Conjuntura Austral
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<p style="text-align: justify;">A Conjuntura Austral: Journal of the Global South é uma publicação trimestral, criada em 2010, em Porto Alegre, Brasil, pelo Programa de Pós-Graduação em Estudos Estratégicos Internacionais (PPGEEI) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), uma instituição sem fins lucrativos, pública e voltada ao ensino e à pesquisa. A revista publica, trimestralmente, trabalhos de Relações Internacionais com foco nos países que integram o Hemisfério Sul, tendo como área geográfica de abrangência a África, a Ásia e a América Latina, na perspectiva dos grandes temas das relações internacionais, especialmente as agendas de segurança, diplomacia e desenvolvimento. As contribuições publicadas pela revista são na forma de Análises de Conjuntura, Artigos de Pesquisa e Resenhas Bibliográficas, podendo ser escritas em português, inglês ou espanhol. Tem como público alvo pesquisadores, especialistas e pós-graduandos e graduandos da área de Relações Internacionais.</p><p style="text-align: justify;">A Conjuntura Austral não cobra taxas de publicação dos autores, e disponibiliza todo o conteúdo de suas publicações em formato digital e de forma gratuita.</p><p style="text-align: justify;">A revista aceita a submissão de trabalhos depositados (de maneira prévia ou simultânea à submissão) em servidores de preprint.</p><p style="text-align: justify;">As contribuições publicadas pela revista são submetidas à avaliação científica, utilizando o sistema de revisão por pares, que será na modalidade duplo-cego para manuscritos inéditos.</p><p style="text-align: justify;"> </p><p style="text-align: center;">DOI: <a href="https://doi.org/10.22456/2178-8839"><span style="color: #a4386b;">10.22456/2178-8839</span></a></p>UFRGSpt-BRConjuntura Austral2178-8839<p style="text-align: justify;">Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:</p><p style="text-align: justify; padding-left: 30px;"><strong>a.</strong> Autores(as) mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a <a href="https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0" rel="noopener" target="_blank">Licença Internacional Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0</a>, que permite seu uso, distribuição e reprodução em qualquer meio, bem como sua transformação e criações a partir dele, desde que o(a) autor(a) e a fonte originais sejam creditados. Ainda, o material não pode ser usado para fins comerciais, e no caso de ser transformado, ou servir de base para outras criações, estas devem ser distribuídas sob a mesma licença que o original.</p><p style="text-align: justify; padding-left: 30px;"><strong>b.</strong> Autores(as) têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.</p><p style="text-align: justify; padding-left: 30px;"><strong>c.</strong> Autores(as) têm permissão para publicar, nos repositórios considerados pela Conjuntura Austral, a versão preprint dos manuscritos submetidos à revista a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja <a href="http://opcit.eprints.org/oacitation-biblio.html" rel="noopener" target="_blank">O Efeito do Acesso Livre</a>).</p><p style="text-align: justify; padding-left: 30px;"><strong> d.</strong> Autores(as) têm permissão e são incentivados(as) a publicar e distribuir online (em repositórios institucionais e/ou temáticos, em suas páginas pessoais, em redes ou mídias sociais, etc.) a versão posprint dos manuscritos (aceitos e publicados), sem qualquer período de embargo.</p><p style="text-align: justify; padding-left: 30px;"><strong>e.</strong> A <em>Conjuntura Austral: journal of the Global South</em>, imbuída do espírito de garantir a proteção da produção acadêmica e científica regional em Acesso Aberto, é signatária da <a href="http://www.accesoabiertoalyc.org/declaracion-mexico-pt/" rel="noopener" target="_blank">Declaração do México sobre o uso da licença Creative Commons BY-NC-SA para garantir a proteção da produção acadêmica e científica em acesso aberto</a>.</p>A Moeda Digital Chinesa:
https://www.seer.ufrgs.br/index.php/ConjunturaAustral/article/view/127669
