
Este trabalho busca dialogar com os estudos que envolvem a luta quilombola no Brasil e a titulação de seus territórios em meio aos diversos processos de expropriações de terra na expansão de projetos de desenvolvimento econômico. É enquanto identidade em devir que teceremos reflexões sobre como se resiste a empreendimentos que estão se instalando em áreas já ocupadas pelo povo negro, onde essas instalações atualizam, no presente, processos antigos de racismo. Tomamos, como caso empírico, o território quilombola Santa Rosa dos Pretos, localizado no município de Itapecuru-Mirim, no estado do Maranhão. Durante a pesquisa, fizemos uso de observação direta (in loco), anotações de caderno de campo, etnografias, entrevistas semiestruturadas com pessoas e com os encantados (Tambor de Mina) do território. Nesse contexto, foi nas narrativas das lideranças que fomos tecendo uma análise sobre a resistência em meio aos conflitos ambientais provocados por projetos de desenvolvimento econômico. A gramática dessa relação envolve uma luta constante de permanência no/pelo território quilombola e por justiça social.
Palavras – chave: Racismo; Território; Conflitos ambientais.