Four seasons, please! #3: A realidade, a pintura e algum cinema

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22456/2179-8001.78059

Palavras-chave:

Mudanças climáticas. Realidade. Representação. Pintura contemporânea.

Resumo

Este texto faz parte da reflexão que acompanha um projeto artístico em curso designado Four seasons, please! - uma série de pinturas e uma instalação - no qual as alterações climáticas são o eixo temático fundamental. Ora se a realidade do mundo, concretamente sob tal perspectiva, implica uma ação urgente, a realidade em pintura requer um questionamento diverso. Por dentro da obra no estúdio, a questão ampla que me coloco aqui é, em suma: como pensar a relação entre a representação da realidade e a pintura no contexto aberto da arte contemporânea?

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Isabel Maria Sabino, Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa

Lisboa, 1955. Graduada em Artes Plásticas-Pintura (ESBAL, 1978). Doutoramento em Belas Artes/Pintura (Eq. Universidade de Lisboa, 1992). Professora catedrática na Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa. Trabalho artístico mais recente (seleção)Individuais – Talvez bombons (2014): G. Arte Periférica, Lisboa; E os rios nascem no mar (2015, Lugar do Desenho/Fundação Júlio Resende); A menina (não) fica em casa (2016, Museu Militar, Lisboa); Na volta da maré (2016, Galeria Municipal do Montijo). Colectivas – De braços abertos: A sala de Ruth. Ruth’s room. Casa das Artes de Tavira, 2015; Diálogos Iberos. Galeria da UFES, Vitória, Brasil, 2016; ArteMadrid. Stand G. Arte Periférica, Madrid, 2017; A possible breeze. Cinco artistas portugueses, Minsheng Museum of Contemporary Art, Beijing, China, 2017. Textos publicados (sel. títulos): A Pintura Depois da Pintura (FBAUL, 2000); O Homem que queria ser um artista (Cieba, 2006); Uma (In)certa Natureza (Cieba, 2009); As flores na nossa mesa (a propósito da política na arte) (Trajectos, ISCTE, 2011); Surfing, sob um céu cor de tinta. Algumas notas sobre a melancolia na pintura contemporânea (Universidade Nova, 2011); COLABORARE: a few thoughts on expanded authourship. (Transforma, 2012); Se eu fosse uma Guerrilla Girl #2 (Cieba, 2012); Com ou sem tintas: composição, ainda? (Ed) (Cieba, 2013); Como a poeira no ar e no rastro de uma nuvem: Mapeando a pintura contemporânea. (Intermeios, 2015); And Painting? A pintura contemporânea em questão. Coord. e A Pintura que falta (Cieba, 2014); A pintura depois da pintura: novos desenvolvimentos (Arte+pintura, 2015); She sells sea shells: notas para uma poética (e uma política) em pintura (RevistaVisuais, 2015); Julie Brook, naquele quarto a céu aberto (Estúdio, 2017); No canto da formiga: Notas sobre investigação e pintura (com Paula Rego) (31 Pensar o fazer da Pintura, 2017.Mais: http://umbrapicturae.blogspot.pt http://www.isabelsabino.com

Referências

ANDRESEN, Sophia de Mello Breyner. Arte Poética I. 1966. Disponível em: <http://purl.pt/19841/1/galeria/artes-poeticas/arte-poetica-i.html>. Acesso em: 1 nov. 2017.

BATTCOCK, Gregory (Ed.). Humanism and reality: Thek e Warhol. In: BATTCOCK, G (Ed.). The New Art. New York: E.P. Dutton, 1966.

------. Painting is obsolete. 1969. In ALBERRO, A; STIMSON, B. (Ed.). Conceptual art: a critical anthology. Cambridge/London: The MIT Press, 2000.

BERG, Stephen. Twilight of the images. In: TUYMANS, L. Luc Tuymans. The arena. Ostfildern-Ruit: Hatje Cantz, 2003.

DICK, Philip K. Of Withered Aples. Disponível em: <https://americanliterature.com/author/philip-k-dick/short-story/of-withered-apples>. Acesso em: 27 mar. 2017.

DUMAS, Marlene. Sweet Nothings. Notes and texts. London: Tate Publishing, 2015.

FIZ, Simón Marchán. Los años setenta entre los “nuevos medios” y la recuperación pictórica. In: AAVV, España. Vanguardia artística y realidade social: 1936-1976. Barcelona: Editorial Gustavo Gilli, 1976.

LISPECTOR, Clarice. A Paixão segundo G.H. Lisboa: Relógio d’Água, 2013.

MATA, Ana. O apelo. Estudo sobre a vocação. Tese de doutoramento em Belas Artes, 2015. FBAUL. Disponível em: <http://hdl.handle.net/10451/22725> Acesso em: 28 out. 2017.

McEVILLEY, Thomas. On the manner of addressing clouds. In: Art & Discontent: Theory at the Millennium. New York: McPherson & Company, 1993.

MONDRIAN, Piet. Natural Reality and Abstract Reality. An Essay in Trialogue Form 1919-1920. New York: George Braziller, 1995.

-----. Neo-Plasticism: The General Principle of Plastic Equivalence (1920). In: HARRISON & WOOD (Ed.). Art in Theory 1900-1990. An Anthology of Changing Ideas. London: Blackwell, 1998.

PINA, Luís de. BLOW UP ou a ampliação da realidade. Perspectivas. N. 24/25. Dezembro/Março 1968. Lisboa: Editor Maria de Jesus Vassallo dos Santos.

POMAR, Júlio. Notas sobre uma arte útil. Parte Escrita I. 1942-1960. Lisboa: Atelier-Museu Júlio Pomar/Sistema Solar (Documenta), 2014.

ROTHKO, Mark. A realidade do artista. Filosofias da arte. Lisboa: Cotovia, 2007.

SABINO, Isabel. A pintura depois da pintura. Lisboa: FBAUL, 2000.

-----. Uma (in)certa Natureza. In: QUARESMA, J. (ed.) Arte & Natureza, Actas das Conferências. Lisboa: FBAUL, 2009.

SARTRE, Jean-Paul. Une idée fondamentale de la phénomélogie de Husserl: L’intentionalité. Situations-I, N-R.F. Janeiro de 1939.

STOICHITA, Victor. O Efeito Pigmalião. Para uma antropologia histórica dos simulacros. Lisboa: KKYM, 2011.

TÀPIES, Antoni. A prática da arte. Lisboa: Cotovia, 2002.

------. La realidade como arte. Por un arte moderno y progressista. Murcia: Comissió de Cultura Colégio Oficial de Aparejadores y Arquitectos Técnicos/Galería-Librería Yerba/ Consejería de Cultura y Educación de la Comunidade Autónoma, 1989.

Arquivos adicionais

Publicado

2018-08-04

Como Citar

Sabino, I. M. (2018). Four seasons, please! #3: A realidade, a pintura e algum cinema. PORTO ARTE: Revista De Artes Visuais (Qualis A2), 23(39). https://doi.org/10.22456/2179-8001.78059

Edição

Seção

DOSSIÊ: Pintura, representação e o quadro em questão