Reflexões sobre o Museu de Arte Popular do Instituto Feminino da Bahia

Autores

  • Marcelo Nascimento Bernardo da Cunha Universidade Federal da Bahia / Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas / Departamento de Museologia https://orcid.org/0000-0003-4735-3519
  • Suely Moraes Cerávolo Universidade Federal da Bahia / Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas / Departamento de Museologia https://orcid.org/0000-0002-3898-8769

DOI:

https://doi.org/10.19132/1808-5245260.206-234

Palavras-chave:

1. Museu de Arte Popular 2. Coleção 3. Espaço Expositivo

Resumo

As reflexões sobre o Museu de Arte Popular do Instituto Feminino da Bahia (IFB), escola para mulheres que marcou época na cidade do Salvador das primeiras décadas a meados do século XX, objetivam destacar aspectos ainda não explorados sobre a relação entre a edificação e a estrutura expográfica com a Coleção de Arte Popular dessa instituição baiana. Com base em pesquisa documental procura-se correlacionar as fontes consultadas, de modo a recompor o trajeto de formação de coleção para museu e descrever as características do espaço destinado a abrigar o acervo a partir de 1939 e os equipamentos e modos expositivos, concluindo-se sobre a importância e necessidade de mais pesquisas para desvendar as camadas de historiografia que ultrapassam a do próprio IFB.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Marcelo Nascimento Bernardo da Cunha, Universidade Federal da Bahia / Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas / Departamento de Museologia

Marcelo Nascimento Bernardo da Cunha - Graduado em Museologia (Universidade Federal da Bahia - 1992). Mestre em Ciência da Informação (Universidade Federal da Bahia - 1999). Doutor em História Social (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - 2006). Pós-Doutor em Museologia (Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologia - Lisboa – Portugal - 2019). Professor do Departamento de Museologia (UFBA), do Programa Multidisciplinar de Estudos Étnicos e Africanos (FFCH - UFBA) , do Programa de Pós Graduação em Museologia da Universidade Federal da Bahia e Programa de Estudos Pós Graduados em Museologia da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologia (Lisboa - Portugal). Atual Coordenador do Museu Afro-Brasileiro da Universidade Federal da Bahia. Pesquisa questões relacionadas às memórias e processos patrimoniais com ênfase em temas africanos e afro-brasileiros. Tem experiência em ações museológicas, com destaque para a gestão institucional e produção e análise de exposições relacionadas ao Patrimônio Africano e Afro-Brasileiro.

Suely Moraes Cerávolo, Universidade Federal da Bahia / Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas / Departamento de Museologia

Graduada em História (Sedes Sapientiae/SP), Mestrado em Ciência da Informação, doutorado em Ciências da Comunicação (ECA/USP), pós-doutora pelo Museu Paulista/USP (2008-2009); pós doutora em História dos Museus no Brasil/PPG CI/UNB (2019);  pesquisadora do GP Observatório da Museologia na Bahia/linha História da Museologia, dedica-se à investigação de práticas museológicas e patrimônio cultural  que se desenvolveram na cidade do Salvador no marco cronológico entre 1835 a 1970. Docente do PPG Museu/FFCH/UFBA.Graduada em História (Sedes Sapientiae/SP), Mestrado em Ciência da Informação, doutorado em Ciências da Comunicação (ECA/USP), pós-doutora pelo Museu Paulista/USP (2008-2009); pós doutora em História dos Museus no Brasil/PPG CI/UNB (2019);  pesquisadora do GP Observatório da Museologia na Bahia/linha História da Museologia, dedica-se à investigação de práticas museológicas e patrimônio cultural  que se desenvolveram na cidade do Salvador no marco cronológico entre 1835 a 1970. Docente do PPG Museu/FFCH/UFBA.

Referências

ALVES, Marieta. ‘Henriqueta Martins Catharino – sua vida e sua obra’. In. Museu do Traje e do Têxtil. Salvador : Fundação Instituto Feminino da Bahia, 2003:17-23.

