ELABORAÇÃO DO CORPO NA CRIAÇÃO EM DANÇA-TELEMÁTICA
DOI:
https://doi.org/10.22456/2236-3254.80834Palavras-chave:
Dança, Dança-telemática, Ivani SantanaResumo
A dança-telemática está vinculada ao contexto da arte telemática e está localizada em ambientes virtuais denominados como ciberespaço[1]. Esse ambiente de produção de sentidos, subjetividades e novas formas de experiências sensíveis torna-se um atraente campo de criação a partir de fins dos anos 80 com a criação da World Wide Web (www) possibilitando experiências interativas interessadas na transmissão/recepção intercambiante de trabalhos de arte[2], além disso, noções de interação, interatividade e multisensorialidade amalgamam uma possível “estética da comunicação” que tematiza o corpo, o espaço o tempo, etc. Em concordância com esta proposição encontra-se a pesquisadora e criadora em dança e mediação tecnológica Ivani Santana, a qual tem dedicado sua pesquisa em danças telemáticas à partir de 2001. Nesta ocasião fora artista convidada para uma residência artística na Ohio State University nos Estados Unidos, sob coordenação de Johannes Birringer. Ivani Santana é também fundadora do Projeto MAPD2 (Mapa e Programa de Artes em Dança Digital), onde viabiliza o crescimento e intercâmbio teórico-prático entre artistas e pesquisadores interessados nas questões inerentes a dança e a tecnologia.
Com este entrevista estamos buscando compreender como Ivani articula algumas questões sobre o entendimento do corpo nas suas criações em dança-telemática iniciando com um panorama sobre seu projeto artístico mais recente.
[1] Arlindo Machado define o ciberespaço como: “não propriamente um lugar físico para onde podemos nos dirigir enquanto corpos matéricos. É mais propriamente uma figura de linguagem para designar aquilo que ocorre num lugar “virtual”, tornado possível pela rede telemática [...] Esses lugares “virtuais”, onde pessoas de várias partes de um país ou do mundo se encontram e produzem juntos sem se deslocarem fisicamente, constituem o que chamamos de ciberespaço” (PRADO, 2003. p. 12)
[2] A primeira modalidade de evento a tratar como arte a comunicação em rede e em grande escala foi a Mail Art, no entanto, a arte-telemática atual nos deflagra o “surgimento de novas questões para a arte, como a ubiquidade, o tempo real, a interatividade, a dissolução da autoria, a criação coletiva, etc.” (PRADO, 2003. p. 13)
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