19132/1808-5245273.251-274Palavras-chave:
Organização da Informação, Bibliometria, Teses e Dissertações, Comunicação, Moda.Resumo
A recente institucionalização da moda como objeto de estudo no campo científico e acadêmico e o crescente interesse no assunto observado em diversas áreas são as premissas desta bibliometria de teses e dissertações. O objetivo é dimensionar e caracterizar a produção tendo como escopo os programas de Pós-Graduação em Comunicação no Brasil, explorando quantitativamente como essa área, em particular, fomentou o debate sobre o assunto na academia. Para tanto, o trabalho passa por duas discussões principais: pela relação entre a moda e os estudos dos consumos na área da comunicação, e pela bibliometria e o uso de ferramentas computacionais para a visualização e comunicação de resultados. O período delimitado para o corpus de análise é entre os anos de 2006 e 2018, em que foi observado crescimento da produção sobre o tema. Além de demonstrar a evolução da produção neste período, os resultados apresentam as instituições e os pesquisadores de destaque e relacionam as palavras-chave mais utilizadas, vislumbrando tendências de pesquisa.
Downloads
Referências
ALARCÓN, Eduardo Villena. La producción científica españolaen moda a través de lãs tesis doctorales. Revista Prisma Social, Madrid, n. 24, p. 209-232, 2019.
ARAÚJO, Carlos A. Bibliometria: evolução histórica e questões atuais. Em Questão, Porto Alegre, v. 12, n. 1, p. 11-32, 2006.
BARBOSA, Livia; CAMPBELL, Colin. O estudo do consumo nas ciências sociais contemporâneas. Cultura, consumo e identidade. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2006.
BEDERSON, Benjamin B.; SHNEIDERMAN, Ben. The craft of information visualization: readings and reflections. Burlington: Morgan Kaufmann, 2003.
BONADIO, Maria Claudia. A produção acadêmica sobre moda na pós-graduação stricto sensu no Brasil. Iara – Revista de Moda, Cultura e Arte, São Paulo, v.3, n. 3, p. 50 – 146, dez. 2010.
BORGMAN, Christine. Bibliometrics and Scholarly Communication. Communication Research, California, p. 583–599, Oct. 1989.
BORGMAN, Christine; FURNER, Jonathan. Scholarly Communication and Bibliometrics. Annual Review of Information Science and Technology, USA, v. 36, n. 1, p. 3 – 72, Feb. 2002.
BOURDIEU, Pierre, O campo científico. In: ORTIZ, Renato (org.). Pierre Bourdieu. São Paulo: Ática, 1983.
BOURDIEU, Pierre; CHAMBOREDON, Jean-Claude; PASSERON, Jean-Claude. A profissão de sociólogo: preliminares epistemológicas. Petrópolis: Vozes, 1999.
BRAGA, José Luiz. Os estudos de interface como espaço de construção do Campo da Comunicação. Revista Contracampo, Niterói, n. 10/11, p. 219-236, 2004.
CAFÉ, Ligia Maria Arruda; BRÄSCHER, Marisa. Organização da informação e bibliometria. Encontros Bibli: revista eletrônica de biblioteconomia e ciência da informação, Florianópolis, p. 54-75, jan. 2008.
CAMARGO, Brigido Vizeu; JUSTO, Ana Maria. Tutorial para uso do software de análise textual IRAMUTEQ. Universidade Federal de Santa Catarina, 2013.
CHEN,Chaomei. Informationvisualization: beyond the horizon. Springer: Verlag London, 2006.
CÔRTES, Pedro Luiz; RODRIGUES, Rosely. A bibliometric study on “education for sustainability”. Brazilian Journal of Science and Technology, [s.l.], v. 3, n. 1, p. 8, 2016.
FUNARO, Vânia Martins Bueno de Oliveira; NORONHA, Daisy Pires. Literatura cinzenta: canais de distribuição e incidência nas bases de dados. In: Comunicação e produção científica: contexto, indicadores, avaliação. Dinah Aguiar Poblacion, Geraldina Porto Witter, José Fernando Modesto da Silva (org.). São Paulo: Angellara, 2006.
KOBASHI, Nair Yumiko; DOS SANTOS, Raimundo Nonato Macedo. Arqueologia do trabalho imaterial: uma aplicação bibliométrica à análise de dissertações e teses. Encontros Bibli: revista eletrônica de biblioteconomia e ciência da informação, Florianópolis, v. 13, n. 1, p. 106-115, 2008.
