O IMPACTO DA DISPUTA COMERCIAL ENTRE OS ESTADOS UNIDOS E A CHINA NO AGRONEGÓCIO BRASILEIRO

Autores

  • Elisangela Gelatti Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq) - Universidade de São Paulo (USP), Departamento de Economia. Piracicaba, São Paulo, Brasil. http://orcid.org/0000-0002-1388-0460
  • Daniel Arruda Coronel Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Departamento de Economia. Santa Maria, Rio Grande do Sul, Brasil. http://orcid.org/0000-0003-0264-6502
  • Angelo Costa Gurgel Escola de Economia de São Paulo (EESP) - Fundação Getulio Vargas (FGV), Departamento de Economia. São Paulo, São Paulo, Brasil. http://orcid.org/0000-0001-8331-9508
  • Paulo Ricardo Feistel Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Departamento de Economia. Santa Maria, Rio Grande do Sul, Brasil. http://orcid.org/0000-0002-6090-8278
  • Maiara Thais Tolfo Gabbi Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq) - Universidade de São Paulo (USP), Departamento de Economia. Piracicaba, São Paulo, Brasil. http://orcid.org/0000-0001-9407-1587

DOI:

https://doi.org/10.22456/2176-5456.93472

Palavras-chave:

Agronegócio, Comércio Internacional, Modelo de Equilíbrio Geral Computável

Resumo

Este estudo tem como objetivo analisar o impacto da disputa comercial
entre os Estados Unidos e a China no agronegócio brasileiro. Para isso, realizam-se
duas simulações a fim de se analisar o impacto nos fluxos comerciais (produção, exportações, importações, preços e bem-estar) do setor, através do modelo de equilíbrio
geral computável (MEGC), mais especificamente o Global trade analysis project (GTAP).
Dentre os resultados, é possível destacar que os impactos econômicos para os valores
das exportações do agronegócio brasileiro são positivos apenas para o setor de grãos,
pois, na primeira simulação, com proteção comercial parcial, observa-se uma variação
positiva de 9,86% e, na segunda simulação de uma disputa comercial entre China e
Estados Unidos com proteção comercial completa, observa-se uma variação positiva
de 6,40%, evidenciando que o setor de grãos obtém ganhos de comércio. Esses ganhos
provêm do declínio acentuado do comércio bilateral entre China e Estados Unidos e
de um aumento por importações para os seus terceiros parceiros comerciais, como,
neste caso, o Brasil, exportando mais grãos para a China. No entanto, para os demais
setores analisados do agronegócio, os resultados obtidos dos cenários propostos, em
ambas as simulações, são negativos, sendo prejudicial aos setores como frutas e legumes, cana-de-açúcar e outros, pecuária e carnes e produtos agroindustriais, nos quais
é possível verificar uma redução na produção do agronegócio brasileiro. Esse efeito
negativo vem do deslocamento de recursos produtivos (terra, capital e trabalho) dos
vários setores agropecuários em direção ao setor de grãos, que é o principal setor de
exportação do Brasil para a China e compete diretamente com os Estados Unidos nesse
mercado.

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Biografia do Autor

Elisangela Gelatti, Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq) - Universidade de São Paulo (USP), Departamento de Economia. Piracicaba, São Paulo, Brasil.

Discente do Programa de Pós-Graduação em Economia e Desenvolvimento, UFSM e Bolsista de Mestrado da CAPES

Daniel Arruda Coronel, Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Departamento de Economia. Santa Maria, Rio Grande do Sul, Brasil.

Docente do Programa de Pós-Graduação de Economia e Desenvolvimento e do Programa de Pós-Graduação em Agronegócios, UFSM e Bolsista de Produtividade do CNPq

Angelo Costa Gurgel, Escola de Economia de São Paulo (EESP) - Fundação Getulio Vargas (FGV), Departamento de Economia. São Paulo, São Paulo, Brasil.

Docente da Escola de Economia de São Paulo, Coordenador do Mestrado Profissional em Agronegócio, FGV e Bolsista de Produtividade em Pesquisa 1D do CNPq

Paulo Ricardo Feistel, Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Departamento de Economia. Santa Maria, Rio Grande do Sul, Brasil.

Docente do Programa de Pós-Graduação de Economia e Desenvolvimento e do Departamento de Economia e Relações Internacionais, UFSM

Maiara Thais Tolfo Gabbi, Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq) - Universidade de São Paulo (USP), Departamento de Economia. Piracicaba, São Paulo, Brasil.

Discente do Programa de Pós-Graduação em Agronegócios, UFSM e Bolsista de Mestrado da CAPES

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Publicado

2021-09-29

Como Citar

Gelatti, E., Coronel, D. A., Gurgel, A. C., Feistel, P. R., & Gabbi, M. T. T. (2021). O IMPACTO DA DISPUTA COMERCIAL ENTRE OS ESTADOS UNIDOS E A CHINA NO AGRONEGÓCIO BRASILEIRO. Análise Econômica, 39(80). https://doi.org/10.22456/2176-5456.93472

Edição

Seção

Artigos