Resenha: PONS Standardwörterbuch Portugiesisch-Deutsch / Deutsch-Portugiesisch. Stuttgart; Porto: Ernst Klett Verlag; Porto Editora, 2006.
As variáveis que devem orientar a concepção de um dicionário bilíngüe são, por um lado, a anisomorfia entre as línguas envolvidas, e, por outro lado, a função (passiva ou ativa), a direção (LA à LB / LB à LA) e o usuário (falante nativo da LA ou da LB). Partiremos, portanto, desses parâmetros básicos para analisar o PONS Standardwörterbuch Portugiesisch-Deutsch / Deutsch-Portugiesisch (2006) (doravante, SWPD 2006).
O cruzamento das variáveis mencionadas permite determinar a existência de, no mínimo, quatro dicionários para cada par de línguas. Dessa forma, para o par de línguas português e alemão, deveria haver, pelo menos em teoria, as seguintes obras: 1) dicionário alemão-português para as tarefas de decodificação do falante nativo de português (passivo); 2) dicionário português-alemão para as tarefas de codificação do falante nativo de português (ativo); 3) dicionário português-alemão para as tarefas de decodificação do falante nativo de alemão (passivo), e 4) dicionário alemão-português para as tarefas de codificação do falante nativo de alemão (ativo). SWPD (2006), no entanto, não está destinado exclusivamente a falantes nativos de uma ou de outra língua. Ainda que essa informação não seja apresentada de forma explícita, a presença de determinados elementos, tais como um apêndice gramatical tanto da língua portuguesa quanto da língua alemã, bem como a apresentação do conteúdo e da estrutura do dicionário em ambas as línguas, permite-nos inferir que se trata de um dicionário com pretensões de ser bifuncional. Em outras palavras, a direção português-alemão foi concebida para auxiliar os falantes nativos de português a produzir textos em língua alemã e, ao mesmo tempo, ajudar os falantes nativos de alemão a compreender textos em língua portuguesa. O inverso, por sua vez, ocorre com a direção alemão-português. Convém advertir, contudo, que um dicionário bidirecional, como parece ser o caso de SWPD (2006), é um projeto muito difícil de ser executado, posto que uma obra desse tipo deveria conter um número realmente elevado de informações tanto em nível macro quanto microestrutural em ambas as direções, a fim de converter-se em um auxílio efetivo para os falantes nativos das duas línguas envolvidas nas funções passiva e ativa concomitantemente. Assim, pois, ainda que SWPD (2006), pelo menos à primeira vista, pareça conter um número considerável de informações macro e microestruturais, os problemas decorrentes da pretensão de ser uma obra bidirecional manifestam-se, como veremos a seguir, ora pela ausência de indicações que seriam imprescindíveis para um determinado usuário, ora pelo presença de informações supérfluas.
Antes de passarmos à análise da macro e da microestrutura, seria conveniente examinar brevemente o outside matter (ou textos externos) de SWPD (2006). O outside matter subdivide-se em front matter (ou partes introdutórias), middle matter (o material interpolado na macroestrutura) e o back matter (os apêndices localizados após as nomenclaturas principais). O front matter deve cumprir duas funções básicas: 1) apresentar os objetivos da obra, e 2) servir como um manual de instruções de uso da mesma. No que tange à segunda função, SWPD (2006) a cumpre de maneira irrepreensível. Assim, pois, a obra em questão, além do índice, de duas listas com os símbolos fonéticos da língua alemã e da língua portuguesa e de uma lista com as abreviaturas utilizadas, ainda apresenta, no seu front matter, uma seção intitulada “Conteúdo e estrutura” (“Inhalt und Aufbau”), onde são descritos, pontual e objetivamente, em ambas as línguas, todos os tipos de informações microestruturais oferecidas no dicionário, de tal modo que os usuários rapidamente poderão aprender a acessá-las. Por outro lado, no que concerne à primeira função, esta não é contemplada em SWPD (2006), posto que o dicionário não apresenta em parte alguma os objetivos que pretende cumprir, nem define o público ao qual se destina. Assim, pois, o caráter bifuncional do dicionário, tal como assinalamos anteriormente, somente pode ser inferido mediante o exame dos seus componentes estruturais. Essa, sem embargo, não é uma tarefa de fácil execução para o público médio consulente de obras de referência, considerando que o mesmo, normalmente, não possui conhecimento suficiente de lexicografia, para que possa realizar um julgamento preciso das obras que utiliza.