<p>O pioneirismo da China na criação de uma moeda digital emitida pelo Banco Central (CBDC na sigla em inglês) abre inúmeras perguntas sobre suas implicações para a dinâmica de poder mundial. Neste contexto, o objetivo deste artigo é analisar de quais maneiras o renminbi digital (e-CNY) pode representar uma ameaça ao poder estrutural do dólar no sistema internacional e discutir seus principais limites. Recorremos ao arcabouço conceitual do poder estrutural do dólar para a hegemonia estadunidense e salientamos as repercussões políticas provenientes dessa centralidade. Em seguida, escrutinamos a digitalização chinesa tanto do ponto de vista monetário e operacional quanto das iniciativas em torno da Rota da Seda Digital, entendendo que esta última contempla múltiplos instrumentos (de infraestrutura, tecnologia, comércio digital e governança do ciberespaço) que sustentam a disseminação do e-CNY. Este artigo argumenta que o lançamento do e-CNY pode fornecer no longo prazo um novo ímpeto à internacionalização do renminbi para ascender na hierarquia monetária internacional via sua promoção nos pagamentos regionais, sobretudo no setor de e-commerce. No entanto, isso não afeta a posição estrutural do dólar no curto prazo porque os limites para uma expansão expressiva do e-CNY no Sistema Monetário Internacional continuam sendo muito significativos.</p>Alba BoaventuraIsabela NogueiraBruno de Conti
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2023-03-302023-03-30146572010.22456/2178-8839.127669Os erros de Merkel na política externa alemã em relação à Rússia
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<p>A política externa alemã voltada a Moscou durante o governo Merkel foi criticada por não ter dissuadido a Rússia a não cometer novas agressões contra a Ucrânia. O objetivo do artigo é analisar em que medida a Chanceler alemã errou na condução de sua política externa em relação à Rússia levando em consideração a Ostpolitik (uma política de Estado da Alemanha Ocidental direcionada ao Leste Europeu), a interdependência entre Alemanha e Rússia no setor de energia (com a participação de companhias de gás natural de ambos os países) e a função de ator mediador exercida por Berlim na crise de Ucrânia, com as assinaturas dos acordos de Minsk no âmbito do Grupo de Normandia. O método empregado é o <em>process tracing</em>, para análise da trajetória causal dos fatos ligados a Ostpolitik, a interdependência e a mediação. Conclui-se que Merkel errou em não reduzir a dependência alemã do gás natural russo, no entanto, a atuação geral da política externa da Alemanha não foi errônea ao considerar as relações com a Rússia no longo prazo, para a construção de uma arquitetura de segurança europeia mais estável.</p>Robson Cunha Rael
Copyright (c) 2023 Robson Cunha Rael
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2023-03-302023-03-301465213110.22456/2178-8839.127738Rússia e a Guerra Civil Síria
https://www.seer.ufrgs.br/index.php/ConjunturaAustral/article/view/128336
<p>O trabalho analisa o posicionamento da Rússia no Conselho de Segurança da ONU durante a Guerra Civil Síria. Nesse cenário, é esperado um posicionamento do CSNU e ações para solucionar o caso. Há uma falta de consenso entre os membros do CSNU e a Rússia teve papel central, pois participou do conflito em 2015 e apoia Bashar al-Assad. Por esse papel importante, buscamos explorar as possíveis motivações e interesses russos que levaram à falta de consenso no CSNU em relação ao conflito sírio à luz de uma leitura realismo ofensivo. Inicialmente apresentamos o conflito sírio e os seus atores; em seguida, abordamos a política externa russa e seus interesses; por fim, exploramos o posicionamento russo no CSNU durante o conflito. Como base metodológica, partimos de uma análise exploratória-descritiva com coleta de dados e pesquisa documental fundamentada nas resoluções do CSNU nos anos de 2012-2020. Em conclusão, destacamos que a Síria é parte central da política externa russa, com dimensões econômicas e estratégicas que ultrapassam a questão do conflito. Enquanto a Rússia continua a proteger um de seus aliados na região a Síria recebe por sua vez o apoio político e diplomático para suas ações no cenário internacional.</p>Marcos Alan S. V. FerreiraEvellin C. da Silva
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2023-03-302023-03-301465324810.22456/2178-8839.128336A ascensão da direita radical no Leste Europeu e a perseguição aos direitos LGBTQIA+
https://www.seer.ufrgs.br/index.php/ConjunturaAustral/article/view/128886
<p>O presente artigo visa evidenciar a relação entre a ascensão da direita radical no Leste Europeu, a partir da década de 1990 e o descumprimento de direitos LGBTQIA+ na Hungria (2012-2022) e Polônia (2015-2022). Ademais, fazendo uso da metodologia qualitativa explicativa, vinculada à ferramenta analítica de estudo comparativo, tem-se como objetivos específicos: (I) expor os principais eventos a nível doméstico e internacional diretamente relacionados à ascensão da direita radical na região; (II) destacar as similaridades e diferenças acerca das narrativas envolvendo os direitos LGBTQIA+ nos dois países; (III) evidenciar as respostas internacionais para com essas infrações de direitos. Assim, a pergunta-problema caracteriza-se como: por que a direita radical do Leste Europeu passou a adotar com tanta veemência a perseguição aos direitos da população LGBTQIA+ como parte de suas agendas políticas no século XXI? Portanto, a hipótese é que a transnacionalização da luta LGBTQIA+ é compreendida por alguns segmentos da Sociedade Internacional enquanto uma forma de imposição ideológica do Ocidente e, por isso, deve ser combatida em defesa da cultura e valores locais.</p>Maiko Jhonata De Araújo GomesLucas Lira de Menezes
