MEMÓRIA E PROTAGONISMO NO FILME "KARAI HÁ’EGUI KUNHÃ KARAI’ETE - OS VERDADEIROS LÍDERES ESPIRITUAIS"

Autores

  • Susana Madeira Dobal Universidade de Brasília
  • Josianne Diniz Gonçalves Universidade de Brasília - UNB

DOI:

https://doi.org/10.22456/1982-6524.81748

Palavras-chave:

Cinema indígena, memória, protagonismo, Alberto Alvares

Resumo

A dependência da escrita pela historicidade ocidental faz com que as sociedades indígenas tenham dificuldade de contar sua própria história e perpetuar seus saberes. A apropriação dos meios de comunicação, sobretudo, do cinema pelas sociedades indígenas contribui para a preservação da memória e o repasse de saberes, mas levanta questões sobre o que seria o protagonismo nesse contexto. A reflexão acerca do protagonismo se faz cada vez mais latente no cenário audiovisual, especialmente se aplicado aos filmes realizados por um cineasta indígena, pois surge a questão se isso significa por si só um protagonismo ou se outras características influenciam igualmente onde esse protagonismo possa ser situado. Pode-se indagar primeiramente se o cineasta indígena conseguiria preservar seus valores e culturas, já que o aprendizado da linguagem audiovisual levou muitas vezes a propostas de um cinema limitado por perspectivas que reproduzem valores estéticos e narrativos transmitidos aos indígenas, não necessariamente condizentes com os saberes que querem perpetuar. Para a reflexão dessas questões será investigado o filme Karai ha'egui kunha karai 'ete - Os Verdadeiros Líderes Espirituais, de Alberto Alvares, a fim de examinar as nuances do protagonismo indígena nesse tipo de produção audiovisual.

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Biografia do Autor

Susana Madeira Dobal, Universidade de Brasília

Susana Dobal é prof. associada da Universidade de Brasília (UnB), graduada em Jornalismo (UnB,1988), em Língua Portuguesa e Literatura Brasileira (UnB,1989), tem especialização em Teoria da Literatura (UnB - 1992), mestrado em Fotografia (New York University/International Center of Photography (1994)), doutorado em História da Arte/City University of New York/Graduate Center (2003) e pós doutorado na Université Paris 8 (2009) e na Aix-Marseille Université (AMU 2014). Foi professora convidada na École des Hautes Études en Sciences Sociales entre 1999 e 2001 (três meses por ano). Participou de mais de trinta exposições (fotografia instalação e vídeo). Tem experiência na área de Comunicação e Artes. Publicou o livro Peter Greenway and the Baroque: writing puzzles with images (Lambert,2010) e artigos sobre fotografia, cinema, arte contemporânea.

Josianne Diniz Gonçalves, Universidade de Brasília - UNB

Mestranda em Comunicação na Linha Imagem, Som e Escrita pela Universidade de Brasília (UNB), Graduanda em Comunicação Social em Audiovisual pela Universidade de Brasília (UNB). Atua nas áreas de Cinema Brasileiro, Teoria Estética do Cinema, História do Cinema, Cinema e Cultura, Teorias da Comunicação e Metodologia de Pesquisa em Comunicação. Pesquisa acadêmica voltada para o cinema brasileiro e suas relações entre identidade, imaginário, representação, análise da história a partir do cinema. Membro do Núcleo de Estudos e Produção Digital em Linguagem Sonora, NEPLIS, grupo vinculado ao Laboratório de Áudio da Faculdade de Comunicação (FAC/UnB). Bolsista do Projeto de Extensão Acadêmica "Produção Radiofônica Educativa e Conexões Culturais".

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Publicado

2019-06-30

Como Citar

DOBAL, S. M.; GONÇALVES, J. D. MEMÓRIA E PROTAGONISMO NO FILME "KARAI HÁ’EGUI KUNHÃ KARAI’ETE - OS VERDADEIROS LÍDERES ESPIRITUAIS". Espaço Ameríndio, Porto Alegre, v. 13, n. 1, p. 184, 2019. DOI: 10.22456/1982-6524.81748. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/EspacoAmerindio/article/view/81748. Acesso em: 29 mar. 2024.

Edição

Seção

ARTIGOS