O middle matter de SWPD (2006), por sua vez, constitui-se de uma série de notas explicativas inseridas entre os verbetes, as quais estão destinadas ao esclarecimento de questões culturais, ou ao tratamento de questões lingüísticas, tais como os falsos amigos e os realia. Entre as notas que tratam de questões culturais, incluem-se, por exemplo, às relativas a carnaval, na direção português-alemão, e a Berliner Filmfestspiele, na direção alemão-português. Já entre as notas que contemplam questões lingüísticas, estão a nota sobre carta, na direção português-alemão, que salienta que essa unidade léxica é um falso amigo de Karte, bem como as notas sobre os realia caipirinha, na direção português-alemão, e Abitur, na direção alemão-português. A apresentação dos realia em notas explicativas é uma solução metodológica bastante pertinente de SWPD (2006), posto que para tais unidades léxicas, que constituem o mais alto grau de anisomorfia entre línguas em nível léxico, não é possível apresentar um equivalente na língua de destino.
Por fim, o back matter é constituído por um apêndice gramatical do alemão e outro do português. É justamente na constituição desse componente estrutural que se pode perceber uma sutil tendência do dicionário no sentido de favorecer o consulente que tem o alemão como língua materna. Assim, pois, ao passo que o apêndice gramatical da língua alemã não ultrapassa 11 páginas, o apêndice gramatical da língua portuguesa estende-se por 41 páginas. Além de aspectos de morfologia e sintaxe do português, o referido apêndice ainda apresenta algumas indicações gerais sobre a pronúncia brasileira (considerando que a pronúncia portuguesa é apresentada no front matter), um quadro com números, medidas e pesos e um quadro com as abreviaturas mais freqüentes.
Passamos, agora, às considerações acerca da macroestrutura. Em relação à seleção lexical do dicionário, SWPD (2006) assume como formas não marcadas diatopicamente, por um lado, o alemão falado na Alemanha, e, por outro lado, o português peninsular. Salientamos que, uma vez mais, essa informação, que seria imprescindível para os usuários, não é apresentada de maneira explícita no front matter da obra. A preferência de SWPD (2006) pelas variedades diatópicas do alemão e do português acima indicadas pode ser constatada apenas pelo exame de determinados elementos presentes na obra: 1) no front matter, mais especificamente na seção “Conteúdo e estrutura”, a variedade brasileira do português, bem como as variedades austríaca e suíça do alemão, são consideradas regionalismos, o que significa que as formas e os significados próprios do português do Brasil e do alemão da Áustria e da Suíça são considerados diatopicamente marcados em relação aos de Portugal e aos da Alemanha; 2) na macroestrutura, na direção português-alemão, SWPD (2006), na maioria das vezes, não deixa de arrolar as formas do português do Brasil, porém, em todos os casos, sempre utiliza o recurso medioestrutural de remissão à forma do português europeu, que é considerada a não marcada, como ocorre, por exemplo, com as entradas pimentão e registrar, a partir das quais apenas se remete às entradas relativas às formas portuguesas pimento e registar; e 3) ainda no âmbito da macroestrutura, na direção português-alemão, o dicionário em questão, mesmo que poucas vezes, não registra a forma brasileira, limitando-se a apresentar apenas a forma européia, de modo que, em relação ao par mouse / rato, por exemplo, SWPD (2006) opta por registrar apenas a forma rato, omitindo o brasileirismo mouse. Por outro lado, no que tange à macroestrutura no sentido