TY - JOUR AU - Machado, Pedro Lange Netto PY - 2020/11/15 Y2 - 2024/03/28 TI - Agências de rating e desenvolvimentismo: há espaço para conciliação? JF - Conjuntura Austral JA - Conjuntura Austral VL - 11 IS - 56 SE - ARTIGOS DO - 10.22456/2178-8839.100528 UR - https://seer.ufrgs.br/index.php/ConjunturaAustral/article/view/100528 SP - 20 - 35 AB - O artigo analisa o comportamento das agências de <em>rating</em> frente a implementação de políticas desenvolvimentistas pelos governos de Lula da Silva e Dilma Rousseff. Busca-se, a partir de uma perspectiva pós-keynesiana, associada a observações teóricas e empíricas da literatura acerca da integração de economias emergentes à globalização financeira e da atuação das agências no sistema financeiro internacional, compreender as restrições impostas por essas empresas a políticas econômicas alternativas à ortodoxia neoliberal que propagam e que orientam suas avaliações. A hipótese subjacente é que o caráter pró-cíclico de sua atuação abre espaço para que tolerem ou mesmo estimulem a adoção de um instrumental desenvolvimentista em momentos específicos de crescimento econômico. Isto é sugerido pelos <em>ratings</em> que atribuíram aos governos em questão quando da adoção de estratégias novo ou social-desenvolvimentistas por determinados períodos, sendo também observado a partir dos relatórios que publicaram e demais manifestações de seus executivos. Pretende-se, com o trabalho, refletir sobre as perspectivas de implementação de estratégias desenvolvimentistas no contexto de globalização financeira, assim como mais bem compreender o propósito e o <em>modus operandi</em> das agências de <em>rating</em>, que despontam como atores ainda pouco explorados academicamente. ER -