Memória, identidade e digitalização de bens culturais: o legado da Missão de Pesquisas Folclóricas no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.19132/1808-5245260.181-205Palavras-chave:
Patrimônio, Digitalização, Memória, Identidade Cultural, Missão de Pesquisas FolclóricasResumo
O artigo resgata uma iniciativa inédita e visionária. Em 1938, Mário de Andrade constata a necessidade de registrar manifestações culturais populares sob o risco de desaparecer com a crescente urbanização do país e envia uma equipe ao Norte e Nordeste do Brasil para a Missão de Pesquisas Folclóricas. O grupo reúne um legado por meio de registros sonoros e audiovisuais. Passados mais de sessenta anos, o material foi digitalizado e hoje é um dos mais importantes registros culturais brasileiros. O estudo aponta essa diligência como percursora em busca de uma consciência preservacionista em solo brasileiro, já que preconiza a importância do registro de materiais sobre patrimônios culturais e sua enorme relevância para a preservação de memórias e identidades. Deste modo, o objetivo do artigo é alumbrar sobre os novos procedimentos de conservação, divulgação e difusão de bens culturais na contemporaneidade. A metodologia empregada é analisar tanto a formatação de um produto físico com materiais digitalizados quanto o desenvolvimento de uma plataforma web com possibilidades significativas para a preservação e difusão de bens culturais. O estudo recorre a teoria da modernidade tardia para dissertar sobre o caráter de continuidade de tradições que são reincorporadas e reinventadas no ciberespaço. Os resultados da pesquisa buscam ampliar o debate sobre a importância da digitalização de documentos sobre patrimônios culturais e sua consequente preservação. Conclui-se, portanto, que a digitalização pode tornar-se um repositório capaz de conservar e difundir os valores culturais de um patrimônio, contribuindo com a preservação de memórias e a formação de identidades.Downloads
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