alemão-português, as soluções dadas geralmente são diferentes. Quando se opta por registrar uma forma austríaca ou suíça, o dicionário nunca apresenta uma remissão, mas simplesmente o equivalente na língua portuguesa, como ocorre em “Backrohr nt <-(e)s, -e> (österr) forno m” e em “Velo [‘ve:lo] nt <-s, -s> (schweiz) bicicleta f”. O fato de escolher uma determinada norma para ser privilegiada no dicionário, antes de ser um problema, é algo extremamente importante na concepção de qualquer obra lexicográfica. Assim, pois, a falha de SWPD (2006) não consiste em ter optado por privilegiar uma ou outra variedade diatópica do português e do alemão. As opções feitas por SWPD (2006), aliás, parecem-nos bastante coerentes, considerando que se trata de uma obra realizada em cooperação entre Alemanha e Portugal. Entretanto, a decisão de incorporar os usos do Brasil, da Áustria e da Suíça, ainda que como regionalismos, abre a possibilidade de que os estudantes desses países também utilizem a obra em questão, de tal forma que a falha de SWPD (2006) reside, em primeiro lugar, no fato de que a informação acerca das variedades do português e do alemão privilegiadas não é apresentada de forma clara no front matter, e, em segundo lugar, no fato de que, como vimos, não se mantém uma constância na apresentação das unidades léxicas diatopicamente marcadas no dicionário. Assim, pois, em casos como o de mouse / rato, em que a forma do português brasileiro não é apresentada, seria necessário que o estudante brasileiro conhecesse a designação usada em Portugal para, finalmente, chegar ao equivalente em alemão. Por outro lado, o falante nativo de alemão que se depara com o brasileirismo em um determinado texto, caso não o conheça, não poderia resolver a sua dúvida com o auxílio do dicionário.
No que diz respeito aos tokens em SWPD (2006), por sua vez, deve-se destacar não somente a sistematicidade, mas também a pertinência da sua apresentação. O dicionário em questão costuma registrar particípios irregulares, tais como reaberto e reescrito, na direção português-alemão, e gesessen e gesprochen, na direção alemão-português, formas verbais flexionadas irregulares, tais como seja, na direção português-alemão, e gab e kam, na direção alemão-português, superlativos e comparativos irregulares, tais como fidelíssimo (superlativo de fiel), na direção português-alemão, e besser (comparativo de gut) e beste (superlativo de gut), na direção alemão-português, além de formas pronominais declinadas, tais como dich, dir, mich e mir, na direção alemão-português. A lematização de tokens como os mencionados acima tem a função exclusiva de auxiliar nas atividades de decodificação, de tal maneira que, em vista da bidirecionalidade almejada por SWPD (2006), justifica-se a sua inclusão em ambas as direções. Deve-se, no entanto, atentar para o fato de que, especialmente no caso das formas variantes, os tokens registrados nem sempre são úteis. SWPD (2006) lematiza, por exemplo, afeção, infetado e infetar como variantes brasileiras de afecção, infectado e infectar, quando, na verdade, tais unidades léxicas parecem ser pouco usadas, e não marcadas diatopicamente. O registro de unidades léxicas como essas não é pertinente para os usuários que têm o português como língua materna, já que não será por meio delas que acessará a informação desejada para codificação em língua alemã, nem tampouco terá muita utilidade para a realização das tarefas de decodificação dos falantes nativos de alemão, posto que é pouco provável que os mesmos se deparem com uma das variantes citadas em textos de língua portuguesa.