AS MISSÕES DA UNESCO NO BRASIL: MICHEL PARENT. (Claudia Feirabend Baeta Leal, org). Rio de Janeiro : IPHAN, 2008.

CERÁVOLO, Suely Moraes. Pistas biográficas de Henriqueta Catharino e a Coleção de Arte Popular do Instituto Feminino da Bahia. Revista Brasileira de Pesquisa (Auto)biográfica, v. 5, n. 14, 2020: 692-708. Disponível < http://www.revistas.uneb.br/index.php/rbpab/article/view/7692>. Acesso 20.07.2020

COELHO NETTO, J. Teixeira. A construção do sentido na arquitetura. São Paulo : Editora Perspectiva S.A, 1999.

COLEÇÃO MÁRIO DE ANDRADE. Religião e Magia/Música e Dança/Cotidiano. (org. Marta Rossetti Batista). São Paulo : EDUSP : Impressa Oficial do Estado de São Paulo, 2004.

CUNHA, Marcelo Nascimento Bernardo da. A Exposição Museológica Como Estratégia Comunicacional: o tratamento museológico da herança patrimonial. Revista Magistro. Rio de Janeiro: UNIGRARIO., Vol.1 Num.1 – 2010. p. 109-120. Disponível <http://publicacoes.unigranrio.edu.br/index.php/magistro/article/view/1062>. Acesso 20.07.2020

CUNHA, Marcelo Nascimento Bernardo da Cunha. Corpos, Discursos e Exposições: A Coleção do Museu Antropológico e Etnográfico Estácio de Lima (Bahia, Brasil). In: MAGALHÃES, Fernando. COSTA, Luciana Ferreira da. HERNÁNDEZ, Francisca Hernández. CURCINO, Alan .(Coordenadores). Museologia e Patrimônio – vol2. Leiria: Escola Superior de Educação e Ciências Sociais / Politécnico de Leiria, 2019. p.107-145. Disponível<https://www.ipleiria.pt/esecs/wp-content/uploads/sites/15/2019/11/museologiapatrimonio-volume-2-corrigido.pdf>. Acesso 20.07.2020

CUNHA, Marcelo Nascimento Bernardo da. Teatro de memórias, palco de esquecimentos: culturas africanas e das diásporas negras em exposições. Tese, PUC/SP, 2006. <http://www.museologia.ffch.ufba.br/sites/museologia.ffch.ufba.br/files/tese_marcelo_nascimento_bernardo_da_cunha.pdf>.

DELOCHE, Bernard. Mythologie du musée: de l’uchronie à l’utopie. França : Le Cavallier Blue Editions, 2010.

DESVALLÉES, André; MAIRESSE, Françoise (eds.); SOARES, Bruno Brulon; CURY, Marília Xavier (transl.). Conceitos-chave de Museologia. São Paulo : Comitê Brasileiro do Conselho Internacional de Museus ; Pinacoteca do Estado de São Paulo ; Secretaria de Estado da Cultura, 2013.

Dicionário Manuel Querino de arte na Bahia / Org. Luiz Alberto Ribeiro Freire, Maria Hermínia Oliveira Hernandez. – Salvador: EBA-UFBA, CAHL-UFRB, 2014. Acesso através de http: www.dicionario.belasartes.ufba.br.

DOHMANN, Marcus. A experiência material: a cultura do objeto. In A experiência material: a cultura do objeto (Marcus Dohmann org.). Rio de Janeiro : Rio Books, 2013:31-48.

LEITE, Rinaldo Cesar Nascimento. A Rainha Destronada. Discursos das elites sobre as grandezas e infortúnios da Bahia nas primeiras décadas republicanas. Feira de Santana : UEFS Editora, 2012.

