Impacto da orientação farmacêutica no processo de uso de anticonvulsivantes por cuidadores de pacientes pediátricos com epilepsia refratária: estudo de viabilidade
Palavras-chave:
, Farmácia clínica, Pediatria, Epilepsia, Alta hospitalarResumo
Introdução: O estudo tem por objetivo avaliar o impacto da orientação do farmacêutico sobre o uso correto de anticonvulsivantes administrados por cuidadores de pacientes pediátricos com epilepsia refratária ao tratamento de primeira linha. Métodos: Coorte prospectiva realizada em um hospital no sul do Brasil por 10 meses com todos os cuidadores principais dos pacientes ≤ 18 anos internados na unidade de internação pediátrica, em uso domiciliar de 2 anticonvulsivantes orais ou mais, em que pelo menos um deles necessitava de adequação de forma farmacêutica. O processo de uso dos anticonvulsivantes foi avaliado através do instrumento Medtake Test, que pontua de 0 a 100% o conhecimento e a habilidade do cuidador no processo de uso dos medicamentos, no momento da internação, após a orientação farmacêutica de alta e por contato telefônico uma semana após a alta. Resultados: 25 cuidadores de pacientes pediátricos foram incluídos e 22 completaram o estudo, em razão da perda de acompanhamento no período pós-alta dos pacientes. A média do escore Medtake foi de 77,5% (± 21,3%). Após a orientação farmacêutica, o escore médio aumentou cerca de 15% (p = 0.02). Os principais tipos de erro identificados no estudo foram relacionados à administração dos medicamentos pela sonda, à utilização dos comprimidos sulcados partidos ao meio e à administração dos medicamentos em horários inadequados. Conclusão: A magnitude do efeito positivo atribuível à orientação do farmacêutico foi de 15% sobre o processo de uso de medicamentos. Tal resultado é relevante para validação do Medtake Test no Brasil, além de cálculo amostral para estudos de intervenção sobre serviços farmacêuticos conduzidos no país para essa população.
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