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2023-03-302023-03-301465496010.22456/2178-8839.128886A influência da vulnerabilidade climática no comportamento de países do G20 em relação ao Acordo de Paris
https://www.seer.ufrgs.br/index.php/ConjunturaAustral/article/view/129165
<p>Os estudos sobre a relação entre vulnerabilidade climática e o comportamento dos Estados no âmbito internacional têm se ampliado. Em se tratando dos principais atores do Regime Internacional de Mudança do Clima (RIMC), destacam-se os países do G20, maiores economias mundiais e responsáveis por cerca de 80% das emissões atuais de GEE. Neste artigo, o questionamento orientador indaga qual a influência da vulnerabilidade climática dos países do G20 quanto ao comportamento em relação ao Acordo de Paris? Por meio de uma revisão de literatura e análise das NDCs, relacionou-se estas informações com dados sobre a vulnerabilidade climática de quatro países conforme o Índice de Adaptação Global da Universidade de Notre Dame (ND-Gain). Constatou-se que o Reino Unido e a Alemanha, países menos vulneráveis, sofreram com o aumento de vulnerabilidade em áreas como Alimento, Saúde, possivelmente devido ao aumento da temperatura e falta de planos adaptativos. Quanto aos dois países mais vulneráveis, Índia e Indonésia, mesmo mais necessitados do RIMC quanto ao financiamento, possuem programas adaptativos mais eficientes.</p>Victor NascimentoCarolinna Maria
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2023-03-302023-03-301465617410.22456/2178-8839.129165Sistema mundial com características chinesas:
https://www.seer.ufrgs.br/index.php/ConjunturaAustral/article/view/129513
<p>No atual século, com a ascensão chinesa e a sua crescente participação na economia e no sistema político mundial, há o desenvolvimento de uma influente perspectiva chinesa das relações internacionais. Nas últimas quatro décadas, movimentos da intelectualidade chinesa promoveram o surgimento de visões próprias, nacionais, do sistema mundial. Este artigo destaca três vertentes da filosofia política chinesa para o sistema internacional: o Tudo Sob o Céu (<em>Tianxia</em>), a dialética <em>Zhongyong</em> e o Realismo Moral como elementos teóricos formuladores de uma perspectiva de sistema mundial com características chinesas. O objetivo, portanto, é analisar, a partir do seu processo histórico de ascensão, como estas correntes de pensamento para uma ordem internacional são resultado da formação social e do Estado chinês, e como estas diferenciam-se das tradições da filosofia política ocidental e suas bases epistemológicas. Estas vertentes se projetam em termos de ideias e instituições para uma perspectiva chinesa de ordem internacional no século XXI.</p>Lucas Gualberto do Nascimento
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2023-03-302023-03-301465758610.22456/2178-8839.129513La CELAC y la Alianza del Pacífico en la diversificación de las relaciones económicas internacionales de México (2009-2019)
https://www.seer.ufrgs.br/index.php/ConjunturaAustral/article/view/129563
<p>El artículo cuestiona las posibilidades de diversificación del comercio exterior de México a través de iniciativas diplomáticas amplias hacia América Latina, frecuentemente señalada como un contrapeso al rol histórico de los Estados Unidos. Para eso, analisa los resultados de la participación mexicana en la Comunidad de Estados Latinoamericanos y Caribeños (CELAC) y en la Alianza del Pacífico (AP) en términos de diversificación del origen y destino de sus exportaciones e importaciones entre los años 2009-2019. A partir del análisis de documentos y estadísticas oficiales de México y de la revisión de literatura, debatimos la hipótesis de que la participación de México en estas iniciativas no resultó en diversificación del comercio exterior hacia América Latina y el Caribe pues el comercio intrarregional disminuyó en el período. Los datos muestran que la región se volvió menos representativa en el comercio exterior de México, que se mantuvo concentrado en Estados Unidos. Se concluye que la participación de México en estas dos iniciativas comprueba que la diversificación comercial no es posible con iniciativas amplias y generales. La diversificación apareció como discurso retórico, posiblemente para atender a los objetivos de legitimación de la política interna, sin estrategias ni planes concretos para lograrla.</p>Marcela FranzoniCarlos Eduardo Carvalho
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2023-03-302023-03-301465879910.22456/2178-8839.129563