Museu do Traje e do Têxtil. Fundação Instituto Feminino da Bahia. [apresentação Dom. Geraldo Majella Cardeal Agnelo: texto por Ana Lucia Uchoa Peixoto, Marieta Alves, Maria Júlia Alves de Souza: fotografias, Sergio Benutti. Salvador : Fundação Instituto Feminino da Bahia, 2003.

MUSEU DE ARTE POPULAR, Instituto Feminino da Bahia, 1957.

PASSOS, Elizete Silva. Henriqueta Catharino. Salvador : EDUFBA/FACED, 2010.

PASSOS, Elizete Silva. Mulheres moralmente fortes. Salvador : Gráfica Santa Helena, 1993.

PEIXOTO, Ana Lúcia Uchoa. ‘O Museu do Traje e do Têxtil’ In Museu do Traje e do Têxtil. Salvador : Fundação Instituto Feminino da Bahia, 2003:11-15.

QUEIRÓZ, Marijara Sousa. De escola para mulheres a museu feminino: o colecionismo de Henriqueta Martins Catharino. Anais eletrônicos 15º. Seminário Nacional de História da Ciência e da Tecnologia, Florianópolis, Santa Catarina, 16 a 18 novembro 2016. Disponível < https://www.15snhct.sbhc.org.br/resources/anais/12/1474401190_ARQUIVO_DatosMarijaraadjuntossintitulo02410.pdf>. Acesso 20.07.2020

QUEIRÓZ, Marijara Sousa. Museu, memória e morte. Um estudo a partir da coleção de quadros de cabelos da Fundação do Instituto Feminino da Bahia. Dissertação. EBA/UFBA, 2014.

ROMO, Anadelia A. Writing Bahian Identity: Crafting New Narratives of Blackness in Salvador, Brazil 1940-1950. Journal Latin American Studies, 50, 2018:805-832.

SANTOS, Jancileide Souza de. Coleções, Colecionismo e Colecionadores: um estudo sobre o processo de legitimidade artística da produção de arte popular católica na Bahia entre as décadas de 1940 a 1960. Dissertação. PPG Artes Visuais, EBA/UFBA, 2013.

SOARES, Lélia Gontijo. Mário de Andrade e o Folclore. In Mário de Andrade e a Sociedade de Etnografia e Folclore. Departamento de Cultura da Prefeitura do Município de São Paulo1936-1939. Rio de Janeiro : FUNARTE, Instituto Nacional de Folclore; São Paulo : Secretaria Municipal de Cultura, 1983: 7-14.

SOUZA, Jean Costa. “O Culto à Tradição de nossa gente”: a fabricação do Folclore Sergipano em exposições museológicas (1948-1976). 2019. p.157 Dissertação. PPG Interdisciplinar em Culturas Populares, Fundação Universidade Federal de Sergipe, Aracajú, 2019.

SOUZA, Mariella Araújo de. O concreto armado nas edificações de Salvador no período entre guerras (1919-1938). Tese. PPG Arquitetura e Urbanismo; FAU, 2017, 331 pgs. Disponível < https://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/24863>. Acesso 08.05.2020

TOURINHO, Antonio C. Estudo sobre o Turismo. Salvador : Imprensa Oficial da Bahia, 1961.

VILHENA, Luís Rodolfo. Projeto e missão. O movimento folclórico brasileiro 1974-1964. Rio de Janeiro : Funaerte : Fundação Getúlio Vargas, 1997.

Downloads

Publicado

2020-11-07

Como Citar

BERNARDO DA CUNHA, M. N.; CERÁVOLO, S. M. Reflexões sobre o Museu de Arte Popular do Instituto Feminino da Bahia. Em Questão, Porto Alegre, v. 26, p. 206–234, 2020. DOI: 10.19132/1808-5245260.206-234. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/EmQuestao/article/view/106021. Acesso em: 29 mar. 2024.

Edição

Seção

Dossiê Patrimônio e Culturas Tradicionais