ELABORAÇÃO DO CORPO NA CRIAÇÃO EM DANÇA-TELEMÁTICA

Autores

  • Daniel Silva Aires Universidade Federal de Santa Maria - UFSM, Santa Maria/RS.
  • Mônica Fagundes Dantas Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS, Porto Alegre/RS.

DOI:

https://doi.org/10.22456/2236-3254.80834

Palavras-chave:

Dança, Dança-telemática, Ivani Santana

Resumo

A dança-telemática está vinculada ao contexto da arte telemática e está localizada em ambientes virtuais denominados como ciberespaço[1]. Esse ambiente de produção de sentidos, subjetividades e novas formas de experiências sensíveis torna-se um atraente campo de criação a partir de fins dos anos 80 com a criação da World Wide Web (www) possibilitando experiências interativas interessadas na transmissão/recepção intercambiante de trabalhos de arte[2], além disso, noções de interação, interatividade e multisensorialidade amalgamam uma possível “estética da comunicação” que tematiza o corpo, o espaço o tempo, etc. Em concordância com esta proposição encontra-se a pesquisadora e criadora em dança e mediação tecnológica Ivani Santana, a qual tem dedicado sua pesquisa em danças telemáticas à partir de 2001. Nesta ocasião fora artista convidada para uma residência artística na Ohio State University nos Estados Unidos, sob coordenação de Johannes Birringer. Ivani Santana é também fundadora do Projeto MAPD2 (Mapa e Programa de Artes em Dança Digital), onde viabiliza o crescimento e intercâmbio teórico-prático entre artistas e pesquisadores interessados nas questões inerentes a dança e a tecnologia.

Com este entrevista estamos buscando compreender como Ivani articula algumas questões sobre o entendimento do corpo nas suas criações em dança-telemática iniciando com um panorama sobre seu projeto artístico mais recente.


[1] Arlindo Machado define o ciberespaço como: “não propriamente um lugar físico para onde podemos nos dirigir enquanto corpos matéricos. É mais propriamente uma figura de linguagem para designar aquilo que ocorre num lugar “virtual”, tornado possível pela rede telemática [...] Esses lugares “virtuais”, onde pessoas de várias partes de um país ou do mundo se encontram e produzem juntos sem se deslocarem fisicamente, constituem o que chamamos de ciberespaço” (PRADO, 2003. p. 12)

[2] A primeira modalidade de evento a tratar como arte a comunicação em rede e em grande escala foi a Mail Art, no entanto, a arte-telemática atual nos deflagra o “surgimento de novas questões para a arte, como a ubiquidade, o tempo real, a interatividade, a dissolução da autoria, a criação coletiva, etc.” (PRADO, 2003. p. 13)

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Biografia do Autor

Daniel Silva Aires, Universidade Federal de Santa Maria - UFSM, Santa Maria/RS.

Daniel Aires é pesquisador, bailarino e coreógrafo. Bacharel em Artes Visuais pela Universidade Federal de Santa Maria, Especialista em Dança, Mestrando em Artes Cênicas e Graduando em Dança pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Diretor do Grupo de extensão "Por um conceito Corpoviral: estratégias de corpos que videodançam" coordenado pela Profª Dr.ª Mônica Dantas. Atualmente é professor substituto no curso de Dança Licenciatura, no Departamento de Desportos Individuais da Universidade Federal de Santa Maria - UFSM.

Mônica Fagundes Dantas, Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS, Porto Alegre/RS.

Professora Associada da Universidade Federal do Rio Grande do Sul nos Cursos de Graduação em Dança, no Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas – Mestrado/Doutorado. Pós-Doutorado na Coventry University (Reino Unido) e Doutorado na Université du Québec à montreal (Canadá).

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Publicado

2018-08-31

Como Citar

Aires, D. S., & Dantas, M. F. (2018). ELABORAÇÃO DO CORPO NA CRIAÇÃO EM DANÇA-TELEMÁTICA. Cena, (26), 78–85. https://doi.org/10.22456/2236-3254.80834

Edição

Seção

Entrevistas