A mulher militar no Brasil no século XXI: uma análise com base nos sete indicadores propostos por Helena Carreiras (2006)
DOI:
https://doi.org/10.22456/2178-8839.113848Palavras-chave:
Mulher Militar, Forças Armadas, Defesa,Resumo
O objetivo deste artigoé realizar uma apreciação do estágio no qual se encontra a incorporação da mulher militar no Brasil na segunda década dos anos 2000, a partir de dados fornecidos pelos três comandos das Forças Armadas e do Ministério da Defesa. Partindo da compreensão que o sexo feminino nas Forças Armadas é um dos elementos que compõe as relações civis-militares, analisa-se, com base nos indicadores estabelecidos por Carreiras (2006), a i) a porcentagem da mulher no total da Força ativa; ii) a distribuição das mulheres militares em funções; iii) as restrições formais para funções de combate; iv) as restrições formais de categorias; v) a porcentagem de mulher na categoria de oficiais; vi) a segregação em treinamento básico; e vii) os programas para a integração de gênero. Ao fim, conclui-se que a mulher ainda não está satisfatoriamente integrada às Forças Armadas do Brasil, seja em termos quantitativos ou qualitativos, porque elas não ocupam, em sua totalidade, os cargos e funções das Forças Armadas.
Downloads
Referências
DE ARAÚJO ALMEIDA, Vítor Hugo. Mulheres nas Forças Armadas Brasileiras: situação atual e perspectivas futuras. Estudo para Consultoria Legislativa, 2015.
BRASIL. PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA. (Ed.). LEI No 6.622, DE 09 DE JUNHO DE 1987: Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos. 1987.
BRASIL. PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA. (Ed.). LEI Nº 12.705, DE 8 DE AGOSTO DE 2012: Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos. 2012.
BURK, James. Theories of democratic civil-military relations. Armed Forces & Society, v. 29, n. 1, p. 7-29, 2002.
CARREIRAS, Helena. Gender and the military: Women in the armed forces of western democracies. Routledge, 2006.
CARREIRAS, Helena. Gender and civil-military relations. Gender and civil-military relations, n. 1, p. 1-18, 2015.
GIANNINI, Renata; LIMA, Mariana; PEREIRA, Pérola. Brazil and UN Security Council Resolution 1325. Prism, v. 6, n. 1, p. 178-197, 2016.
HUFFMAN, Ann H.; CULBERTSON, Satoris S.; BARBOUR, Joseph. Gender roles in a masculine occupation: Military men and women’s differential negotiation of the work–family interface. In: Gender and the work-family experience. Springer, Cham, 2015. p. 271-289.
KING, Erika Lee; DINITTO, Diana M. Historical policies affecting women’s military and family roles. International Journal of Sociology and Social Policy, 2019.
MATHIAS, Suzeley; ADÃO, M. Mulheres e vida militar. Cadernos Adenauer, v. 14, n. 3, p. 145-165, 2013.
MOORE, Brenda L. Introduction to Armed Forces & Society: Special issue on women in the military. 2017.
PENIDO, Ana; MATHIAS, Suzeley Kalil. Profissionalizar, um verbo transitivo. Perseu: História, Memória e Política, n. 18, 2019.
SCHWETHER, Natália Diniz et al. AGORA É QUE SÃO ELAS: Desvendando o processo de incorporação das mulheres nas Forças Armadas de Brasil e Argentina. 2016.
SCHWETHER, Natália. SOBRE GÊNERO: uma Análise Qualitativa Comparada das Políticas de Defesa dos países Sul-Americanos. REVISTA BRASILEIRA DE ESTUDOS ESTRATÉGICOS, v. 12, n. 23, 2020.
SEGAL, Mady Wechsler. The military and the family as greedy institutions. Armed forces & society, v. 13, n. 1, p. 9-38, 1986.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a. Autores(as) mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Internacional Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0, que permite seu uso, distribuição e reprodução em qualquer meio, bem como sua transformação e criações a partir dele, desde que o(a) autor(a) e a fonte originais sejam creditados. Ainda, o material não pode ser usado para fins comerciais, e no caso de ser transformado, ou servir de base para outras criações, estas devem ser distribuídas sob a mesma licença que o original.
b. Autores(as) têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c. Autores(as) têm permissão para publicar, nos repositórios considerados pela Conjuntura Austral, a versão preprint dos manuscritos submetidos à revista a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
d. Autores(as) têm permissão e são incentivados(as) a publicar e distribuir online (em repositórios institucionais e/ou temáticos, em suas páginas pessoais, em redes ou mídias sociais, etc.) a versão posprint dos manuscritos (aceitos e publicados), sem qualquer período de embargo.
e. A Conjuntura Austral: journal of the Global South, imbuída do espírito de garantir a proteção da produção acadêmica e científica regional em Acesso Aberto, é signatária da Declaração do México sobre o uso da licença Creative Commons BY-NC-SA para garantir a proteção da produção acadêmica e científica em acesso aberto.