Warhol e Duchamp: o cotidiano e o design incorporados à arte
DOI:
https://doi.org/10.22456/2179-8001.100959Palavras-chave:
Teoria e crítica do design. Filosofia. Arte. Estética.Resumo
Este artigo apóia-se nas interpretações do filósofo Arthur Danto sobre as concepções de Andy Warhol e sua obra, procurando compreender como ocorre a apropriação de objetos do design por esse expoente da Pop-Art. Ao lado de Danto, o filósofo Thierry de Duve contribui para a compreensão das influências de Marcel Duchamp e do Dadaísmo, no trabalho de Warhol. O objetivo desta investigação é comprovar como a ação de Warhol promove uma mudança na significação dos objetos utilitários conduzindo-os do universo do design para o artístico. Nossa hipótese é de que a atuação desse artista, assim como a de seu antecessor, Duchamp, produz um deslocamento ontológico ao “transfigurar” objetos triviais, de uso cotidiano, em obras de arte, sem alterar suas características físicas.
Abstract
This paper is based on the interpretations of the philosopher Arthur Danto on the concepts of Andy Warhol and his work, seeking to understand how the appropriation of objects of design occurs by this exponent of Pop-Art. Along with Danto, the philosopher Thierry de Duve contributes to the understanding of the influences of Marcel Duchamp and Dadaism, in Warhol’s work. The purpose of this investigation is to demonstrate how Warhol’s action promotes a change in the meaning of utilitarian objects, leading them from the universe of design to the artistic. Our hypothesis is that the artist’s performance, as well as his predecessor’s, Duchamp, produces an ontological detour by “transfiguring” trivial objects, of everyday life, into works of art, without changing their physical features.
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