Avaliação de indicadores de ciência, tecnologia e inovação do Brasil e da Espanha: estudo comparativo
DOI:
https://doi.org/10.19132/1808-5245262.83-105Palavras-chave:
Ciência, tecnologia e inovação, Indicadores de ciência, Conhecimento científico, Produção e compartilhamento de conhecimento científico.Resumo
Partindo dos pressupostos de que os indicadores de ciência, tecnologia e inovação de uma nação têm a função de mensurar e monitorar a atividade inovativa, e de que o conhecimento constitui elemento fundamental para a geração de inovação, o presente artigo tem como objetivo analisar os indicadores de ciência, tecnologia e inovação do Brasil e da Espanha em relação a processos de produção e compartilhamento de conhecimento científico. Para tanto foi realizado um estudo comparativo entre os indicadores dos dois países selecionados. Para a análise dos dados, aplicou-se o método de pesquisa Análise de Conteúdo, mais especificamente a técnica Análise Categorial. Como resultado, observou-se que apenas parte das inferências estabelecidas pelas categorias cultura de inovação enfocando o conhecimento, ação integrada de agentes de sistemas de inovação e produção de conhecimento no âmbito de sistemas de inovação estavam presentes nos indicadores brasileiros e espanhóis. Os conjuntos de indicadores dos dois países não apresentaram em suas variáveis questões relacionadas às categorias: sistematização do conhecimento no âmbito de sistemas de inovação, fluxos de conhecimento no âmbito de sistemas de inovação, e apropriação e uso de conhecimento no contexto de sistemas de inovação. Portanto, conclui-se que os indicadores de ciência, tecnologia e inovação, tanto brasileiros quanto espanhóis, poderiam ser ampliados de maneira a cobrir outros aspectos relacionados à produção e ao compartilhamento de conhecimento científico para a inovação.
Downloads
Referências
ALTAMIRO-SANTIAGO, Mijael; MARTINEZ-MENDONZA, Abigail. El método comparado y el neo-institucionalismo como marco metodológico para la investigación en las Ciencias Sociales. Mundo Siglo XXI, México, v. VII, n. 25, p. 55-63, 2011.
AROCENA, Rodrigo; SUTZ, Judith. Changing knowledge production and Latin American universities. Research Policy, [s.l.], v. 30, n. 8, p. 1221-1234, 2001.
BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. 4. ed. Lisboa: Edições 70, 2009.
CHIARINI, Tulio; VIEIRA, Karina Pereira. Universidades como produtoras de conhecimento para o desenvolvimento econômico: sistema superior de ensino e as políticas de CT&I. Revista Brasileira de Economia, Rio de Janeiro, v. 66, n. 1, p. 117-132, jan./mar. 2012.
DUTTA, Soumitra; LANVIN, Bruno; WUNSCH-VICENT, Sacha. The Global Innovation Index 2018: Energizing the World with Innovation. Geneva: WIPO, 2018.
FREEMAN, Chris; SOETE, Luc. A economia da inovação industrial. Campinas: Editora da UNICAMP, 2008.
FUNDACIÓN Española para la Ciencia y la Tecnología. Indicadores del sistema español de ciencia, tecnología e innovación. Edición 2017. [S.l.]: FECYT, 2017. Disponível em: <https://icono.fecyt.es/sites/default/files/filepublicaciones/libroindicadores_2017_1.pdf>. Acesso em 21 nov.2017.
HAYASHI, Maria Cristina Piumbato Innocentini et al. Indicadores de inovação: patentes do polo tecnológico de São Carlos. Revista Brasileira de Gestão e Desenvolvimento Regional, Taubaté, v. 2, n. 3, p. 54-84, set./dez. 2006.
LEITE, Fernando César Lima. Gestão do conhecimento científico no contexto acadêmico: proposta de um modelo conceitual. 2006. Dissertação (Mestrado em Ciência da Informação) – Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação, Universidade de Brasília, Brasília, 2006.
MINISTÉRIO DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA, INOVAÇÕES E COMUNICAÇÕES (Brasil). Indicadores nacionais de ciência, tecnologia e inovação 2017. Brasília: Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, 2017. Disponível em: <https://www.mctic.gov.br/mctic/export/sites/institucional/indicadores/arquivos/Indicadores-2017.pdf>. Acesso em 31 jan. 2018.
RAMOS, Milena Yumi. Evolução e novas perspectivas para a construção e produção de indicadores de ciência, tecnologia e inovação. Encontros Bibli: Revista Eletrônica de Biblioteconomia e Ciência da Informação, Florianópolis, n. esp., 1º sem. 2008.
SCHNEIDER, Sérgio; SCHIMITT, Cláudia Job. O uso do método comparativo nas Ciências Sociais. Cadernos de Sociologia, Porto Alegre, v. 9, p. 49-87. 1998.
SILVA, Elaine da. O conhecimento científico no contexto de sistemas nacionais de inovação: análise de políticas públicas e indicadores de inovação. 281f. Tese (Doutorado) – Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação, Faculdade de Filosofia e Ciências, Universidade Estadual Paulista, Marília, 2018.
STALLIVIERI, Fábio; CASSIOLATO, José Eduardo. Indicadores de inovação: dimensões relacionadas à aprendizagem. In: Bases conceituais em pesquisa, desenvolvimento e inovação: implicações para políticas no Brasil. Brasília: Centro de Gestão e Estudos Estratégicos, 2010. p. 119-164. Disponível em: <https://www.cgee.org.br/documents/10195/734063/bases_conceituais_6441.pdf/cab98009-675a-4de5-8e69-e6fc7003a7dc?version=1.2>. Acesso em 24 jan. 2020.
THELEN, Kathleen; STEINMO, Steinmo. Historical institutionalism in comparative politics. In: THELEN, Kathleen; STEINMO, Ssteinmo; LONGSTRETH, Frank (ed.). Structuring politics: historical institutionalism in comparative analysis. New York: Cambridge University Press, 1992. p. 1-32.
WILSON, Frank. Concepts and issues in comparative politics: an introduction to comparative analysis. New Jersey: Prentice-Hall, 1996.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Elaine da Silva, Marta Lígia Pomim Valentim, Marta de La Mano González
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution (CC BY 4.0), que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista, como publicar em repositório institucional, com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Os artigos são de acesso aberto e uso gratuito. De acordo com a licença, deve-se dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Não é permitido aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.