A Hegemonia do Tempo Escolar

Autores

  • Nuno Vieira Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, Lisboa

Palavras-chave:

Tempo. Sincronismo. Tempo Escolar. Opressão.

Resumo

As concepções de tempo e a relação que o Homem com ele estabelece têm evoluído no sentido de afirmá-lo como um elemento-chave da civilização. A evolução dos mecanismos horários e dos sincronismos contribuiu para que a escola seja regulada pelo relógio. Mesmo os ritmos circadianos tendem a ser regulados por entidades externas, como os tempos escolares. Está inscrito no currículo oculto da escola o respeito por determinadas regras e valores temporais, ou seja, a escola tem a tarefa de ensinar os alunos a viverem em função de ritmos (temporais) impostos pelas instituições. O tempo tem assumido uma crescente importância na sociedade, onde a escola desempenha um papel importante na transmissão de regras e valores, constituindo-se um elemento da sua gramática. É um elemento estrutural na escola e estruturante na sociedade. No presente, o tempo regula a atividade humana de forma doutrinal, sem ser questionado.  

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Biografia do Autor

Nuno Vieira, Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, Lisboa

Nuno Vieira é professor na Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias de Lisboa, e investigador do CeiED Centro de Estudos Interdisciplinares em Educação e Desenvolvimento). É Doutor em Educação pela Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, com a tese intitulada Os tempos que o tempo tem: o conhecimento trivium dos professores de matemática em período de mudança, orientado pelo Professor Emérito Ubiratan D’Ambroso.

Publicado

2016-04-05

Como Citar

Vieira, N. (2016). A Hegemonia do Tempo Escolar. Educação & Realidade, 41(2). Recuperado de https://seer.ufrgs.br/index.php/educacaoerealidade/article/view/46446

Edição

Seção

Artigos