@article{de Jesus_2014, title={Além do espírito de Xangai? As políticas externas da Rússia e da China e o balenceamento brando}, volume={5}, url={https://seer.ufrgs.br/index.php/ConjunturaAustral/article/view/46453}, DOI={10.22456/2178-8839.46453}, abstractNote={<p>Os objetivos do artigo são analisar os principais fatores que orientam as políticas externas da Rússia e da China na contemporaneidade e explicar por que ambas decidiram apoiar a criação e o desenvolvimento da Organização de Cooperação de Xangai. Argumenta-se que uma das principais orientações da política externa da Rússia é a busca de contratos exclusivos para as exportações na área energética a preços altos, além de acordos para o controle russo sobre dutos estratégicos e arranjos de investimento para companhias russas no exterior. Ademais, a Rússia se opôs a políticas ocidentais de democratização nos Estados pós-soviéticos e procurou desenvolver parcerias com líderes de Estados vizinhos estrategicamente importantes na construção de suas áreas de interesse. As principais orientações da política externa da China são a sobrevivência do regime comunista; a consolidação de territórios contestados sob o firme controle chinês e a prevenção de conflitos que criariam obstáculos na busca de modernização econômica. A política externa chinesa opera para uma participação mais ativa do Estado nas instituições internacionais, essencial para a manutenção do crescimento econômico robusto e importante para a estabilidade social e a legitimidade política do Partido Comunista Chinês. Ainda que a convergência de posições entre a China e a Rússia não seja total e que ambas pretendam garantir seus interesses próprios na Ásia Central, a principal força que explica a criação e o desenvolvimento da Organização de Cooperação de Xangai é a implementação de uma estratégia de balanceamento brando por ambas ao poder e à influência regionais e mundiais dos EUA quando ameacem seus objetivos. Porém, nem sempre tal balanceamento mostrou-se bem sucedido em face da dificuldade de Rússia e China em resolver seus problemas de ação coletiva.</p>}, number={24}, journal={Conjuntura Austral}, author={de Jesus, Diego Santos Vieira}, year={2014}, month={jul.}, pages={45–78} }