UM ENSAIO SOBRE OS PROGRAMAS DE PESQUISA LAKATOSIANOS E A METODOLOGIA DA ECONOMIA NEOCLÁSSICA: CONTRIBUIÇÕES E CRÍTICAS

Autores

  • Ricardo Agostini Martini BNDES

DOI:

https://doi.org/10.22456/2176-5456.23995

Palavras-chave:

Metodologia da economia. Imre Lakatos. Falsificacionismo. História do pensamento econômico.

Resumo

A obra de Imre Lakatos procurou proporcionar um refinamento à abordagem falsificacionista popperiana, que o inspirou, mediante a incorporação de conceitos desenvolvidos por Thomas Kuhn, mas sem negar algumas das hipóteses clássicas do falsificacionismo, como os critérios demarcacionistas e a ênfase na investigação e nos testes empíricos. As principais ideias do autor consistem na noção de programa de pesquisa como uma estrutura dotada de um núcleo irredutível de hipóteses básicas das teorias levantadas, protegido por um cinturão protetor de hipóteses auxiliares e por heurísticas positivas e negativas que guiam o processo de investigação científica. O pensamento de Lakatos foi discutido na metodologia da economia por parecer defender boa parte do trabalho teórico e empírico dessa profissão. Contudo, apesar de um entusiasmo inicial, a aplicação dos programas de pesquisa lakatosianos na ciência econômica passaram a ser criticados pela bibliografia em geral a partir dos anos 1980. Parte dessas críticas dirigiu-se diretamente a Lakatos; outra se dirigiu ao pensamento falsificacionista; e outras atacaram os próprios critérios demarcacionistas da metodologia científica. O presente estudo busca realizar uma revisão bibliográfica sobre os principais pontos destacados nesse debate.

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Biografia do Autor

Ricardo Agostini Martini, BNDES

Economista do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Graduado em Ciências Econômicas pela UFRGS (2002-2006); Mestre em Economia pelo Cedeplar-UFMG (2007-2009).

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Publicado

2014-09-02

Como Citar

Martini, R. A. (2014). UM ENSAIO SOBRE OS PROGRAMAS DE PESQUISA LAKATOSIANOS E A METODOLOGIA DA ECONOMIA NEOCLÁSSICA: CONTRIBUIÇÕES E CRÍTICAS. Análise Econômica, 32(62). https://doi.org/10.22456/2176-5456.23995