Sexualidade e governo: a produção do perverso pelos discursos médicos

Autores

  • Paloma Czapla Universidade Estadual de Campinas

Palavras-chave:

Sexualidade, Discursos médicos, Governo.

Resumo

Nos últimos anos, houve um uso político da questão sexual que mobilizou um investimento discursivo enorme sobre a sexualidade. Partindo desse diagnóstico do presente, gostaria de pensar as condições históricas que possibilitaram o aparecimento de um discurso sobre o sexo. Meu foco será as narrativas médicas dos séculos XIX e XX, que se tornaram o grande edifício teórico de compreensão da sexualidade. Cruzando-as com uma leitura de Michel Foucault, mostrarei como, segundo técnicas de poder cristãs, essas narrativas fizeram com que a sexualidade se situasse entre o normal e o patológico. Um exemplo disso foram os discursos médicos sobre as chamadas “perversões sexuais”, que produziram uma verdade sobre o sexo e inscrições sexuais específicas no corpo feminino. A partir dessa análise, proponho pensarmos no saber-médico como uma forma de governo, ou seja, uma forma de conduzir as condutas. Para tanto, trabalharei com os conceitos foucaultianos de dispositivo da sexualidade, governo, biopoder e discurso.

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Biografia do Autor

Paloma Czapla, Universidade Estadual de Campinas

Graduada em História pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Mestranda em História Cultural pela Universidade Estadual de Campinas, na linha de pesquisa "Gênero, Subjetividades, Cultura Material e Cartografia". É bolsista FAPESP. Contato: paloma.czapla@hotmail.com

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Publicado

2020-08-13

Como Citar

CZAPLA, P. Sexualidade e governo: a produção do perverso pelos discursos médicos. Revista Aedos, [S. l.], v. 12, n. 26, p. 367–393, 2020. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/aedos/article/view/92422. Acesso em: 28 mar. 2024.