A construção da autonomia feminina negra nas ousadias da carnavalização
Palavras-chave:
Mulher negra, carnavalização, autonomia.Resumo
A partir da análise do carnaval de Vitória da Conquista (BA) na segunda metade do século XX, buscamos problematizar as situações em que o processo de lida com o festivo, a derrisão, o desgoverno, o lascivo, o musical e o próprio uso do corpo metamorfoseiam-se em uma prática política, como já fora apontado por Natalie[1] Zemon Davis (1990). Imersos na multimodalidade do campo teórico da memória, investigamos as práticas sociais e representações simbólicas que conferiam visibilidade à história da mulher negra na cidade. Utilizamos de metodologias comuns à história oral e análise de fotografia, apoiando-se em referências de diversas autoras relacionadas ao feminismo negro, mas tendo por respaldo empírico fontes orais e iconográficas mediante às quais reconstroem-se, na história de mulheres negras, práticas que podem ser admitidas como lutas por autonomia que teriam contribuído à construção da cidadania da mulher negra.
[1] É comum ao texto acadêmico, herdeiro de longa tradição de invisibilização das mulheres como autoras, que apenas o último sobrenome de uma autora ou autor seja citado. Não faria sentido, num texto que aborda o protagonismo feminino, reproduzir essa cultura. Portanto, fizemos a opção de apresentar também o primeiro nome das autoras.
Downloads
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Todo o conteúdo do periódico, exceto nos locais em que está identificado, é licenciado sob uma Licença Creative Commons de atribuição BY.