A última questão que destacamos com relação à macroestrutura é a organização do material léxico. SWPD (2006) opta por uma estrutura lisa, sem lematização de lexias simples e compostas como sub-entradas e, por conseguinte, sem quebra da ordenação alfabética, o que favorece principalmente o usuário de língua portuguesa, cuja tradição lexicográfica, ao contrário do que ocorre com a tradição lexicográfica de língua alemã, tem como uma das suas principais características a preferência por esse tipo de ordenação. Assim, pois, em SWPD (2006), são apresentadas como sub-entradas apenas as unidades fraseológicas. Nesse caso, em muitas situações, opta-se, acertadamente, por oferecer o mesmo fraseologismo em mais de um verbete, a fim de facilitar o acesso do estudante a essa informação. Uma expressão como as aparências iludem (der Schein trügt), por exemplo, pode ser encontrada tanto s.v. aparências, na direção português-alemão quanto s.v. Schein e s.v. trügen, na direção alemão-português.
Passamos, finalmente, ao tratamento de algumas questões microestruturais. O primeiro aspecto analisado será a apresentação dos equivalentes léxicos, considerando que essa é a informação mais importante em um dicionário bilíngüe. Em primeiro lugar, convém salientar que a escolha das variedades alemã e portuguesa como não marcadas interfere também na microestrutura, posto que os equivalentes apresentados, em muitos casos, correspondem a unidades léxicas pertencentes a essas variedades. Para um estudante brasileiro que pretende executar uma tarefa de codificação lingüística, encontrar, s.v. bicicleta, na direção português-alemão, apenas o equivalente Fahrrad, e não, por exemplo, a designação Velo, usada na Suíça, como ocorre em SWPD (2006), não será um grande problema, dado que, em geral, o ensino de alemão como língua estrangeira privilegia a norma da Alemanha. Entretanto, se o aprendiz brasileiro de alemão busca um auxílio para a execução de uma atividade de decodificação, encontrar, s.v. Damenbinde ou s.v. Grasfläche, na direção alemão-português, os equivalentes penso higiênico e relvado, respectivamente, não será de muita utilidade. Isso, provavelmente, obrigará o estudante brasileiro a realizar uma consulta complementar a um dicionário monolíngüe de português para poder entender o significado dos equivalentes dados. É certo, porém, que na maior parte dos verbetes incluídos na direção alemão-português, SWPD (2006) apresenta como equivalentes tanto as formas portuguesas quanto as brasileiras, a exemplo do que ocorre em “Autobus [‘aʊtobʊs] m <-ses, -se> (in Stadt) autocarro m; (brasil) ônibus m; (Überlandbus) camioneta f; (brasil) ônibus m”. Essa seria a maneira mais correta de atuar em todos os casos.
Ainda no que diz respeito à apresentação dos equivalentes, destacamos alguns outros problemas pontuais. SWPD (2006, s.v. anstehen, ac. 1) oferece como equivalentes esperar pela sua vez e meter-se na bicha. A segunda expressão, no entanto, apresenta dois problemas sérios. Em primeiro lugar, possui uma freqüência de uso muito baixa. Em segundo lugar, é coloquial, enquanto a palavra-entrada possui uma conotação neutra. Como é sabido, a equivalência entre as designações das duas línguas postas em contraste deve dar-se tanto em nível de denotação quanto em nível de conotação, de tal forma que a expressão meter-se na bicha não pode ser apresentada como uma equivalência total de anstehen. Por fim, se analisamos o verbete do ponto de vista do consulente brasileiro, ainda encontramos o problema de que tal expressão é própria do português de Portugal, o que pode acarretar os inconvenientes antes mencionados. Sendo assim, o segundo equivalente oferecido em SWPD (2006, s.v. anstehen, ac. 1), tendo em vista a sua bidirecionalidade, não serve para o falante nativo de alemão que pretende produzir em língua portuguesa, e tampouco terá muita utilidade para o falante nativo de português que pretende compreender um texto em língua alemã. Em SWPD (2006, s.v. Aufschneider), por sua vez, temos um outro exemplo de equivalente problemático na direção alemão-português. Nesse caso, o dicionário em questão apresenta como equivalente a designação gabarola, que, por possuir uma freqüência de uso baixa, novamente terá pouca utilidade para as tarefas de codificação em língua portuguesa e de decodificação da língua alemã.
