As contradições da agenda da política externa venezuelana para a integração regional entre 2004 e 2012
DOI:
https://doi.org/10.22456/2178-8839.97683Palavras-chave:
Venezuela, Integração Bolivariana, Capitalismo Dependente, Subdesenvolvimento, Integração Regional, Diplomacia petroleiraResumo
Este artigo objetiva analisar a plataforma de política externa venezuelana (PEV) para a integração regional entre 2004 e 2012, no contexto do governo de Hugo Chávez Frías. Para tal, a análise considera as contradições implicadas entre as possibilidades advindas da renda petroleira para financiar um projeto de integração latino-americanista e os limites de consolidação deste ante as dificuldades de superação do rentismo e do subdesenvolvimento como traço estrutural de uma economia dependente. A hipótese aqui aventada é a de que o Estado venezuelano fez uso da diplomacia petroleira para impulsionar seu projeto de integração anti-imperialista e latino-americanista. A pesquisa, de cunho qualitativo e caráter exploratório, centrou-se na análise bibliográfica e documental: exame de documentos oficiais do Ministerio del Poder Popular para las Relaciones Exteriores e de dados da economia venezuelana. Os resultados encontrados apontam que a integração bolivariana ocupou um lugar central na agenda da PEV e que os limites para sua consolidação derivam da forte vinculação entre a implementação desse modelo de integração e a renda petroleira.
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