Sexualidade e governo: a produção do perverso pelos discursos médicos
Palavras-chave:
Sexualidade, Discursos médicos, Governo.Resumo
Nos últimos anos, houve um uso político da questão sexual que mobilizou um investimento discursivo enorme sobre a sexualidade. Partindo desse diagnóstico do presente, gostaria de pensar as condições históricas que possibilitaram o aparecimento de um discurso sobre o sexo. Meu foco será as narrativas médicas dos séculos XIX e XX, que se tornaram o grande edifício teórico de compreensão da sexualidade. Cruzando-as com uma leitura de Michel Foucault, mostrarei como, segundo técnicas de poder cristãs, essas narrativas fizeram com que a sexualidade se situasse entre o normal e o patológico. Um exemplo disso foram os discursos médicos sobre as chamadas “perversões sexuais”, que produziram uma verdade sobre o sexo e inscrições sexuais específicas no corpo feminino. A partir dessa análise, proponho pensarmos no saber-médico como uma forma de governo, ou seja, uma forma de conduzir as condutas. Para tanto, trabalharei com os conceitos foucaultianos de dispositivo da sexualidade, governo, biopoder e discurso.
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