EMBRANQUECER AS TERRAS, DISCIPLINAR OS CORPOS: NOTAS SOBRE A POLÍTICA INDIGENISTA JUNTO AOS TIKMŨ,ŨN/MAXAKALI ENTRE 1940 E 1988

Autores

  • Douglas Ferreira Gadelha Campelo Universidade Federal de Santa Catarina
  • Paula Berbert Universidade Federal de Minas Gerais

DOI:

https://doi.org/10.22456/1982-6524.83442

Palavras-chave:

Tikmũ, ũn/Maxakali, etnocídio, Guarda Rural Indígena, Reformatório Krenak.

Resumo

Neste artigo analisamos a política indigenista destinada aos Tikmũ,ũn_Maxakali entre 1940 e 1988. A partir de marcações temporais nativas, buscaremos evidenciar as variações da atuação assimilacionista dos órgãos indigenistas: o Tempo de Fonte, durante a gestão do SPI, sua ênfase foi direcionada ao embranquecimento das terras; e o Tempo de Pinheiro, já na administração da Funai, quando suas terras foram militarizadas ao mesmo tempo em que o foco orientou-se para os corpos dos índios. Fundamentamo-nos nas reflexões foucaultianas acerca do biopoder, bem na ideia de necropolítica de Achille Mbembe para evidenciar as estratégias que a soberania estatal acionou durante a ditadura empresarial-militar ao exercer direito sobre a vida e a morte da terra e dos corpos Tikmũ,ũn_Maxakali. Nosso argumento é o de que houve ali uma tentativa clara de promover um etnocídio dissimulado por um ardiloso cinismo do bem.

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Biografia do Autor

Douglas Ferreira Gadelha Campelo, Universidade Federal de Santa Catarina

Doutor em Antropologia Social pela Universidade Federal de Santa Catarina

Paula Berbert, Universidade Federal de Minas Gerais

Mestre em Antropologia Social pela Universidade Federal de Minas Gerais

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Publicado

2018-12-28

Como Citar

CAMPELO, D. F. G.; BERBERT, P. EMBRANQUECER AS TERRAS, DISCIPLINAR OS CORPOS: NOTAS SOBRE A POLÍTICA INDIGENISTA JUNTO AOS TIKMŨ,ŨN/MAXAKALI ENTRE 1940 E 1988. Espaço Ameríndio, Porto Alegre, v. 12, n. 2, p. 129, 2018. DOI: 10.22456/1982-6524.83442. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/EspacoAmerindio/article/view/83442. Acesso em: 29 mar. 2024.

Edição

Seção

DOSSIÊ