Ainda no plano das informações de cunho semântico, convém destacar como um ponto positivo a presença massiva, em SWPD (2006), de distinguidores semânticos que servem como auxiliares para a codificação na língua estrangeira, como, por exemplo, em “comer [kʊ’mer] I. vt 1. (pessoa) essen; (animal) fressen 2. (palavras) verschlucken 3. (xadrez, damas) schlagen 4. (ferrugem) zerfressen 5. (coloq: enganar) hereinlegen 6. (de raiva) fressen 7. (coloq: sexualmente) vernaschen”. A crítica, no entanto, deve recair sobre o fato de que SWPD (2006) costuma utilizar o mesmo espaço no interior do verbete para oferecer outros tipos de informações, como em “registar vt 1. (oficialmente) eintragen; (patente) anmelden [...]”, onde o elemento que aparece entre parênteses representa uma colocação. As informações sobre colocação, por sua vez, muitas vezes também são incluídas após os equivalentes, juntamente com as demais unidades fraseológicas, como em “crasso 2. (grosso) dick; erro ~ Klops m”.
Um outro ponto positivo no que concerne às informações microestruturais de SWPD (2006) é a grande quantidade de informações gramaticais. Assim, nos verbetes relativos aos substantivos na direção alemão-português, são apresentados, sistematicamente, o feminino dos substantivos e adjetivos, nos casos em que existem as duas formas, além das terminações de nominativo plural, para os substantivos femininos, e de genitivo singular e de nominativo plural, para os substantivos masculinos e neutros, como, por exemplo, em “Kontrolleur(in) [kɔntrɔ’l∅:ɐ] m(f) <-s, -e o -innen> revisor, revisora m,f”. Já no caso dos verbos, o dicionário, além da transitividade, do caso que rege e das preposições exigidas, costuma informar também se se trata de um verbo de partícula separável (por meio de uma barra vertical) ou se o particípio não é formado com o prefixo ge- (por meio de um asterisco), como nos seguintes casos: “ein|laden vt irr 1. (Gäste) convidar (zu para); darf ich Sie auf ein Bier ~? Posso convidá-lo para (beber) uma cerveja? 2. (Ware) carregar (in para)” e “entreißen* vt irr jdm etw ~ arrancar / arrebatar a.c. de alguém”. Como vemos, em todos os casos, as informações gramaticais apresentadas servem para a produção em língua alemã. Entretanto, as mesmas são oferecidas na direção alemão-português, que, do ponto de vista do aprendiz de alemão, serve justamente para a função passiva. Na direção português-alemão, que para o estudante em questão, serve à função ativa, por sua vez, ainda que sejam indicadas sistematicamente determinadas informações que servem para a codificação em língua alemã, tais como as preposições exigidas pelos verbos, não estão presentes a maior parte das informações pertinentes à produção indicadas na direção alemão-português. Dessa forma, para que tenha um aproveitamento total do dicionário, o usuário, ao consultar a obra na direção português-alemão, a fim de obter um equivalente em língua alemã para uma dada designação em língua portuguesa, vê-se forçado, em muitos casos, a uma consulta adicional, a fim de angariar as demais indicações necessárias para a realização de suas tarefas de produção lingüística.
Apesar das restrições aqui apontadas, gostaríamos de frisar que SWPD (2006) é um dicionário altamente recomendável para os aprendizes brasileiros de alemão, em especial tendo em vista a quantidade e a qualidade das informações microestruturais que a obra em questão apresenta. É necessário, contudo, que o estudante procure conhecer bem o dicionário com o qual está lidando, a fim de que as limitações que a obra apresenta possam ser superadas.
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