LARA, Marilda Lopes Ginaz. Termos e conceitos da área de comunicação e produção científica. In: Comunicação e Produção Científica: Contextos, Indicadores e Avaliação. Dinah Aguiar Poblacion, Geraldina Porto Witter, José Fernando Modesto da Silva (org.). São Paulo: Angellara, 2006.
LOPES, Maria ImmacolataVassallo de. Sobre o estatuto disciplinar do campo da comunicação. Epistemologia da comunicação. São Paulo: Loyola, 2003.
LOPES, Maria ImmacolataVassallo de. Reflexividade e relacionismo como questões epistemológicas na pesquisa empírica em comunicação. In: Pesquisa empírica em comunicação. José Luiz Braga, Maria ImmacolataVassallo de Lopes, Luiz Claudio Martino (org.).São Paulo: Paulus, 2010.
LOPES, Sílvia et al. A Bibliometria e a Avaliação da Produção Científica: indicadores e ferramentas. In: Actas do congresso Nacional de bibliotecários, arquivistas e documentalistas. Lisboa: Associação Portuguesa de Bibliotecários, Arquivistas e Documentalistas, 2012.
MARICATO, João de Melo; NORONHA, Daysi Pires. Indicadores bibliométricos e cientométricos em CT&I: apontamentos históricos, metodológicos e tendências de aplicação. In: Bibliometria e cientometria: reflexões teóricas e interfaces. Maria Christina Piumbato Innocentini.Hayashi et al.(org.). São Carlos: Pedro & João Editores, 2013.
McCRACKEN, Grant.Cultura & Consumo: novas abordagens ao caráter simbólico dos bens e atividades de consumo. Rio de Janeiro: Mauad, 2003.
OLIVEIRA, Paulo Felipe de; GUERRA, Saulo; MCDONNELL,Robert.Ciência de dados com R: Introdução. Brasília: Editora IBPAD, 2018.
PERES-NETO, Luiz. Teorias da comunicação e o consumo: algumas conjecturas teóricas e prospecções. In: Encontro Anual daCompós, 25., Goiânia, Anais [...]. Universidade Federal de Goiás: GT Consumos e Processos de Comunicação, 2016.
PRADO, Luís André. Gilda de Mello e Souza e a emergência do campo da moda no Brasil (1800-1990). Revista de História, São Paulo, n. 178, p. 1-31, 2019.
QUEVEDO-SILVA, Filipe et al. Estudo bibliométrico: orientações sobre sua aplicação. Revista Brasileira de Marketing, São Paulo, v. 15, n. 2, p. 246-262, 2016.
RAINHO, Maria Do Carmo Teixeira; VOLPI, Maria Cristina. Looking at Brazilian fashion studies: Fifty years of research and teaching. International Journal of Fashion Studies, London, v. 5, n. 1, p. 211-226, 2018.
RESEARCH IN BRAZIL: Funding excellence. Analysis prepared on behalf of CAPES by the Web of Science Group. Jornal da USP, São Paulo, 05 set. 2019.
SILVA, Edna Lucia da; CAFÉ, Ligia Maria Arruda; TREVISOLNETO, Orestes. A institucionalização científica do campo da moda no Brasil. ECCOM, Lorena, v. 8, n. 15, p. 133 – 152, jan./jun. 2017.
SODRÉ, Muniz. A ciência do comum. Petrópolis: EditoraVozes, 2014.
TREVISOL NETO, Orestes. A institucionalização científica do campo da Moda no Brasil: estudo baseado nas instituições, produtores e produtos científicos. 2015. 191 f. Dissertação (Mestrado em Ciência da Informação) -Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2015.
TRINDADE, Eneus. Tendências sobre publicidade e consumo em revistas científicas da comunicação Qualis A2 entre 2006 e 2017. Signos do Consumo, São Paulo, v. 11, n. 2, p. 114-125, 2019.
WHITLEY, Richard. Cognitive and social institucionalization of scientific specialities and research. In: WHITLEY, Richard (ed.). Social process of scientific development. London: Routledge and Kegan, 1974.
YALE, Laura., GILLY, Mary C. Trends in Advertising Research: A Look at the Content of marketing-Oriented Journalsfrom 1976 to 1985. Journal of Advertising, USA, v. 17, n. 1 p. 12-22, 1988.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Eneus Trindade, Priscila Rezende Carvalho, Francisco Carlos Paletta
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution (CC BY 4.0), que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista, como publicar em repositório institucional, com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Os artigos são de acesso aberto e uso gratuito. De acordo com a licença, deve-se dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Não é permitido aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.